my God

9 1 0
                                    

Quando ele volta para o quarto eu tô de braços cruzados esperando ele voltar, ele chega com um sanduíche em uma bandeja e com um copo de suco que pelo visto era de melancia

— Tó come - ele estende a bandeja.

— Você queimou o macarrão? - pego a bandeja sem muito entusiasmo.

— Queimou porque vim ver a senhora fugitiva.

Dou uma mordida no sanduíche que por sinal estava muito bom

— Tá gostoso? - ele me pergunta enquanto se ajoelha ao lado da cama.

— Tá! Mas eu não gosto de suco me melancia - pego o copo e dou pra ele tomar.

— Não é de melancia é de morango - ele empurra a copo para mim de novo.

— Atá - fico envergonhada.

— Tá vermelha - ele coloca uma mão no rosto e apoia o cotovelo na cama.

— Não queria ser chata com você, mas você tá chegando muito perto de mim outra vez - enrugo os olhos olhando para ele.

— Me desculpa - ele tira o cotovelo da cama e coloca as mão sobre a perna — acho que vou tomar um banho.

— A onde? - pergunto com a boca cheia de pão.

— No meu banheiro! Eu vou te levar para o seu dormitório lá você vai ter quem te ajude né - ele se levanta e se vira caminhando até a porta.

— AGU! - solto um grito — não, me deixe aqui.

— Agu? - ele se vira olhando para meu rosto sem intender muito coisa.

— É .... é que eu falei rápido, seu nome é muito grande - inclino a cabeça para baixo me sentindo envergonhada.

— Agu, nunca ninguém me chamou de agu, é tipo um apelido - fica empolgado.

— É...

— Mas porque você quer ficar aqui sendo que agora pouco estava tentando fugir - coloca a mão na parede esperando minha resposta.

— Porque.... Porque.... Eu não tenho dormitório- fico pensando no que falar.

E ele continua parado ali esperando minha resposta, parece que a que eu dei não foi suficiente para convencê-lo

— Eu tenho dormitório, mas não quero voltar para lá.

— Porque?

— Você viu meu estado? Então eu não posso voltar para lá isso irá acontecer novamente - lágrimas começam a descer pelo meu rosto e eu dou as duas últimas mordidas no sanduíche e um gole no suco — leva!

— Você não vai me contar oque ta acontecendo? - se meche e estende as mãos para pegar a bandeja que eu estava erguendo para ele.

— Não posso, só me deixe aqui por mais alguns dias - junto minhas mãos implorando.

— Tá! Mas você não vai as aulas?

— Não, não posso sair lá fora - olho envolta do quarto meio que com um olhar desconfiado.

— Mas, mas falta poucos dias para acabar as aulas, como vão ficar suas notas? - ele coloca a bandeja na mesinha ao lado do guarda roupa e se aproxima novamente de mim para entender.

— VAI LEVAR A BANDEJA! - dou um grito para que ele possa sair de perto de mim.

— Nossa calma, você é muito brava - ele sussurra — louca.

— Eu entendi viu - Viro o rosto pro outro lado para não olhar mais para ele.

Ele pega a bandeja e sai do quarto pisando firme

— Vai derrubar a casa pisando deste jeito - falo de modo que ele consiga ouvir sem ter que gritar.

— Vai dormir Hanna - ele me fala.

— Vai tomar banho seu fedido - respondo logo em seguida.

Depois de um tempo de olhos fechados ele entra no quarto, aí quando eu abro os olhos.

— Aaaaah - ele estava pelado parado enfrente ao quadra roupa.

— Oooo - ele cai no chão tampando suas partes intimas — feche os olhos.

— Oque você tá fazendo aqui pelado - eu não estava com medo de ele fazer alguma coisa comigo, eu me sentia segura com ele então eu só fiquei espantada de vê-lo pelado.

— Eu vim me trocar! - suas bochechas estavam tão vermelhas quanto um tomate.

— Porque não usou um roupão ou uma toalha? Continuo olhando para ele ali no chão se contorcendo de vergonha.

— Eu... eu esqueci que você estava aqui, agora vira para lá até parece que você está gostando de me ver pelado.

— Eu?... Deus me livre, eu nunca iria querer ver essa bunda branca - Zombo da situação virando meu rosto para o outro lado.

— Atá...

— Atá oque? - Viro para ele novamente.

— PARA DE ME OLHAR - ele se encolhe no canto da parede.

— Ata desculpa- tampo os olhos com a mão — mas foi você que falou ata, se tivesse quieto não tinha olhado.

Ele se levanta veste a roupa rápido e vai para o pé da cama onde tem uma mesa com produtos

— Pode olhar - fala enquanto fica escolhendo produtos.

— Oque são esses produtos? - falo erguendo os olhos para ver.

— Coisas para o cabelo e para a pele.

— Que horas são?

— Já é quase a noite.

— Você me faz um favor? Vai no meu dormitório e pega meu celular e uma mochila que fica embaixo da cama? Lá tem roupas minhas.

— Qual é seu dormitório?

—Lá no pavilhão verde, o quarto é o 275 , você bate na porta que a minha colega de quarto vai abrir, é só você falar que veio buscar coisas para mim, ela não liga pra mim mesmo não vai te fazer nenhuma pergunta.

— Tá bom, mas você sabe que é longe seu dormitório né então vou demorar um pouco, você quer que eu passe no refeitório para pegar alguma coisa para você comer?

— Não, não estou com fone ainda.

Quando o August sai do quarto eu fico tentando mecher as pernas, mas elas doíam muito então eu comecei a esmurrar elas de ódio, e lágrimas saiam de dor mas minha vontade era de morrer

*Hanna* +A book of secrets +Onde histórias criam vida. Descubra agora