Trilogia Silverdale: Outono

Karma's a bitch

Mike Jensen? Apenas um típico clichê de garoto rico revoltado, mas bem não foi assim sempre, a parte do 'rico', ele e mãe dele viviam no lado norte da cidade, lado controlado por pessoas ruins, até que a mãe dele conseguiu de algum jeito se casar com o homem mais rico da cidade, Hall Anderson, dono de uma das maiores empresas de mineração do mundo, e Hall também tinha uma filha quando se casou com a mãe do Mike, Charlotte Anderson, que foi cúmplice do Mike na missão de fazer minha vida um inferno antes de eu ir para L.A e dar a volta por cima, e como  'Karma's a Bicth’ é um ótimo lema, você acha mesmo que eu ia perder a chance de aparecer na festa de fim de férias? A festa de fim de féria dos meios irmãos Anderson/Jensen é a festa que gera boatos por mais de um mês, a festa que todo estudante da Siverdale High quer ir, e a festa que todos que já me machucaram de alguma maneira vão estar.

Kirsten não ia deixar eu sair pela porta da frente, então eu tinha que arrumar uma outra maneira de sair, fui até a janela e a abri, a fraca luz do sol de fim de tarde ainda brilhava lá fora, e minha velha a miga árvore estava lá, com seu galho que quase entrava pela janela, fiz alguns anos de ginástica também sempre fui muito boa nas cenas de ação que eu fazia e eu não posso dizer que é a primeira vez que faria isso, usar a árvore como escada até lá em baixo, o problema da saída havia sido resolvido, agora era só rezar para meu pai ou Kirsten não terem um ataque súbito de cuidados para virem ver como estou, eu passo o dias e noites inteiras dentro do quarto então eles não iriam estranhar o fato de eu não descer.

Fui até o closet e peguei o vestido mais curto que eu consegui encontrar, o tecido dele era algo parecido com couro envernizado que esticava, eu devo ter ganhado ele após alguma seção de fotos, e peguei um tênis, eu nunca soube andar muito bem de salto e acidentes estão fora de cogitação hoje, depois de me vestir fui para penteadeira, era ótimo estar com os cabelos curtos eu não precisava fazer muita coisa apenas penteei os fios descoloridos e a maquiagem se resumiu a um batom vermelho e a promessa de ir a igreja mais tarde agradecer pela minha pele estar tão boa, não me jugue eu fui uma garota criada pelo pai que não passou um batom até ter 14 anos.

Quando eu terminei de me arrumar já eram 19:50, eu havia marcado com Taehyung as 20:00, mas a ansiedade não permitiria que eu ficasse por mais 10 minutos no quarto então fui até a janela.

- Eu te amo – disse para arvore – acho que eu devia te dar um nome, afinal são anos de relacionamento.
Descer pela Árvore não foi um trabalho difícil (algumas complicações pelo fato do vestido curto e eu não está usando um short e outras por ele ser em vestido sem mangas e meu peito ser relativamente grande), agradeci mentalmente por todas as vezes que tive que pular de algum lugar para alguma cena de ação.

- Muito bom – uma voz familiar soou (uma voz muito familiar por sinal).

- Pai - disse enquanto me virava para ver o seu rosto.

- Você podia ter investido em atletismo ao invés de artes cênicas – ele disse

- Oque você tá fazendo aqui fora?

- Eu vim deixar o lixo, acho que os papeis estão se invertendo aqui não? Oque você tá fazendo aqui fora? A mulher loira não vai gostar nada de saber disso – ele falou referindo-se a Kristen.

- E é por isso que você não precisa falar pra ela.

Ele estreitou os olhos.

- Onde você esta indo?

Como uma resposta do universo Taehyung apareceu.

-Olha eu não sei porque tô...- ele começou a falar assim que passou pela cerca de mato, parou assim que viu meu pai.

-Pai esse é Taehyung o sobri...

- Eu sei quem é esse aí – ele me interrompeu – onde vocês estão  indo?