Capítulo 23

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POV'S KARLA CAMILA CABELLO

- Então eu mandei o Nixon dar mais uma olhada nos relatórios e ele me assegurou de novo que estava tudo bem, dessa forma eu resolvi mandar os documentos para as fábricas da costa oeste, o chefe de acessória ficou de entrar em contato amanhã.

- Isso é muito bom George. - Dinah falou se mexendo em sua cadeira - Peça para ele enviar as cópias dos registros também.

- Farei isso! - George sorriu mais uma vez naquela manhã, ele era um cara que trabalhava bem, se esforçava em ser nosso produtor executivo de vendas, ele queria crescer e queria dar algum orgulho para a mulher que insistia em dizer pra ele que ele merecia mais, até agora ele realmente merecia mais, só que tudo tem seu tempo.

- Karla? - Olhei Dinah que me olhava séria.

- Eu... Eu aprovo o que você aprovar e acredito que sempre aprova as coisas certas. - Falei simples sem dar alguma expressão e Dinah deu de ombros.

- George, acerte tudo e a reunião está encerrada. - Ouvi ela dizer e George sorriu assentindo e pegou suas pastas saindo da sala de reuniões aonde se encontrava apenas nós três, na verdade eu nem queria estar aqui. Mas sou presidente dessa empresa e preciso participar dessas coisas.

- Bem, com licença... - Me levantei - Vou voltar para a minha sala.

- Não agora! - Dinah falou e eu arqueei a sobrancelha pra ela, ela estava sentada na cadeira do centro do outro lado da mesa aonde sempre tinha o costume de sentar - Eu sei que não é apropriado e que é um local de trabalho, mas veja, você está bem?

- Sim, por que não estaria? - Perguntei e ajeitei meu cabelo que estava solto hoje.

- Por que você não vai atrás de...

- Dinah! - A cortei antes que ela falasse algo que eu não queria ouvir - Por favor, estamos em um local de trabalho e tudo o que eu menos quero agora é perder o respeito por esse ambiente por causa de assuntos pejorativos evitáveis!

- Fala sério! - Bufou e guardou suas pastas se levantando - Te digo uma coisa, você sabe que eu te respeito bastante e nunca nos desentendemos aqui dentro, mas arruinar o ambiente por coisas pejorativas é bem hipócrita da sua parta querer falar isso. - Manteu o olhar sério - Há cerca de um mês você usou esse ambiente para incumbir um pequeno plano do seu charme em levar alguém à um lugar, mas eu nunca vou te julgar, só... Pensa no que você está fazendo, sabe, você está diferente e eu como amiga te digo que isso não é bom para você e nem para as pessoas que convivem com você.

Ela concluiu e olhou ao redor, balançou a cabeça e saiu da sala. Fiquei parada.

Hipócrita.

Eu era hipócrita.

Respirei fundo e peguei minha pasta saindo da sala também. Hoje era mais um daqueles dias de trabalho em que eu só queria fazer o que quero e não está aqui, mas o que eu quero fazer é trabalhar, mas não aqui, não com todas essas pessoas me cercando e às vezes eu acho que elas cochicham pelas minhas costas, Dinah tem se mostrado uma pessoa imperativamente invasiva, nesse mês que passou eu acabei me fechando para tudo, não saio com ninguém e digamos que também não converso, Dinah tem estado a beira de uma perda de paciência comigo desde que Lauren foi embora, saber que a Lauren tinha ido embora naquele dia foi doloroso pra mim, mas eu acordei para a realidade, doeu mas eu acordei. Ally tem sido mais respeitosa e ultimamente nós temos nos falados por telefone já que eu não tenho tanta disposição de dirigir até a casa dela para termos uma conversa mais normal, nesse tempo eu também não conversei com Sofia direito, ela tem evitado falar sobre a conversa que precisamos ter sobre nossos pais, ela não me trata mal e isso é bom, mas eu queria que ela me tratasse mal para pelos menos não ter que fingir que está tudo bem ou fingir que não existe na maior parte do tempo. Ontem quando eu sai da empresa e cheguei em casa, Sofia estava assistindo algum tipo de canal sobre notícias e eu tive o desprazer de ouvir que "Lauren Jauregui faz ensaios fotográficos em Brasil". Eu acho que estou ficando doente.

Never Tear Us ApartOnde histórias criam vida. Descubra agora