5. Medo

528 48 3
                                    

Lugar Incerto

14 de Agosto de 2012

Já fazia algumas horas desde que ele havia a deixado ali sozinha, dizendo que iria buscar alguns brinquedinhos pra eles se divertirem. Olívia já não sentia as mãos, os pés formigavam e o corpo, por ainda estar molhado, tremia sem parar, embora o sono viesse, ela não dormira de forma alguma , o medo de apagar e quando acordar já estar sem roupa era enorme, ela queria ficar consciente para caso ele reaparecesse querendo cobrar a aposta ela pudesse se defender e reagir.

Aproveitando que ele havia deixado a luz acesa, ela resolveu examinar o lugar com os olhos, tentando achar alguma coisa que a ajudasse a reconhecer ou então algo que a ajudasse a escapar desse louco. O cômodo não era muito grande, em compensação as paredes eram muito altas e sem janelas, havia apenas ema espécie de claraboia escura no teto. As paredes e o chão, ambos eram m cimento e em tons escuros, havia alguns ferros ligando uma parede a outra bem mais baixos que o teto, era em desses ferros que as mãos dela estavam amarradas. Havia também alguns ganchos nas paredes e no cão, aparentemente sem função; a cadeira em que ela esteve sentada quando chegou já havia sumido, o lugar estava completamente vazio, havia apenas uma torneira bem baixa quase no chão no canto do cômodo. Não existiam portas, tinha apenas uma espécie de passagem, um buraco quadrado de 1 metro por 1 metro em uma das paredes. Aparentemente após o buraco havia uma porta, mas não tinha como ter certeza, pois após o buraco tudo ficava no escuro.

Ela estava tão distraida observando o lugar que mal percebeu quando ele adentrou o cômodo, ele estava de máscara e segurando uma espécie de mala nas mãos. Um arrepio percorreu o corpo dela ao imaginar o que ele pretendia fazer com ela. Tentando não demonstrar a fraqueza do momento ela fechou a cara encarando ele, mantendo o máximo de distância emocional da situação. Ao perceber isso ele deu um leve sorriso irônico, colocou a mala no chão e se aproximou, sustentando o olhar dela.

"Sentiu minha falta Liv" falou baixinho bem perto do rosto dela.

"Não me chame assim seu louco" disse ela com voz firme.

"Olha quem parou de gaguejar!" respondeu ele dando uma risada e indo para a mala.

"Me deixa tentar de novo, não foi justo. No último número você me desconcertou de propósito e pra compensar você deveria me dar outra chance" disse Olívia ignorando a tirada dele, tentando faze-lo mudar de ideia, na última esperança dele ceder e deixa-la tentar de novo.

"Dá última vez que nos vimos você me fez de idiota, isso nunca mais acontecerá Liv, e outra coisa, quem aqui está falando de justiça" disse ele já retirando uma faca de aproximadamente 25 cm da mala.

Ao ver a faca Olívia congelou, a respiração ficou ofegante, ela tentou manter o olhar calmo, mas conforme ele se aproximava dela com aquela faca, mais ela externava o medo. Ele pode perceber esse deslize e deu um leve sorriso ao passar a faca levemente no rosto dela.

"Estou sentindo cheiro de medo, estou certo" ele precisava ouvir isso dela para o prazer ser completo.

"Nunca!" disse ela desviando o olhar na tentativa de esconder a realidade.

"Está na hora de você pagar a aposta que perdeu detetive. As regras foram bem claras, sendo assim suas roupas em breve serão lixo" ele falava e passava a faca por cima da roupa dela.

"Não tente fazer isso!" disse Olívia em tom ameaçador.

Ele nem respondeu, apenas colocou a faca por debaixo da blusa azul que ela vestia e em uma tacada só cortou toda a frente, mostrando o sutiã preto que ela usava.

"Para! Fica longe de mim" Olívia já estava fora de controle, ela sabia o final disso tudo, mas não conseguia reagir, apenas tremer e 'aceitar' o que ele fizesse com ela, não havia meios de impedir, ela estava imobilizada, e o desespero crescia cada vez mais.

Law & Order: SVU - O SequestroOnde histórias criam vida. Descubra agora