A volta

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-Não achou que seria tão fácil assim achou?

...

-Sabe o que é um detonador não sabe? -Ela estava no chão de joelhos, passou a rir o irritando. -Você acha que eu sou burra? Donna tem uma jóia linda em seu tornozelo se você não largar essa arma eu vou clicar aqui e tudo já era. Óbvio que você vai me matar depois mas e dai, uma vida por outra.

-No que você se tornou, eu tenho vergonha de você.

Donna subia as escadas com dificuldade ouvia de longe a voz dele, precisava ir mais rápido. As pontadas em sua barriga estavam ficando cada vez mais fortes e o medo a tomou por completo. Se seus bebês resolverem nascer agora seria o seu fim. Ela mordia os lábios com força. Precisava ajudar Harvey.

Ela andava pelo corredor e o viu com a arma, viu Hillary com o detonador e a próxima coisa que fez foi pegar a enorme escultura de metal. Harvey vacilou e antes que Hillary virasse a cabeça para olhar em direção a onde ele estava olhando Donna a golpeou com toda força que conseguia reunir. Ela largou a escultura pesada e caiu de joelhos com as mãos na barriga.

Hillary caiu com os olhos abertos e o detonador voou longe. Por sorte Harvey conseguiu pegá-lo antes que atingisse o chão.

Acabou, finalmente havia acabado, eles estavam finalmente livres e a salvo.

Donna sentiu o líquido escorrendo por suas pernas e sentiu os braços de Harvey a envolvendo em seguida. Eles se agarraram um no outro e Donna passou a chorar, um misto de dor com alívio por estar com ele novamente.

A polícia chegou alguns minutos depois. E Donna deu a luz aos bebês prematuros na ambulância enquanto tiravam a bomba do tornozelo dela.

Dez meses depois

-Como está se sentindo? -Harvey perguntou pela milésima vez enquanto entregava a ela uma xícara de café. Ele segurava o pequeno Nick nos braços.

-Se você perguntar mais uma vez como eu estou eu juro por Deus que vou atirar em você. -Ela falou pegando sua xícara e voltou para perto de Lily que estava com as duas bebês nos braços. Anne e Elle. -Lily se acontecer alguma coisa você me liga imediatamente.

Lily sorriu pra ela assentindo. Hoje Donna voltaria ao trabalho, depois de muito tempo estava pronta para voltar.

-Vamos ficar bem. Pode ir tranquila.

Donna assentiu. Harvey voltou para o FBI então agora eles não trabalhavam mais juntos. O que era uma pena, porque sentiria falta de ter um tempo com ele.

-Vamos? -Ela perguntou ansiosa com um sorriso no rosto. Estava mais do que preparada para voltar a ativa. Ela foi até o quarto bebê que estava dormindo tranquilamente no cercadinho. -Tchau Theo amorzinho.

A terapia estava fazendo muito bem a eles. Hillary com a pancada de Donna acabou tendo um traumatismo craniano e morreu a caminho do hospital, a cúmplice Paula Agard pegou vinte anos de prisão.

Scottie deu a luz a um menino ainda em coma e eles ficaram com o bebê. Por proteção a criança, assinaram com o sobrenome deles. Scottie se acordasse um dia entenderia.

Donna chegou a unidade e estava ansiosa. Um pouco fora de forma. Harvey segurou a mão dela que estava apoiada nas coxas.

-Sera que esses dedos delicados ainda conseguem segurar uma pistola. -Ele provocou.

Ela sorriu maliciosamente.

-Você sabe que eu consigo.

-Tenho minhas dúvidas.

Donna riu e pulou no colo dele.

-Eu senti falta disso. -Ela falou quando passou a beija-lo. -Oh god eu senti muita falta disso.

DonnaOnde histórias criam vida. Descubra agora