Chegando ao desbotado restaurante chinês, Josh estaciona o carro em uma rua proxima e pega uma caixa no banco de trás. A caixa continha diversas identidades falsas, cartões de crédito e algumas centenas de dólares.
-não vai usar isso de novo vai?
Josh resmungou enquanto Malik tirava uma placa de vidro do bolso, do tamanho de um crachá. Ele murmurou algo para o vidro que instantaneamente se transformou em um distintivo do fbi.
-eu consertei, dessa vez vai ficar assim até eu desfazer o feitiço.
-espero que sim, depois da falha no Queens...
-relaxa vai ficar tudo bem!
Garante Malik com um leve sorriso, os dois saiem do carro e andam em direção ao restaurante. Ao chegarem no caixa, um homem gordo e sujo os atendeu.
-boa noite.
Malik e Josh mostram os distintivos para o homem, que pareceu não desconfiar de nada.
-o que vocês querem por aqui? Tenho certeza que não vieram pela comida.
Malik olhou para meia duzia de mesas vazias atrás dele. Deu uma rapida olhada na cozinha e entendeu na hora por que não havia clientes, fora o cheiro podre, a cozinha estava encardida com uma cor marrom escura. A única duvida que passava por sua cabeça era se a vigilância sanitária já tinha vindo a esse lugar.
-queremos saber oque o senhor viu na noite em que a garota desapareceu.
-dois agentes já passaram por aqui e pegaram o meu depoimento.
-só queremos ter certeza de que não passou nenhum detalhe.
Malik sorria com falsa simpatia, mas o velho pareceu não notar.
-bom ontém a noite eu estava aqui trabalhando e ouvi uns gritos lá atrás.
Ele apontou para a porta dos fundos enquanto falava.-o beco liga a rua West Virginia com a Palmer ali na frente, então é um ótimo atalho, mas é escuro e perigoso, já tive que espantar varios drogados de lá.
Josh olhou envolta procurando sinais de monstros, não havia nada fora a sujeira normal do restaurante.
-então o senhor ouvio os gritos da garota e foi lá ver?
Malik falava calmamente com o homem.
-sim, levei meu taco de basebol mas quando eu cheguei lá só deu tempo de ver ela sendo jogada no banco traseiro e o carro saido.
-entendo, o senhor conseguiu pegar a placa do carro?
-já falei, o beco é escuro e estava de noite. Não dava pra enxergar nada. Nem sequer sei dizer o modelo do carro.
-tudo bem, obrigado.
Malik seguiu em direção a porta e josh o acompanhou.
-o velho não sabe de nada.
Dizia Malik enquanto dava a volta no restaurante indo em direção ao beco.
-ele era humano?
-eu não sei cara, talvez... ele não mudou nem nada, só fedia muito.
-entendi, e o que estamos procurando?
Josh olhava para o amigo que passava as mãos pelas paredes desbotadas.
-eu não estou sentindo nada sobrenatural, tem um cheiro de drakon mas não é recente.
Enquanto ele falava olhava envolta, com os olhos brancos , as mãos abertas sentindo o vento, a testa franzida.
-você parece um cão de caça sabia?
-cala a boca. Vamos não tem nada pra se ver aqui.
Os olhos dele voltaram ao normal, um verde escuro e profundo. Eles voltaram ao carro e Josh pega o telefone.
-vou ligar pro alex, ver se ele está na biblioteca, talvez ele tenha alguma coisa que nos ajude.
-tá questionando as minhas habilidades de caça?
Malik olhava para o amigo fazendo careta.
-claro que não, mas nós queremos ter certeza não é?
-hm, tudo bem..
Josh disca os números e espera Alex atender. Depois de alguns segundos ele tira o celular do ouvido e solta um suspiro cansado.
-caixa postal de novo?
-é... não importa, vamos pra lá.
Malik abre o porta-luvas e tira um pedaço velho de pergaminho.
-pra onde?
Malik olha atentamente para o papel em branco, depois olha para o céu.
-bom a porta tá na rua Lincoln perto de uma loja de armas.
-certo, quanto tempo temos?
-uns 15 minutos.
-sem problemas.
Josh liga o carro e arranca em direção ao novo destino.
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Cronicas de Mil Mundos - A Cidade Cinza
AdventureO destino traça caminhos misteriosos através de um labirinto de escolhas.