Trilogia Silverdale: Outono

Seolleongtang

Eu odiava muito o fato de estar com tédio, depois de algumas horas andando em circulo dentro do quarto pensando em como voltar para Los Angeles sem ter dinheiro para compra uma passagem de avião, eu pensei em roubar um caro, mas o fato de não saber dirigir ajudou para que eu descarta-se a ideia.

Levantei da cama e fui até a cozinha pegar algo para comer, meu pai estava lá preparando o jantar.

- Você está com fome? – ele disse enquanto experimentava alguma coisa de suas panelas.

- Sim – respondi

- O jantar ainda não está pronto.

- Eu percebi.

- Tem doritos   no armário.

-Eu odeio doritos – cruzei os braços.

- Eu sei – ele respondeu com um sorriso.

- Então por que ofereceu?

- É porquê você mudou tanto, eu só queria ter certeza que algumas coisas não mudaram – ele limpou a mão com um pano de prato que estava em cima do seu ombro e mexeu no bolsos de trás da calça a procura de algo, tirou uma bola de dinheiro amaçado do bolso e estendeu para min – pegue vá até o café e compre algo pra comer.

- Tem certeza que quer dar dinheiro para uma viciada e ainda por cima deixa-la sair sozinha? – respondi em tom irônico.

- Se você estivesse realmente pensando em fazer algo você não estaria falando, agora pegue logo e vá antes que sua carcereira chegue – ele disse referido-se a Kristen minha empresária.

Peguei o dinheiro da mão dele.

🍁🍁🍁

Assim que eu sai de casa um flash de câmera ofuscou meus olhos, os fechei e esperei um tempo até que eles voltassem ao normal procurei pelo autor, mas não consegui encontra nada, havia apenas a senhora Akumi minha vizinha, ela estava aparando uma cerca de grama que dividia minha casa da dela assim que me viu ela parou e me olhou com seus pequenos olhos surpresos.

-Olá- cumprimentei ela.

Ela balançou em cima da escada que a mantinha do mesmo tamanho da cerca, corri contornado a cerca a até chegar nela.

- A senhora está bem? – perguntei enquanto segurava a escada para ela descer.

- Eu estou ótima – Ela respondeu com um enorme sorriso que que deixou seus olhos enrugados ainda mais enrugados – ainda mais feliz agora que posso ver o seu belo rosto de perto.

- Eu também senti saudade da senhora – abracei ela e aquele leve cheiro familiar de naftalina misturado com cheiro de arroz envolveu meu olfato.

- Deixe me ver você minha menina – Ela me afastou – de uma volta.
Eu girei na frente dela assim que fiquei de frente pra ela de novo ela me deu um tapa no braço.

-AI VELHA – gritei de dor, ela parecia frágil e gentil, mas só eu sei como seus tapas realmente doem.

- COMO VOCÊ OUSA FAZER ISSO COM SEU CABELO?!