Eu estava com fome, o estômago doía como se eu tivesse levado alguns socos no mesmo. Fazia muito tempo que a pessoa que me trouxe pra cá apareceu, última vez que ò vi ele só veio com uma garrafa de água que por um descuido caiu e perdir cada gota.
Por hora ele aparecia, abria a porta e me olhava por trás daquela máscara, como se fosse apenas pra saber se ainda estou viva.— O que foi que você disse? Como assim ela sumiu?
— Paul, eu não sei o que ouve, você sabe como a Evangeline é, ela sempre me apronta algo pra me desafiar. E agora que ela descobriu que estou namorando o Thomas...
— Você está dizendo que está namorando um adolescente? Que por um acaso é amigo dela? O que você tem na cabeça? — Disse Paul, andando de um lado para o outro com um copo de vinho na mão.
— Ele tem 18, não é um adolescente. — Andreia virava os olhos como se não estivesse gostando do rumo que a história estava tomando.
— Você tem 40, parou pra pensar?
A taça que estava nas mãos de Andreia desceu com tudo pela sua garganta, a cara que ela fez não foi das melhores. — Vou começar a investigar. — Era a coisa mais lógica a se fazer no momento, mais parecia que eles não queria mover um dedo pra começar a procura-lá.
Andreia não tinha nenhuma expressão que estava preocupada, como se soubesse o tempo todo onde a filha estava, a serenidade de seu rosto demonstrava que estava ou iria ficar tudo bem, como a mesma disse, Eva tinha seus momentos, mais não passavam de 2 dias.***
Começaram os movimentos em busca da Evangeline, a policia estava a tona atrás de pistas, campanhas como "Jovem estudante de jornalismo está desaparecida" era como se ela se tivesse se tornando famosa. As buscas começaram pelos amigos de Eva, mas de acordo com o detetive do caso, todos eram ou aparentavam ser inocentes.
— Senhor Felipe, podemos entrar? Aqui é a polícia.
Felipe, ex noivo de Evangeline, já esperava, afinal, sempre os "ex" são os mais prováveis suspeitos. Na tv, estamos cansados de ver violências contra a mulher, ex namorados, ex maridos, amantes, sempre culpados, ou na maioria das vezes, não podemos generalizar.
— Senhor Felipe, podemos entrar?
A polícia junto com o detetive foram atrás do Felipe, mais pensando bem o cara não seria tão tolo a ponto de sumir com alguém e deixar rastros em sua própria casa.— Pois não, podem entrar. Do que precisam?
— Como já deve saber a jovem Evangeline desapareceu, e estamos trabalhando duro para tentar encontrá-la. Podemos fazer algumas perguntas?
— Claro, senhor. Sentem, por favor.
— Bom, sabemos que teve um relacionamento bem sério com a jovem, estavam noivos, afinal, mas quando foi a última vez que à viu?
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O DESAPARECIMENTO DE EVANGELINE
Mystery / ThrillerMeu nome é Evangeline Ohai Duarte, e eu estou desaparecida. Meu caso? Fechado! Buscas? Totalmente paradas, as pessoas desistiram de me encontrar. Sinto com se já estivesse morta, e esquecida na escuridão de algum lugar na imensidão do universo. Mas...