Estava com uma mal pressentimento. Uma sensação de que algo ou alguém estava me perseguindo. Andar mais rápido pelas ruas do Rio de Janeiro já é algo natural com tanta violência. Eu sentir uma mão forte cobrir minha boca, um arrepio tomou conta de todo meu corpo, o medo de que algo extremamente ruim estava acontecendo. Tudo ficou escuro e senti apenas uma dor na nuca antes de desmaiar.
Faziam 48h do desaparecimento da Evangeline, ninguém havia reparado que ela tinha sumido, nem mesmo sua mãe. Andrea uma jovem mulher divorciada do pai da Eva, e do Josh, seu irmão de 23 anos. Sua família sempre foram aqueles tipos de famílias que quando estão em um lugar não querem nunca sair, acomodadas e nunca gostaram de mudar de cidade e de casa. Desde que a Evangeline tinha um ano de idade eles moram em Cabo Frio-RJ, ao menos era assim que a mesma lembrará. - Josh, onde sua irmã está? Ela não apareceu desde ontem, houve alguma festa que eu não estou sabendo?
Sua mãe não era uma mulher de privar seus filhos de viver, era sempre liberal demais. Quando Evangeline perdeu a virgindade ela agradeceu a Deus e a todos os santos que existe, incluindo os que ela acabará de inventar na mesma hora, apenas pelo fato dá filha não ser lésbica, não que fosse preconceituosa.Eram quase oito horas da noite quando alguém bateu na porta, Andreia por sua vez assustou, mas levantou mesmo assim pra abrir a porta.
- Pois não?
- Senhora Duarte, me desculpe incomodar a essa hora, mas, a Evangeline está em casa? Fazem dois dias que ela não vai à faculdade e temos que terminar o trabalho.
A mãe de Evangeline fitou dos pés a cabeça aquela garota. Baixa, olhos azuis com um óculos redondo que não à favorecia nem um pouco. - Sinto muito, a Evangeline não está. Não sabia que ela não estava indo a faculdade, por favor, entre.
Após duas xícaras de cafés e conversas, a mãe de Evangeline viu que algo estava muito errado nessa história. Ligou para todos os parentes que tinha contato e todos os amigos que conhecerá da filha, sendo totalmente em vão.Ela não estava em lugar nenhum. A mãe da garota sabia que apesar de não ser a melhor mãe e não de darem tão bem por conta do namorado da mãe e do rápido relacionamento, fazendo-os assim morar juntos após poucos meses de namoro, era a sua filha e sabia que algo de errado poderia estar acontecendo.
- Paul, preciso de sua ajuda. - A mãe de Evangeline pensou em ligar para a polícia, mais preferiu chamar seu irmão que era Policial Chefe e Detetive da cidade.
Quando acordei já não sabia mais onde me encontrava, era um lugar totalmente novo, sombrio. Aquela sombra preta, musculosa, mascarada me encarava. Era difícil descrever o que estava vendo, nada fazia sentido, tudo estava fechado, não tinha nada, apenas uma privada e uns papelões. Não queria imaginar onde iria tomar banho, ou como dormiria. Eu queria lutar.
Levantar era difícil, eu tava zonza, mesmo assim fui pra cima daquela pessoa, apesar de não ir tão longe. Ele foi pra cima de mim e com apenas uma pancada em meu rosto eu fui ao chão. Me recostei na parede, acocorada em meio aos papéis. Até que ele foi embora. Mais quem era ele, e o que quer?
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O DESAPARECIMENTO DE EVANGELINE
Mystery / ThrillerMeu nome é Evangeline Ohai Duarte, e eu estou desaparecida. Meu caso? Fechado! Buscas? Totalmente paradas, as pessoas desistiram de me encontrar. Sinto com se já estivesse morta, e esquecida na escuridão de algum lugar na imensidão do universo. Mas...