Capítulo 1: O encontro.

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-Já é manhã?!

Ditou o garoto abrindo os olhos e notando o sol forte fora do seu quarto. Não era nem seis da manhã, mas o sol radiante atrapalhava o sono de muitos. Não demorou até que Gustave se levantasse da cama, já se despindo e jogando as roupas por qualquer lugar do seu dormitório. Entrou no banheiro e foi direito para o box. Ligou o chuveiro e começou a se ensaboar. Em minutos estava totalmente perfumado e se preparando para sair do banheiro.

-Droga, esqueci a toalha! -Disse procurando pela toalha. - Sem problemas, estou sozinho mesmo.

Em instantes saiu do banheiro, molhando todo o quarto. Não se importou com o caus que estava à fazer e continuou à andar até o guarda-roupas, pelado e cantarolando músicas aleatórias enquanto girava e girava dançando. Pegou no móvel uma cueca vermelha, calça preta e uma blusa de mangas branca. Levitou tudo e colocou sob a cama, ainda na frente do móvel. Foi até a cama e ficou em pé na frente da mesma.

-Grande Gustave Júnior, vamos pegar umas demoninhas ou até anjinhas.

Olhou para seu membro e logo sorriu ao perceber que estava tão solitário a ponto de falar com o "Gustave Júnior". Se vestiu e sentou na cama olhando para a janela. Fiquei quieto por um tempo e pode escutar todos os outros alunos já fora de seus dormitórios. Com seu poder abriu a geladeira e fez uma garrafa de água levitar até sua mão. Era possível ouvir pessoas caçando, outras folheando livros e até uma voz doce e calma cantarolando bem distante. Bebeu sua água e se levantou, botou a garrafa sob o criado mudo e fui até a janela, fazendo uma ventania tremenda se formar e entrar em seu quarto.

-Caus, gosto disso.

Foi até a porta e segurou na maçaneta pensando para onde iria no primeiro dia naquela ilha. A floresta seria ótimo, ele treinaria seus poderes sem que ninguém lhe atrapalhasse. Abriu a porta e viu do outro lado dela a floresta. Este era outro de seus poderes, poderia atravessar portar e chegar a qualquer lugar, ou apenas sumir no ar, como vendo e aparece onde desejasse, desde que fosse dentro da ilha, já que estava aprisionado e não sairia dali. Avistei de longe uma ponte e logo me imaginei em cima dela, como feito, ali estava. O lugar era calmo, como um vulcão antes de entrar em erupção. As águas claras passavam por baixo da ponte onde eu estava sentado, fiquei a me distrair brincando com os pingos de água que fazia levitar, mas fui surpreendido por um lobo com um animal na boca.

-Oh, lobo? -Ditou deixando todos os pingos de água caírem, por ter se assustado e logo se deparou com o lobo em sua forma humana.

-Desculpa, não queria assusta-ló. As aulas aí ainda não começaram, então vim caçar um pouco.

O lobo era um alto e esbelto homem. Seus cabelos claros e olhos quase refletindo o céu, de tão azul. Sua camisa já não era mais branca e suas mãos machucadas por correr entre pedras atrás de alimento. Se cumprimentaram e no mesmo momento se despediram, já que ambos iam para lugares diferentes.

-Aula? Mas que chatice.

Levantou-se e começou a caminhar pela floresta, vendo outras pessoas que ele simplesmente ignorou. O Jovem então começou a escutar outra vez a voz doce cantarolar, era uma voz angelical. Foi guiado pela voz e logo chegou até uma garota que estava sentada na grama do jardim, na frente do refeitório repleto de gente. Então ele ficou atrás de alguns arbustos observando a bela garota.

-Você canta bem.

Transmitiu suas palavras através de pensamentos, fazendo a garota escutar e se assustar. Não era sempre que alguém invadia sua cabeça deixando nela palavras, ou tirando dela o que você pensava. A menina assustada olhou para ao redor sem ver ninguém.

-Quem está aí?! (Camila)

Eufórica e amedrontada a menina se levantou, fechou o caderno que estava a desenhar e saiu, deixando para trás uma flor amarela seca, que provavelmente marcaria as folhas dos seus livros. O garoto seguiu discretamente ela e então entrou na sala aonde ela estava. Havia outras pessoas lá. Gustave sentou-se longe e ficou observando a menina procurar o que havia perdido. Então ele se levantou e foi até ela.

-Procura isso? -Mostrou a flor em sua mão.

-Como pegou isto?

-Você esqueceu no jardim.

-Então era você que estava falando lá? -Tomou a flor da mão do garoto.

-Sim, você canta bem.

-Não enche.

O menino usando um de seus poderes, fez um moinho de vento no topo da cabeça da garota, bagunçado todos os seus fios, mas logo parou e passou a mão sob eles arrumando.

-Estúpido!

-Prazer, Gustave. -Esticou a mão.

-Já disse para não encher. -Se levantou e saiu.

-Se precisar de mim é só chamar meu nome que eu apareço.

Toda vez que alguém chamasse pelo nome do jovem, ele apareceria para a ajudar, mas isso só aconteceria quando ele criasse algum laço de afeto com a pessoa que o invocava. Seu bracelete fazia ele não se apaixonar por humanas, mas quando se apaixonava, seu coração de tornava o mesmo que o da sua amada. Tudo que ela sentisse ele sentiria, suas frustrações, medos, dores. A cada vez que sua amada sofria, ele sentia uma dor no peito, como se estivesse prestes a morrer. O coração seria um só, até depois da morte.
A menina saiu da sala e voltou para o jardim, sentou onde estava e começou a ler.

-Não disse que hoje teríamos umas menininhas? Então vamos ter. - Falou olhando discretamente para o "Gustave Júnior" e se levantou.

O garoto foi mais uma vez provocar a menina. Chegou no jardim e sentou-se ao lado dela.

-Você de novo? -Bufou.

Deixá-la com raiva todo esse tempo era uma saída para reprimir toda essa vontade que aflorava em sua pele, de sentir aquela garota entregue a si.

-Achei você legal, quer assistir um filme comigo?

-Não percebe que estou te evitando?

As palavras da garota foram como um "aceito". Difícil de quem vai acreditar, mas ela apenas levantou sem falar nada e sinalizou com a cabeça para que ele fosse na frente. Como um foguete ele levantou e andou até o quarto, sendo seguido pela menina. Entrou na quarto e esperou ela entrar.

-Bem bagunçado aqui! -Disse a menina olhos ao redor.

-Não precisa ser tão sincera.

Gustave tirou sua camisa, sentou na cama e decidiu que naquele momento daria um fim ao incômodo que se alastrava em sua calça, cada vez que imaginava uma mulher em sua frente.

-O que vamos ver? -Camila se ajustou na mesa, parando em frente e empinando sua bunda avantajada sem perceber.

Gustave se pegou admirando aquela posição, mudando em seguida seu olhar, para os olhos claros que encaravam-o não tão próximo a si, mas próximo o suficiente para sentir a fragrância feminina que ela tinha.
O garoto se levantou e parou ao lado da menina. Ter ela tão perto assim e não poder mostrar o que queria, era uma tortura. Camila se virou, encostando sua bunda na mesa e observando o olhar fixado do Gustave nela. A menina olhou para a cama e voltou a olhar o garoto. Saiu da mesa e sentou-se na cama.

-Não era isso?

-Garota esperta.

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⏰ Última atualização: Feb 03, 2018 ⏰

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