2 - MISSÃO SUICIDA

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- Droga. - James resmunga - está tudo muito calado para o meu gosto,pode ser uma armadilha.
Música podia ser ouvida,mas não se ouvia os sons de vozes costumeiros nas festas.

Faço sinal para o primeiro grupo de soldados se posicionarem.
Nosso grupo foi organizado em quarenta soldados que liderados por mim invadirão o local,e dez que nos darão cobertura - com James na liderança - caso precisemos de reforços.

- Podem estar se alimentando agora - faço uma careta - ou fazendo qualquer outra coisa.
- Não acho provável.
- De todo modo,temos uma cartada surpresa.

- Temos? - ele arqueia as sobrancelhas.
- Temos - reviro os olhos - Vocês.
- Ah,é claro que temos.
- Não entre enquanto não lhe der o sinal. - beijo seus lábios - Isso é uma ordem.

- Eu também te amo.

Avanço com o primeiro grupo,camuflados e silenciosos na noite escura,ainda com um sorriso bobo nos lábios que logo trato de desfazer e voltar a minha habitual expressão de desinteresse.

Abrimos as portas do salão com cautela e nos deparamos com o local vazio.
Caminhamos cautelosos até o centro do salão de festa.
- Se separem e procurem por eles.

Os soldados se dispersam em grupos de dez como foram treinados para fazer nessas situações.

Um grupo para oeste,um grupo para o norte,outro para o sul e o que eu faço parte se dirige a parte leste do local.

O salão é espaçoso e possui algumas caixas de madeira espalhadas,além de algumas velharias.

Abrimos portas de banheiros e de alguns cômodos com colchonetes espalhados.

Tudo vazio.

Mas de repente e sem avisos, vulto parece se materializar perto de nós,saído de algum lugar desconhecido - provavelmente do inferno.

Ele corre em nossa direção,mas antes que ele consiga se aproximar com sua velocidade sobrenatural,consigo acertá-lo com uma flecha da besta.

Todas as nossas flechas são de pontas de madeira banhadas em óleo de crisálida,o que as faz mortalmente perigosas aos vampiros,por isso,quando a flecha atinge o vampiro em cheio no peito,ele tomba e cai de joelhos tremendo.

Um silêncio sepulcral se faz e é possível ouvir o baque do corpo ao se chocar contra o chão e o gemido agonizante antes do vampiro se transformar em cinzas.

Ninguém se move ou fala nada por um tempo.

Até que mais vampiros começam a aparecer,e finalmente podemos ver de onde vieram.
Do subsolo.
Não é tão diferente do que eu pensei.
Um a um,vampiros aparecem e logo estamos rodeados por aproximadamente dez deles.
Um para cada soldado.

- Ora,ora,ora - um vampiro alto e loiro que parece ser o líder do grupo fala e finge estar pensativo mad vejo que encara nossas armas - Realmente,não me lembro de os ter convidado para nossa festinha...mas quem sabe vocês sejam do bufê - os vampiros riem,e posso sentor
sentir seus olhares sob nossas veias.
- Você se enganou - balanço a cabeça - Não somos do bufê.
- Ah,não? - ele arqueia as sobrancelhas.

- Não - sorrio - Nós somos o pessoal da limpeza.

- Acho que chegaram muito cedo - ele abre os braços mostrando o som e os vampiros - Peço que se retirem.
- Eu tenho uma ideia melhor - sorrio - acho que vamos entrar de intrusos nessa festa.

Esse foi o gatilho para os dois lados,e como se sincronizados,Caçadores e Vampiros correm para o combate com gritos de guerra e expressões determinadas.

Flechas e estacas se chocam contra garras e dentes.
É de conhecimento geral que quando um humano é mordido por um vampiro...bem,um a mais para o grupo deles e um a menos para o nosso.

Mas os vampiros não costumam morder.

Nunca se soube a razão,mas é mais comum matarem do que morderem.

Posso ver alguns corpos ao nosso redor - três vampiros e um Caçador -,os Caçadores estão em vantagem.

É possível também ouvir gritos de guerra vindos dos outros grupos,e ao que tudo parece,mais vampiro estão atacando os outros caçadores espalhados pelo galpão.

Eu ataco e derrubo alguns vampiros,mas apenas um permanece caído enquanto os outros se recuperam rapidamente.

Rapidamente as flechas da besta se vão e começo a usar as estacas e os punhos para lutar.

Eles não caem facilmente,mas os caçadores continuam golpeando sem pudor.

Em um determinado momento,mais vampiros se juntam aos outros e os caçadores,lentamente,começam a ficar em desvantagem numérica.

No meio da luta,percebo que estou lutando com o líder do grupo.

- Caçadora,é melhor se retirarem - sua expressão é ameaçadora,com presas e garras a mostra.
- Não me diga o que fazer,verme.

Fico confusa com o aviso do líder,mas com certeza ele deve ter algum interesse próprio em nossa retirada.

- Não estamos de brincadeira,todos estão famintos hoje - rosna - E você,mais do que ninguém sabe o que acontece.
- Nós também não estamos aqui para brincar.

- Não queremos matar mais ninguém,mas se vocês continuarem atacando vai ser impossível nos controlar.
- Não finja que não querem machucar ninguém - reviro os olhos - Eu conheço vocês bem demais para tentar me enganar.

- Será que conhece mesmo? - seu olhar é profundo - Eu avisei,não posso segurar todos que estão aqui,e eles são muitos.

Observo o cenário e realmente,os vampiros não param de aparecer em bandos,e sou suficientemente esperta para calcular que não conseguiremos dar conta de todos.

Mesmo se ouver algum plano por trás da advertência do líder do grupo,nós não temos outra escolha.

Temos que nos retirar.

- Nós vamos - me aproximo dele e ameaço - Mas vamos voltar.
- Eu sei que vão. - assente sério.

- Recuem - grito - Recuem!
Vejo os soldados recuando e corro para avisar aos outros grupos,que estão em desvantagem como nós mesmos.
- Recuem! - grito para todos - Recuar agora!

Os Caçadores se retiram lentamente,lutando para alcançar as portas e posso ver os corpos mortos sendo deixados para trás.

Fico a porta,verificamos se todos se retiraram e quando tenho certeza de que todos os vivos saíram,me viro para recuar também,mas antes que eu possa sair,sou cercada por uma das bestas.

Sua boca está suja de sangue e ele sorri enquanto me observa.
- Me parece que esqueceram um lanchinho para trás.

Golpeio sua barriga com o pé e ele se dobra sobre o corpo,mas antes que eu possa lhe enfiar uma estaca,ele se levanta e avança sobre mim.

Caímos no chão e eu arquejo de dor antes de enfiar o pedaço de madeira com todas as minhas forças,a fundo em seu pescoço, e ver seu corpo se desintegrar e virar pó.

Me levanto e corro cambaleante em direção ao último carro do local,onde James me espera preocupado para podermos partir.






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⏰ Última atualização: Feb 02, 2018 ⏰

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