Capítulo 3

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Isabella

Chegada a hora do show, escolho uma calça jeans Skiny azul clara, uma bota preta que vem até o joelha e um top verde, frente única, minha maquiagem com os olhos esfumados de preto e para finalizar um batom nude. Deixei meu cabelo solto, ele está liso com as pontas levemente onduladas.

Saio do meu quarto e vou para sala, Caio já está me esperando. Ele está muito lindo. Com uma calça jeans escura, que abraça suas coxas, e uma camisa xadrez, laranja, com as mangas arregaçadas até o cotovelo, para completar meu deleite, está usando botas de cowboy. Mas não é quem eu quero.

Marcelo, está na sala fazendo companhia para Caio. Meu irmão não gosta de sertanejo universitário, então prefere ficar em casa. Mas me elogia.

-Nossa, maninha! Você está uma gata. –Diz, me abraçando.

Caio também se levanta e me surpreende com um selinho. –Você está uma delícia. –Sussurra em meu ouvido. Eu estremeço, com seu hálito fazendo cócegas em meu pescoço.

-Você também está uma delícia. –Sussurro de volta tentando entrar no clima.

A casa de shows está lotada, ainda bem que o Caio comprou camarotes de frente para palco. Tomamos nossos lugares e logo o locutor veio anunciar quem em 15 minutos o show começaria, como ainda não tínhamos bebido nada Caio disse que iria até o bar, buscar bebidas. Ainda bem que ele se prontificou em buscar, porque eu estava com a garganta seca, mas não arredaria os pés daquele lugar enquanto o show não terminasse.

Passou os 15 minutos e nada do Caio voltar, só tinha um bar no local, devia estar lotado. De repente o palco ficou escuro e as pessoas começaram a gritar. Ah. Meu. Deus! Meus lindos vão cantar. Não me aguentei e comecei a pular e gritar. Os músicos começaram os primeiros acordes da música e eu já sabia qual era. Mil anos, essa música tem um significado muito grande para mim, me traz as melhores e piores lembranças da vida. Sinto braços fortes me rodear e me encosto no peito firme de Caio, se suas mãos estão em minha volta, ele provavelmente cansou de esperar para ser atendido e veio ver o show. Não dizemos nada um para o outro, só assistimos.

O aperto de Caio se intensifica no refrão da música. Ele parece ter ficado mais forte de ontem para hoje e não sei se é coisa da minha cabeça, mas está maior também.

Mesmo que o sol se apague

E venha a lua te trazer de

Volta aos sonhos meus

Pode passar mil anos,

Você vai me amar e eu

Vou ser pra sempre seu.

A música termina e Caio começa a beijar meu pescoço. Meu Deus, eu só posso estar ficando louca, mas esse cheiro não é do Caio e sim do Arthur. Fecho meus olhos e faço a coisa mais errada do mundo. Ainda de olhos fechado me viro pra Caio e procuro sua boca imaginando que quem eu irei beijar é Arthur e não ele, percebendo minha intenção, cola nossos lábios e no momento em que sua língua toca a minha, eu sinto que é Arthur quem está me beijando, eu jamais esquecerei esse sabor de canela que a boca dele tem. Minhas mãos sobem para a nuca dele e eu agarro seu cabelo, querendo traze-lo para mais perto, Arthur mergulha ainda mais sua língua em minha boca, fazendo uma dança sensual com a minha.

Nos afastamos sem folego, eu achei que fosse coisa da minha cabeça, mas era mesmo Arthur quem estava me abraçando e beijando. Fico sem reação e fito seus lindos olhos azuis, tentando encontrar a minha voz.

Entre o Amor e o Ódio (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora