Um Amor Inesperado

Capítulo 6

Camila Cabello:

Assim que terminei de me vestir, saí do banheiro e Lauren estava deitada, concentrada mexendo em seu celular  e assim que me vê, deixa-o sem querer cair em seu rosto. O que me faz gargalhar.

_Está tudo bem? -Pergunto tentando segurar o riso, quando a ouço reclamando de dor.

_Não ria, doeu sabia?! -Ela fala e se senta na cama com a mão no rosto.

_Deixa eu ver isso.. -Falo um pouco preocupada e me aproximo dela, sentando ao seu lado na cama. Tiro suas mãos da frente de seu rosto e vejo que seu nariz estava um pouco avermelhado. _Vai ficar bem. -Digo brincalhona para ela, que me olhava agora bem de perto.

Eu estava a poucos centímetros de seu rosto. Lauren era tão linda, ainda mais agora a admirando tão de perto. Suas sobrancelhas eram grossas e bem desenhadas, seus olhos estavam numa coloração verde brilhantes, como duas esmeraldas; seu piecing no nariz a dava um ar mais sexy e seus lábios... Aah, seus lábios eram carnudos e rosados, aparentemente tão macios. Sentia seu hálito mentolado me inebriar. Contemplei novamente de seu olhar e vi que ela agora olhava para minha boca, estava se aproximando devagar, cada vez mais. Até que eu caí na real e me afastei. Por pouco não nos beijamos. MEU DEUS, ela era minha cunhada, eu não poderia sentir essa atração toda por ela. Parece que tudo nela me atraí, mas isso está errado.

_É melhor irmos dormir. -Digo e já vou me deitando ao seu lado, virada de costas para ela.

Senti seu olhar queimando em mim, mas logo ela desliga a luz e também se deita.

[...]

Lauren Jauregui:

Já eram por volta das 03h00 da madrugada e meus pensamentos estavam voltados a alguém que estava deitada ao meu lado, dormindo serena... Ninguém mais, ninguém menos que Camila, Camila Cabello.
Como em tão pouco tempo alguém consegue mexer com você, mesmo sabendo que aquilo é errado você nunca tem escolha por quem vai se atrair. É uma coisa estranha que sinto dentro de mim, um frio na barriga, é como se tivesse milhões de borboletas dentro dela, meio clichê eu sei, mas foi como se eu já estivesse me apaixonado por como Camila me tocou, mas sem ter usado as mãos. Seria cômico se não fosse trágico. Um fato tão absurdo que seria até engraçado se as consequências não fossem prejudicar alguém.

Camila estava deitada agora virada de frente para mim, eu estava velando seu sono, a vislumbrando bem de perto com apenas a luz do luar. Mas mesmo assim eu estava a contemplá-la; ela respirava fundo, dormia em um sono pesado, seu rosto fino, com traços latinos, tão perfeitamente desenhado. Seus cabelos castanhos estavam soltos esparramados pelo travesseiro, apenas uma mexa caída em seu rosto, que eu fiz questão de tirá-la delicadamente para não acordá-la. Seus lábios estavam entreabertos, me lembrando da forma de como ela os mordia no jantar, deveria ser uma mánia sua, assim como de quando ela ria e colocava a língua entre os dentes. A deixava extremamente fofa. Durante o jantar inteiro eu a observei de canto dos olhos. Isso parece ser tão errado. Ela é a namorada do meu irmão. Ela é MINHA CUNHADA.