Depois da descoberta eu vou para a sala de janta, onde estão todos. Sento ao lado do Henry querendo estrangula-lo.
— Você demorou. — diz Henry no meu ouvido.
— Quer controlar minha vida também ? — digo com raiva e ele me olha confuso.
— Então filha... — diz minha mãe — A costureira irá vim hoje para tirar sua medida.
— Que medida? — pergunto confusa.
— A do seu vestido de casamento. — diz minha mãe com receio da minha reação.
— Ok. Eu irei treinar, se vocês me derem licença. — digo me levantando.
Vestido de casamento.
Era só o que faltava, e eu ainda tenho que conversar com aquele idiota que anda controlando meus sonhos.
Tá, eu tenho que adimitir que os sonhos não foram nenhum pouco ruins, mas mesmo assim, ele não pode ficar controlando os sonhos das pessoas.
Vou para meu quarto e coloco a roupa de treinamento. Mando uma mensagem para o Maven e vou para a área.
Maven como sempre está atrasado.
Começo a me alongar e praticar alguns chutes que eu pretendo dar no Henry mais tarde.
— Seus movimentos não são rápidos o bastante. — diz uma voz irritatemente conhecida.
— Ah, você quer controlar até meu treinamento ? — digo com raiva e parto pra cima dele.
Ele é rápido o bastante para desviar e me derrubar no chão, me prendendo com o seu peso.
— Então você descobriu?
— Mas é claro que eu descobri! — tento me soltar, mas não consigo. — Como você pode?
— Eu nunca tinha usado esse poder em ninguém, eu nem sabia que existia. Eu juro. — diz ele sério. — Eu ainda preciso aprimora-lo, e eu precisava de alguém para testar. Isso foi errado, me desculpa.
— Foi mais do que errado! Você não pode me usar de cobaia Henry. — tento me soltar de novo, mas é em vão.
— Os sonhos não foram nenhum pouco ruins. — ele sorri de lado.
— Seu idiota! Eu te odeio.
— Odeia nada. — diz ele se aproximando. — Até onde eu sei, você me beijou também. Eu não posso controlar o que você vai fazer no sonho. Você quis me beijar.
Eu só posso controlar com quem eu vou sonhar e o local onde estamos.— Você me fez sonhar com o William, então não é só isso que você consegue fazer. — ele me olha confuso e essa é a minha deixa para empurra-lo.
Ele cai no chão e reclama de dor.
Bem feito, seu idiota.
— Você não tinha o direito de fazer isso, Henry. — digo me aproximando com raiva.
— Eu não fiz você sonhar com aquele humano. Por que eu faria? — ele se levanta e olha nos meus olhos.
— Seu mentiroso...
— Por que eu faria você sonhar com seu ex amante? — pergunta com raiva. — Isso, minha querida, foi obra sua, parece que alguém ainda gosta daquele humano desprezível.
— Não fale assim dele. — digo com raiva. — Pelo menos ele não precisa controlar o sonho de ninguém.
Henry se afasta, olha pra mim e vai embora.
Droga, porque eu me sinto tão culpada?
Decido mandar uma mensagem para o Maven, cancelando o treino.
Vou para meu quarto e tomo um longo banho.Decido dar uma volta no Reino. O palácio não fica muito longe da cidade. Olho as construções, as crianças brincando na rua, as pessoas trabalhando, elas possuem uma feição tão calma.
Gosto muito de passear pela cidade, disfarçada é claro. Seria um caos se descobrissem que eu sou a princesa. Vou na minha loja favorita de bolos.
— Srtª Lauren, faz um tempo que eu não a vejo por aqui. — diz a senhora July, ela é uma idosa muito simpática e dona dessa loja. — Vai querer o de sempre querida ? Bolo de chocolate com calda?
— A senhora sabe mesmo os meus gostos. — sorrio e espero ela trazer minha fatia.
— Então querida, por que está tão triste? — ela coloca uma fatia enorme de bolo na minha frente.
— Muito obrigada. — suspiro. — Eu acho que magoei uma pessoa com as minha palavras. Bom, ela estava errada...
— Oh minha querida. É algum garoto de quem você gosta?
— Bom, eu não gosto dele...
— Gosta sim, se não você não iria ficar chateada pelo que disse. Por que você não conversa com ele e pede desculpas?
— Por que ele está errado...
— Ele pediu desculpas?
— Pediu, mas...
— Pare de ser orgulhosa querida. Orgulho só fere, você pode acabar perdendo quem ama por causa disso. — diz ela tocando no meu rosto.
— Obrigada, sra July. — engulo seco, ela tem razão, eu posso ser um pouquinho orgulhosa.
Termino meu bolo, agradeço, pago a conta e vou embora.
Vou todo o caminho pensando na conversa com a Sra. July. Vou tentar ser menos orgulhosa, eu tenho que tentar ser feliz.
Ah, o Henry é tão idiota e irritante, mas beija tão bem, fora que ele não é de se jogar fora.
Céus, eu não posso me apaixonar.
Repreendo meus pensamentos, entro no palácio e vou em direção ao aposento do Henry.
— Ele não está, vossa alteza. — diz a mesma criada que eu vi hoje cedo. — Ele e sua prima estão na sala de música.
Ah, como pude esquecer daquela víbora. Eu tenho que descobrir a verdade sobre ela.
Vou para sala de música, consigo escutar o som de piano. Abro um pouco a porta sem fazer barulho.
O Henry está de costa para mim, sentado tocando piano.
Vejo a Sophia ir em direção ao Henry e passar a mão no braço e no ombro dele enquanto está andando.
Sinto... ciúmes? Não pode ser.
Isso não é uma demonstração de afeto de primos. Eu preciso descobrir mais sobre essa naja.
E eu sei quem exatamente pode descobrir até os maiores segredos de uma pessoa.
Me afasto da porta e pego meu celular.
— Isak? Eu preciso de um favor.
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Oi gente, me desculpem pra demora. Estava resolvendo umas coisas da faculdade 💙Fiz esse capítulo um pouco maior pra vocês. Não esqueçam de votar e comentar, é muito importante 💙
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Vida longa à Rainha
FantasíaEm um reino sobrenatural, onde quem detém a rapidez de um vampiro, a força de um lobisomem, os poderes de uma bruxa, e outros dons exclusivos, são as poderosas famílias reais Ambrosio e Callegari. Elas costumavam viver em guerra, mas assinaram um tr...