09

22 3 8
                                    

Maria Vitória

Eu venho de uma família totalmente divergente, cada um tem um sonho, cada um tem uma aparência muito diferente do resto e também a personalidade.

Meu irmão mais velho é loiro e totalmente extrovertido e popular.

Eu sou a do meio, perdida e chamada de piranha, mas também sou popular como ele e também sou quase toda tatuada, um verdadeiro furacão.

Já minha irmã gêmea, que não é parecida comigo, é uma nerd, fofa mas totalmente introvertida e tímida, a caçula é uma verdadeira calmaria.

E agora estou juntando todas minhas coisas, minhas poucas coisas, pra ir para aquela casa que eu não faço a mínima ideia de quem vai ser minhas parceiras.

Onde não sei quem vai ser nosso parceiros de jardim e vizinhos.

Nem sei se esse projeto vai dar certo, de qualquer forma prefiro mil vezes arriscar do que ficar parada.

- Maria? - meu melhor amigo gay me chamou, me fazendo virar para ele praticamente de imediato.

- Oi James. - ele me olhou e eu completei - Pode falar.

- Você está meio... Como posso dizer. Meio quieta se me entende. - ele me falou enquanto me olhava, com medo da minha resposta.

- Acho que estou apreensiva, minha irmã também está nessa faculdade e ela é totalmente diferente de mim, e sabe eu queria que ela também fosse escolhida. - o respondo meio quieta para ele, e o olho esperando sua resposta.

- Entendo seu lado Vi, mas sua irmã lembra como de você? Aposto que não dessa menina quietinha que está até fofa!

Ele terminou de falar, e estava certo ela realmente não me lembrava do jeito que eu estou neste momento.

- É você tem razão. - digo um pouco animada já sorrindo - Ela costumava dizer que eu era a pessoa que inspirou a Chloe de Não confie da vadia do apartamento 23. - após essa frase nós dois começamos a dar risadas.

- Nunca avia pensado nisso, e eu realmente acho que são parecidas. - ele disse dando gargalhadas altas.

E nesse momento eu vi o quanto ele era importante para mim, James era meu melhor amigo gay.

Ele me fazia rir em várias ocasiões em que eu me sentia triste ou desanimada.

E ele também é diferente que nem eu, bom como posso explicar, não somos genéricos que nem várias pessoas, ele é o gay mais famoso da Universidade e eu a Bi que chamam de piranha.

É quer saber eu amo muito não sermos iguais aos outros, até porque tudo que é igual e genérico, acaba ficando presso em padrões.

E o diferente não, ele é livre.

Livres no caso, até porque existe vários tipos de diferente.

Acho que até somos maioria, porque somos nerds, duffs, rebeldes, entre vários outros.

Não somos apenas um padrão. Até porque se você olhar ao seu redor nem todas as mulheres vão ser loiras, magras, altas e lindas.

Eu creio que esse é o problema do mundo, eles tem medo do diferente e não vêem mais do que uma imagem, apenas o exterior e nada do interior.

E não você, você nunca vai ser um problema, a ser que seja um estrupador é um assassino, agora ter religião diferente, personalidade ou físico.

Você só vai fazer parte de nós, as pessoas livres.

- Queria que esses caras da mudança chegassem logo. - viro olhando pra ele novamente, com uma expressão na cara perguntando o motivo - Eles devem ser maravilhosos.

Livres Onde histórias criam vida. Descubra agora