Capitulo 1.

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Era manhã de quarta-feira e eu acordei com meu celular tocando, ignorei a ligação e virei de barriga para baixo colocando o travesseiro sobre minha cabeça, porém a pessoa que estava ligando continuou a insistir, peguei meu celular e era a minha mãe, atendi:

Léo: Oi mãe, a senhora acabou de me acordar.

Patrícia: Desculpe meu filho, mas eu liguei pra avisar que estou no hospital com o seu pai e ele quer te ver.

Léo: O que aconteceu com o meu pai?

Patrícia: É melhor você vir aqui.

Desliguei, tomei um banho rápido, me arrumei e saí. Estava preocupado com o meu pai, apesar da idade ele nunca apresentou problemas com a saúde. Cheguei no hospital e encontrei minha mãe logo na entrada, a beijei no rosto e a segui até onde o meu pai estava, entrei e o cumprimentei.

Carlos: Senta aí, preciso falar com você.

Patrícia: Eu vou tomar um café na cantina daqui, qualquer coisa podem mandar me chamar.

Léo: Ok mãe. – Virei para o meu pai e sentei numa poltrona que havia ali. – Pode falar.

Carlos: Vou ser bem direto com você, estou com câncer e ao que parece não tenho muito tempo de vida. – Me assustei no momento, porém continuei ouvindo. – E você é o meu herdeiro, deixarei a casa e alguns bens para sua mãe, porém você herdará a empresa, mas tem uma condição. – Olhei atento e curioso. – Você terá que se casar.

Léo: O que? Pai, que coisa mais clichê, isso é coisa de novela, eu não vou me casar, nem tô namorando alguém. Eu já sou casado, ok? Com a noite!

Carlos: Leonardo é disso que eu estou falando. Você não trabalha, dorme durante o dia todo e passa a noite em festas ficando com várias numa noite só, uma pessoa assim não tem responsabilidade pra cuidar de uma empresa como a nossa, ela precisa ser representada por um homem sério e não um galinha.

Léo: Mas pai, isso é loucura, eu posso virar um responsável sem precisar me casar.

Carlos: Não Léo, você precisa de uma família e precisa ter um filho, e o meu neto precisa de uma mãe presente, não de uma qualquer, não quero que você engravide alguém irresponsavelmente e fique pagando uma pensão, quero que você tenha uma família, assuma responsabilidades para então conseguir assumir a empresa.

Eu ia protestar mais uma vez, mas o meu pai começou a tossir e passar mal, abri a porta e gritei pela enfermeira que veio correndo e pediu para que eu saísse do quarto, olhei para o meu pai e o vi olhando para mim, então falou com dificuldade enquanto a enfermeira aplicava uma injeção em seu braço.

Carlos: Não me desaponte, filho.

Sorri para ele e falei: Não irei.

Fechei a porta e fui até a cantina, sentei numa mesa onde estava a minha mãe e pedi um café.

Patrícia: Pelo visto você não gostou nada da ideia do seu pai.

Léo: Isso é loucura, eu não consigo me imaginar casado, faz ele mudar de ideia, por favor mãe.

Patrícia: Já tentei, mas seu pai é cabeça dura e na verdade ele tem razão.

Léo: Agora você vai ficar do lado dele?

Patrícia: Léo, você não é mais criança, só queremos o seu bem, você apenas está assustado com essa proposta e só está pensando nas coisas ruins, vá pra casa e pense melhor na proposta do seu pai, se realmente você não quiser se casar é só avisar a ele sua decisão e será fácil colocar outra pessoa pra assumir o lugar do seu pai, mas PENSE BEM, aquela empresa é sua por direito.

CASAMENTO POR CONTRATOOnde histórias criam vida. Descubra agora