O novo luar.

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O céu escuro, as estrelas a brilhar.
Ali viu-se um luar.
A felicidade fazia as ondas quebrarem.
O cantarolar fazia as areias se agitarem.
Ali via a grande mãe dos céus.
Linda como o próprio sol.
Grande como o coração daquele,
Que veio preparado para enfrentá-la.

A lua já descia.
Se agachava atrás do mar como quem dormia.
Sua luz abraçava toda a terra.
E para o pequeno moreno ela observava.
O pequeno homem de grande coração
Que com grande gratidão firmou seus pés no chão.
E disse como se tivesse asas.
"Eu vim desafiá-la"

A lua que já se guardava na borda do infinito.
Guardava-se consigo um coração ferido.
Sangrava por causa do jovem moreno.
No qual o amor era grande pelo simples pequeno.
E disse "Me poupasse de meu descanso e do meu deitar.
Vem me amar ou me machucar"
Então se aquietou de suas palavras.

O ar dançava sobre seus pulmões e o possuía.
Que revisava um coração que ainda batia.
E disse "Não acompanhou meu olhar?
Pois andei sobre a terra e andei sobre o mar.
Subi as terras curvadas e em becos.
Encontrei uma maior que seu luar"

A mãe da noite estava pela metade do seu descansar.
E sobre o grande mar estava a ventar.
A lua cansada e abatida veio a falar
"Maldito é esse, que diz mentiras amargas no meu altar
Pois digo que se algum coração bate é pelo meu ar.
Se o mar balança é pelo meu andar"

O sofrido moreno se pois a chorar.
Sua decadência e desordem humana.
Que agora já não conseguia mais ser ganha.
Se pois a lamentar.
"Pode vós fazer o grande mar andar.
Pode seu ar fazer meu peito palpitar."

Seu coração se deu a brochar.
Enquanto a dura lua começava a regressar.
E o grande dia clarear.
Mais uma vez o recatado moreno se pois a falar.
"Nunca vim a sentir um grande pesar,
Nela, carreguei um sentimento que já mais me vi a encontrar
Uma maneira nova do amor, e também uma maneira nova de amar
Não pois o mar a se agitar, e nem vem a precisar.
Pois se trata do súbito do amar,
É o apocalipse de olhos, e também a arte de criar.
E com certeza é maior que o brilho do seu luar."

O dia se regressou.
Nada mais no horizonte ficou.
O judiado moreno aos becos se deu a retornar.
E agora a lua nunca mais precisou olhar.
Nas aquarelas da vida.
Na qual um coração brilha.
O jovem aventureiro voltou a amar.

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