Donna

O triplo ou nada

--Errr, oi mãe. -Harvey cumprimentou enfiando as mãos nos bolsos. Sem saber o que estava acontecendo.

...

--Mãe? -Donna perguntou confusa. Intercalando entre olhar de um para o outro. --Você disse mãe? Você é a mãe dele?

Lily assentiu sorrindo assim como Harvey. Quais as chances?

--Sim, ela é minha mãe. Eu te falei dela antes, mas vocês ja se conheciam? -Harvey perguntou pegando a caixa da mão de sua mãe.

--Sim... -Lily respondeu feliz, porém mudou o tom de voz sussurrando tampado a boca com a mão como quem conta um segredo. Tentou ser sutil. Falhou miseravelmente. --Ele sabe?

Lily sabia das inseguranças da ruiva. Donna assentiu outra vez, mas desta vez sorrindo, confirmando que ele já sabia.

--Estou tão feliz, ja estava feliz antes quando soube, mas agora estou radiante. Eu vou ser avó. -Lily passou o braço pelo ombro de Donna a abraçando forte. --Ah minha querida...

--Larga minha mãe Donna. -Harvey falou brincando fingindo estar com ciúmes.

--Ela que ta me abraçando. -Lily não a largou, Donna sorria a abraçando de volta.

O porteiro chegou oferecendo ajuda com as caixas e Lily a soltou limpando seus olhos. Estava quase chorando.

--Bobby, -ela se dirigia ao porteiro eufórica --EU VOU SER VOVÓ!

--Lily que noticia maravilhosa, parabéns vovó. -Eles se abraçaram e Harvey achou estranho a intimidade que tinham. Donna apenas sorria observando o casal já sabendo o que se passava por ali.

Donna foi ajudar Harvey a colocar uma segunda caixa no elevador, porém ele a impediu. Não queria que ela pegasse peso, muito menos que fizesse esforço. Ainda mais com o pé machucado.

Eles discutiram com o olhar e Harvey acabou vencendo. Donna sentiu seu celular vibrando no bolso traseiro da calça. Outra mensagem de um número desconhecido.

"Aqueles que tem tudo o que deseja sem esforço algum não merece as coisas que tem. Aqueles que não tem nada merecem o mundo. As vezes é preciso sacrificar algo para um bem maior."

Donna sentiu um calafrio ao ler a mensagem. Aquilo tudo estava muito estranho. Precisava se encontrar com Louis o mais rápido possível.

Harvey notou a mudança de humor e se preocupou.

--Donna está tudo bem? Está com uma cara... -Ele perguntou se aproximando. Donna tratou logo de mudar de assunto sorrindo.

--Eu ainda não to acreditando como isso aconteceu -Donna comentou mudando de assunto. --Durante todo esse tempo em que somos vizinhas eu nunca tinha visto seu filho Lily.

--Talvez vocês tenham se desencontrado. -Lily se aproximou e Donna guardou o celular --Agora não importa, vamos subir que você precisa por esse pé para cima. Tem que melhorar logo.

Harvey sentia que tinha algo errado. Iria questionar mais tarde. Eles subiram e Donna tentou ao máximo continuar como se tudo estivesse bem, mas acontece que aquelas mensagens a deixou perturbada.

--Eu não acredito que minha mãe soube antes de mim. -Harvey falou ajeitando as caixas em cima da mesa.

--Só aceita filho. -Lily respondeu dando língua pra ele o provando.

Donna estava na sala e então ela viu sua tartaruga no aquário da sala da Lily. Ela nunca tinha notado antes.

--LARRY?! -Ela falou realmente feliz se levantando. Ela andou mancando até o aquário e colocou sua mão para pegar a tartaruga que ficou arisca com a proximidade da antiga dona. Donna não desistiu e o pegou levando algumas mordidas.