Eu estava parada em frente a minha antiga casa, tudo estava igual exceto pelo jardim que Seoyun destruiu. Toquei a campainha, Baek estava próximo a mim e eu tentei me convencer de que tudo daria certo.
Uma mulher com um uniforme azul e branco, atendeu a porta. Eu não conhecia, quando saí de Busan, nós ainda não tínhamos uma empregada fixa.
— Bom dia, em que posso ajudar? — Ela me encarou.
Não me reconheceu, o que só confirmava que Seoyun sumiu com todas as minhas fotos espalhadas pela casa. Me enterrando como um segredo, uma mancha em sua vida.
— Eu vim ver meu pai — ajeitei minha bolsa — sou a Suzy, a única filha dele.
— O senhor Bae só pode receber visitas com autorização — engoliu em seco — sinto muito.
— Eu sou a filha dele! Não podem me impedir de vê-lo — passei as mãos pelo rosto. — Onde está a Seoyun?
Era ridículo ser impedida de ver meu próprio pai, de entrar em minha própria casa. Ali me pertenceu muito antes de Seoyun cruzar nosso caminho, cada canto e decoração esteve sob minhas mãos, como podia ser tomado assim?
— A senhora Seoyun não está.
A mulher encarava o chão parecendo cada vez mais tensa, estava apenas seguindo as ordens da megera.
— A que horas ela volta? — Me sentia a ponto de ter um ataque de raiva.
— Ela só está em casa a tarde — ajeitou uma dobra do uniforme. — Posso ajudar em mais alguma coisa?
— Diga a Seoyun que eu vou lutar pelos meus direitos.
Me virei e ouvi quando fechou a porta. Não valia a pena discutir com a empregada, afinal ela estava apenas fazendo o trabalho dela, no entanto Seyoun teria que me ouvir.
— Você tá bem? — Baek caminhava ao meu lado.
—Ela não pode me impedir de ver meu pai! — Esbravejei. — Essa maldita controla tudo, o dinheiro dele, a casa, tudo!
Cada centavo, propiedade, tudo nas mãos de Seoyun para fazer o que bem quiser.
— Por que você aceitou se afastar?
— Porque ele estava doente e eu queria que ficasse bem — cruzei os braços — mas agora, não acho que me manter longe é necessário.
Foi uma decisão tomado num momento crítico, minha madrasta me convenceu de que era o certo a se fazer. Me prometeu que seria pouco tempo mas já se passaram anos, vivendo longe com uma mesada e tendo que implorar por notícias.
— Você precisa enfrentar essa mulher.
— Eu vou, chega de deixá-la ter tudo.
***
Eu precisava de um plano para enfrentar Seoyun mas,enquanto não tivesse certeza do que fazer, me manteria distante.
Baek disse que queria me apresentar a um amigo, então seguimos em direção ao centro. Paramos em frente a um prédio baixo, tinha apenas 5 andares.
— Ele não vai achar ruim nós chegarmos de surpresa? — Comentei assim que nossa entrada foi liberada.
— Kyungsoo avisou que eu estava na cidade.
O amigo de Baek morava no terceiro andar, assim que abriu a porta o cheiro de insenso me envolveu.
— Baek — sorriu animado — e você é a Suzy, certo?
— Sim, é um prazer — assenti fazendo uma reverência.
— Entrem.
Por dentro o apartamento tinha uma aura meio zen, uns insensos queimavam sobre a estante. Um tapete com uma mandala cobria o chão e um cristal enorme ficava sobre o raque.
— Kyungsoo disse que estariam aqui — ele tinha um sotaque fofo — querem comer algo? Eu tenho uns bolinhos de massa wantan.
—A receita da sua avó? —Baek se animou e ele assentiu — os bolinhos da avó do Yixing são maravilhosos.
— Ela precisa provar — disse antes de ir em direção a cozinha.
Yixing voltou minutos depois, com duas tigelas de bolinhos e hashis em mãos. Agradeci, e assoprei a massa quente antes de levar a boca.
Tinha gosto de porco agridoce e era maravilhoso. Quando me dei conta já havia devorado tudo.
—São deliciosos — sorri.
— A vovó Zhang agradece — sentou-se num puff próximo ao sofá. — Agora me diga como domou o Baek.
Sorri envergonhada, nem eu sabia como tinha feito Baek se interessar em mim.
— Não sei — ri — acho que irritei ele?
— A primeira namorada que te apresento, e você já constrange ela? — Baek põe a mão em minha perna.
— Bom, só queria saber como ela fez esse milagre — riu — uma pena que a Jinnie esteja atrás de você.
— Ele também a conhece? — Me viro para Baek.
— Eu já invadi o laboratório dela uma vez — sorriu orgulhoso — o Baek ainda trabalhava lá.
— Yixing! — O tom de Baek me dizia que eu não deveria saber aquilo.
— É melhor falar a verdade — cruzou os braços.
Pensar em Baek trabalhando para a Jinnie, parecia loucura.
— Foi por pouco tempo — sua mão em minha perna me acariciava. — Eu surtei depois que a Nami morreu e queria vingança. Mas quando percebi o quão perigosa a Jinnie era...saí de lá.
— E agora ela odeia o Baek mais do que tudo — Yixing completou.
— Nós estamos cheios de problemas — suspirei — algum de vocês sabe como se livrar dessa mulher?
Quanto antes resolvessemos aquilo melhor.
— Eu tenho uma idéia — Yixing se levantou — mas não garanto que irá funcionar.
— Qualquer coisa ajuda — murmurei.
Jinnie era perigosa, e se quisessemos ter uma chance de sair vivos, era melhor os prepararmos bem.
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A madrasta da Suzy é um problema
Yixing talvez consiga ajudar
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Knock Out 《Baekhyun 》
FanficOnde Suzy sabe que não deveria se meter com Baekhyun, mas mesmo assim o segue e acaba se tornando parte do seu segredo. 29 de janeiro 2018 #39 em fanfic 3 de fevereiro 2018# 31 em fanfic 13 de fevereiro 2018 #22 em fanfic 15 de fevereiro 2018 #20 e...