🍁 Capítulo 03 🍁

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(Música acima, ALL STAR AZUL)

Ao chegar em casa, me deparei com Felicity limpando o jardim

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Ao chegar em casa, me deparei com Felicity limpando o jardim. Entrei, troquei de roupa e voltei para o mesmo.

— Me dá isso aqui, deixa que eu limpo para você.

— Não, senhorita, este é trabalho dos empregados — disse ela, tirando a grama do chão.

— Não tem essa, me dê isso aqui.

Ela me entregou o rastelo e foi para dentro.

...

Quando finalmente terminei, tirei o tênis e fui tomar banho. Saí, vesti minha roupa e desci.

— Feh, não vou comer agora, tá? Estou sem fome... Qualquer coisa, estarei no meu quarto tocando violão.

— Ok.

Subi novamente, fechei a porta, peguei meu violão e comecei a tocar:

— Estranho seria se eu não me apaixonasse por você

O sal viria doce para os novos lábios

Colombo procurou as Índias, mas a Terra avistou em você

O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto do seu All Star azul

Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras

Satisfeito sorri quando chego ali

E entro no elevador

Aperto o 12, que é o seu andar

Não vejo a hora de te encontrar

E continuar aquela conversa

Que não terminamos ontem

Ficou pra hoje.

Estranho, mas já me sinto como um velho amigo seu

Seu All Star azul combina com o meu preto de cano alto

Se o homem já pisou na Lua, como eu ainda não tenho seu endereço?

O tom que eu canto as minhas músicas

Para a tua voz parece exato

Estranho é gostar tanto do seu All Star azul.

Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras

Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador

Aperto o 12, que é o seu andar

Não vejo a hora de te encontrar

E continuar aquela conversa

Que não terminamos ontem, ficou pra hoje...

— Tua voz é linda! — disse Melissa, entrando no quarto.

A encarei assustada e não disse uma palavra, apenas fiz um gesto para que ela fechasse a porta e viesse até mim. Ela se sentou do meu lado e a encarei por alguns segundos.

— Já sei que você fala, então diga algo.

— Quem te deixou entrar?

— A moça que estava na cozinha, ela disse que ia te avisar e eu disse que não precisava.

— Você me seguiu até aqui?

— Sim, desde que saiu do colégio — disse ela, olhando para o meu violão. — Vi até sua mãe.

— Como é que é? — perguntei, nervosa. — Com permissão de quem?

— Calma, só a vi de longe... Quando você estava com ela — disse, me encarando. — Olha, sei que ela não está bem e tal, mas por que você não conversa como todo mundo?

— Tenho meus motivos... E você não pode contar para ninguém que me ouviu cantar.

— Por quê?

— Como eu disse antes, tenho minhas razões... Ninguém pode saber que "eu sei falar".

— Tá, eu fico calada! — disse, revirando os olhos.

— E sobre o trabalho... Relaxa, você não vai ficar sem nota.

— Duvido muito — disse, revirando os olhos. — Katherine, desde que te conheço, você não fala com ninguém, não apresenta trabalhos... Como você mesma sabe, minha situação no colégio não está lá essas coisas. Corro o risco de reprovar e...

— Melissa, eu não tenho nada a ver com isso — a interrompi. — Não estuda porque não quer. Não vem colocar o trabalho nas minhas costas. Sempre faço trabalho escrito e sempre tiro dez. Ao invés de ficar se exibindo porque é riquinha e irmã do menino mais bonito do colégio, ESTUDA! De que adianta ser a garota mais bonita do colégio e tirar notas ruins? Sua "popularidade" não te ajuda em nada, e seu dinheiro também não!

Olhei para Melissa e ela estava chorando como um bebê. Acho que exagerei um pouco.

— Ei, desculpa! Não costumo ser assim...

— Tudo bem... Você está certa!

— Estou? — perguntei, confusa.

— Está! Ser irmã do menino mais bonito do colégio me deixou popular... Graças a isso, sou o que sou. Não tenho amigos, ninguém gosta de mim e só tiro nota baixa — disse, triste.

— Vamos fazer um trato?

— Um trato?

— Sim! Eu te ajudo nos deveres e trabalhos do colégio e, em troca, você não conta para ninguém o que viu hoje! Feito?

— Feito! — disse, sorrindo.

— Feito! — disse, sorrindo

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A Misteriosa Katherine (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora