Capítulo 6

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-Isso mesmo, Mirela! Eu preciso que você venha para cá, tem muito trabalho aqui, não dou conta de tudo sozinha e preciso da minha amiga. Eu sinto sua falta, amiga!

Ela suspira do outro lado do telefone. Quando eu disse para o Arthur que eu precisava de ajuda na lavoura, minha melhor amiga já estava em minha mente, agora ela só precisa aceitar. Já falei com seu Gabriel e ele disse que eu poderia contratar quantas pessoas eu precisasse.

-Amiga é claro que eu vou, além de ser uma ótima oportunidade, ainda poderei estar com você. Sinto sua falta, das nossas conversas.

Mirela foi uma pessoa muito importante na minha vida, se eu não tivesse ela, para me dar apoio, me confortar quando eu mais precisei, não sei o que seria de mim.

-Eu preciso de você com urgência, quando pode vir?

-Me dá uma semana para organizar as coisas por aqui.

-OK! Uma semana.

-Está muito autoritária, senhorita! –Zomba ela.

-Preciso de você, precisamos conversar sobre tantas coisas.

-Que coisas, Isabella? –Pergunta com uma voz preocupada.

-Eu estou me envolvendo com o Arthur.

-Como é? Você ficou louca, foi? - Esbraveja minha amiga.

-Mi...

-Não, Isabella! Você esqueceu tudo o que passou por culpa dele? Esse cara destruiu sua vida, você não pode fazer isso.

-Olha quando você chegar a gente conversa sobre isso. Tchau, amiga. Te amo.

-Tudo bem, também te amo.

Ela desliga o telefone, sei que ela está brava comigo. Mas eu amo o Arthur e tenho umas questões para resolver com ele.

Essa conversa com a Mirella não me fez bem, apesar de estar com saudade dela, não gostei das lembranças que ela me fez recordar. Vou para o meu quarto tirar um cochilo para ver se esqueço tudo isso, daqui a pouco meu pai e Marcelo vão chegar e ainda preciso preparar o jantar.

-Deu positivo, Mi! - Digo com a voz embargada, olhando para o teste de gravidez que está na minha mão. –O que eu vou fazer?

Mirela me abraça.

-Calma, amiga. Eu estou aqui com você.

Me desvencilho do seu abraço. Eu não consigo acreditar no que está acontecendo, não posso nem me sustentar, imagina uma criança. Não posso falar para o meu pai também, seria muita humilhação para ele. E o pai desse bebê é um canalha, lindo, mas não presta só quis me usar...

-MEU DEUS!

Acordo com o coração acelerado, me deitei para esquecer os problemas e acabei tendo um sonho com eles. Passo a mão na minha testa que está muito suada. Não consigo esquecer o que aconteceu comigo, sempre irei carregar as lembranças. Meu bebê faria 7 anos dentro de dois meses.

Não consigo evitar as lagrimas que caem dos meu olhos e choro tanto que meu corpo todo treme.

-Filha, está em casa?

Meu pai chegou e eu estou nesse estado. Corro para o banheiro, passo uma agua em meu rosto e sigo para a sala.

-Estou aqui. - Digo me sentando no sofá ao lado de Marcelo.

- Por que está vermelha assim? - Questiona meu irmão.

-Esse calor, né Marcelo! - Digo abanando meu rosto

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⏰ Última atualização: Mar 18, 2018 ⏰

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