Carência é uma necessidade emocional afectiva ou sentimental, pensando direito existe uma lacuna nessa definição, existe uma falha entre a necessidade de afecto e sentimento que com as atitudes ou palavras certas podem conduzir a uma confusão emocional e é garantido que um coração que não sabe o que quer aceita o que o der.
-Wey estou bué bêbado, essas tuas amigas ainda demoram?! Epah vou meter bué de Young Thug a tocar para me animar.
Aborrecido e cansado, palavras sujas entre os rapazes são comuns consoante a intimidade dos mesmos.
-Cala boca 'filidaputa' eu é que te mandei beber? Arruma a puta da casa e põe boa musica porra.
Dizia ele, eu com um tom baixo a fim de evitar a prolongação da conversa refuto:
- "Mifs"(Favas) Para mim o young Thug sempre foi um gênio, ele é diferente dos outros artistas.
No meio da conversa afiada congelamos com o som da campainha, "São elas" Rui dispara a correr para o quarto com a pressa de quem esta de cuecas e meias prestes a receber as visitas que tanto quis. Todo mundo conhece o Rui, é o tipo de rapaz que não negaria nada que envolvesse Mulheres.
Apesar de um certo desinteresse da minha parte eu ja estava pronto, eram quase 21:00, quem não estaria pronto a essa hora?!
"O Rui" é o primeiro nome que encontro a vaguear nos meus pensamentos.
Vou em direcção a porta da casa do Rui, espreito pelo olho mágico desfocado e escuro consigo visualizar 6 Mulheres, uma na frente das outras e decido abrir, elas caminham em minha direcção nesse instante eu reparo discretamente nos lábios da rapariga na frente das outras dizer "Eu já não queria ter vindo" sabes quando automaticamente o génio não bate com uma pessoa,quando sem entender exactamente o porquê primeira impressão não é boa, foi horrível, nada que um sorriso falso não possa disfarçar no final de contas queríamos diversão, entram depois de formalmente nos saudarmos.
Luzes negras, musicas,algumas bebidas e fumo.
Elas ficam impressionadas com as minhas luzes, e a playlist de musicas foi feita por mim havia muitas musicas que eu gostava, era um bom cenário para o ambiente. Reparei que o Rui só não me deu um beijo por ter levado as luzes para casa dele por que queria o beijo de uma das raparigas ai presentes.
Sentamos na sala em roda, na minha direita havia esta a primeira rapariga que vi pelo olho magico,na esquerda esta o Rui, e começamos com as conversas clichês como quase todo grupo de jovens recém conhecidos reunidos para curtir , coisas que já me aborreciam um pouco apesar da boa conversa, era só o meu lado anti-social a falar.
Falávamos sobre tudo durante horas, a conversa ficou tão boa que o gelo da formalidade se quebrou dando origem a conversas intimas porem havia uma das convidadas que desagradavelmente cortava os assuntos íntimos como sexo, e segredos como "o meu pecado" certinha, respondona, muito rabugenta e a única coisa ela aparentava era que tinha vontade ir embora, parecia que os temas a deixavam inquieta, só queria que ela calasse a boca ou que fosse embora, já a tinha rotulado como " A Chata do grupo" então decidi fingir que ela não existia,dando lhe as costas, me concentrava nas outras raparigas que pareciam muito mais interessantes e menos chatas.
Alguns minutos de conversa e bebida, já zonzo, percebo a "chata do grupo" passar bem na minha frente em direcção as colunas onde se ouvia melhor as musicas, foi a primeira vez que a olhei com um certo interesse.
A minha curiosidade aumentou quando a ouvi cantar as letras das minhas musicas favoritas e eu só não queria admitir para mim mesmo e eu sei bem o que a curiosidade é capaz de fazer comigo.
- Para mim o young Thug é um gênio, ele é diferente dos outros artistas né!?
Palavras da "chata"
Eu fiquei estupefato por que eu literalmente nunca tinha achado alguém pensasse exatamente como eu sobre esse artista, espontaneamente sem o controle da minha boca a olhar para ela digo:
- Né?! Mas quem te disse isso?!
Responde:
-Oh ninguém, eu ouço as musicas dele e para mim é bué obvio, ele só fala sobre drogas e mulheres mas..
Eu a corto dizendo:
-Mas as pessoas ouvem em qualquer ambiente.
Ela complementa:
-Simm! Até a estudar, é algo muito novo, fico espantada como temas assim passam despercebido nas musicas dele.
Eu digo já com muito interesse na conversa:
- Yah é devido a sonoridade que eles criam...
Quando dei por mim estávamos há quase 2 horas de conversa.
Musica, Arte, Escola, ela soube conversar sobre tudo aquilo, no meio da conversa sobre arte eu a pego a olhar para o céu com um olhar esperançoso,como se estivesse a pedir algo as estrelas e sem querer solta a frase:
-Um dia eu consigo
Eu logo entendi, nós estávamos a falar de grandes nomes da arte contemporânea, Representação, Teatro e com aquele desabafo inconsciente eu pude concluir que tal como eu ela é uma artista.
Eu simplesmente não conseguia mais tirar os olhos dela, Sofia, é assim que ela se chama, parecíamos os dois presos nos assuntos um do outro no final da noite eu não soube dizer se era o álcool ou se foi mesmo especial mas por instantes eu fiquei com a crença de que ela era "A mulher mais bela que alguma vez conheci"
-Chama o uber
Palavras de Sofia com o tom autoritária e rabugenta de sempre mas a diferença foi que eu começava achar aquelas atitudes engraçadas.
As amigas respondem
- Já?!?! Mas esta cuiar aqui, vamos ficar mais?!
Sofia :
- Não, eu quero dormir jovens.
Logo volto a realidade sobre como era aquela miúda,nunca permitia que nada a controlasse.
Enfim o carro chega e elas despedem-se de nós informalmente.
Mais uma noite com pessoas que provavelmente não voltaremos a ver foi o que eu pensei até ouvir uma delas dizer:
-Amanha vamos sair?!
Rui:
- Yah boa ideia,Liguem e combinamos.
Ao me despedir Sófia me beija na cara de seguida com o seu tom de rabugenta e respondona diz: Voçe esta a cheirar muito álcool.
Inevitavelmente aquelas palavras me fizeram gargalhar e pensar: "Mas essa miúda não tem papas na língua nem medo de dizer o que pensa". E elas foram.
No Dia seguinte, eu estava no mesmo lugar em que eu e Sófia passamos a noite a falar, era numa janela e dava para olhar para céu, olhar para o céu é costume que eu carrego desde criança, eram quase 18:00, final do dia, estava eu a olhar para o Sol a pensar naquela luz que apaga todas as estrelas quando esta presente, é uma luz próxima, é uma luz quente, é a fonte de vida na terra porém um dia o sol vai brilhar tanto que que vai praticamente queimar e matar o planeta que hoje ele dá vida, é uma luz próxima.
-Estas muito pensativo, não?! Será que a Sófia tem algo haver com isso?!
Me assusto com essas palavras repentinas do Rui, que aparecera de repente do meu lado.
-Não, achas?! Porquê que eu haveria de pensar naquela chata?! Nem gostei dela, Deve agir assim por que é muito bonita
Digo eu e com a desconfiança a transbordar nas palavras Rui diz:
-" Uhum" Pois, bonita né? Hehe, então daqui a pouco se prepara vamos para um bar com as miúdas.
Eu:
-Esta bom, vais me chamar de maluco se eu te dizer que ela me lembra o sol?!
-"Hahaha" Sim
Eu não estava ansioso, em certas alturas da vida parece que mais nada tem graça, e acho que isso acontece com todo mundo,imaginava uma noite comum como as outras.
Postos no bar, fomos os últimos a chegar, como sempre atrasamos, la estavam elas, sentadas.
Eu me dirigia a mesa e elas levantaram-se para cumprimentar, normal, até que Sófia levanta vem até mim com uma certa pressa me abraça com a cabeça encostada no meu peito, os braços me puxavam forte para perto dela como se estivesse repleta de saudades, mas eu não podia pensar nisso, eu não acredito nas coisas assim tão rápido, eu fiquei simplesmente congelado por alguns segundos daquele abraço mais demorado que o comum, sem entender, e mesmo sem entender eu me senti querido, a minha cara ficou sem reação, aquele abraço me deixou burro, ainda nem passavam 5 minutos desde que a voltei a ver.
Ela pega na minha mão e me leva até o lugar mais próximo dela, passa a mão na minha cara e diz:
- Vais sentar aqui do meu lado.
Com aquela confusão criada na minha cabeça eu só pensava: " Que autoritária, era suposto eu não gostar dela, ela é armada e chata, porquê que agora aparenta estar tão querida?!"
Me desprendi das ideias românticas que havia criado e pensei: Foda-se então eu a vou tentar conquistar e depois passa, é sempre assim e não será diferente, "eu nem gosto dela" dizia eu para mim mesmo.
-Eu não vou beber
Dizia ela com a mesma expressão rabugenta que tem muitas vezes na cara, eu pergunto:
-Porquê ?
Ela:
- Bebidas alcoólicas são muito amargas e me deixam enjoada.
Peço ao barman um cocktail doce que eu conhecia mas com vários tipos de bebidas,algo me dizia que ela iria gostar
Eu:
-Toma prova
Sófia:
- Esta bom mas não vou acabar
A essa altura eu sentia que conseguia prever as respostas dela, algumas pessoas parecem duras e difíceis por fora mas por dentro são as mais mimosas e sensíveis e é por esse motivo que esse tipo de pessoa decide se fechar e exibir egocentrismo, desprezo para os outros com medo de que descubram o quão frágeis elas realmente são, eu sentia que era esse o caso mas não queria me importar.
O copo dela já estava no fim, ela encostou a cabeça no meu ombro e tirou o telemóvel enquanto jogava no telemóvel comigo do lado a dar palpites e me intrometer no jogo, estávamos tão próximos um do outro os nossos lábios quase se tocavam, para ser sincero era o que eu mais queria e ja não podia negar.
Alguns copos e conversas, chegam mais pessoas sem avisar, um grupo de 2 rapazes e 1 rapariga, Sófia parecia conhecer um dos rapazes e não escondeu o entusiasmo quando o viu.
Fuck, ciúmes?! Dessa vez é? Eu não conseguia aceitar mas de certa forma transmitiu um alivio por que para mim era mais fácil acreditar que era mentira o que eu achava dela do que aceitar que aquela pessoa, estava a crescer dentro de mim.
Sofia:
-Mauro, fogo, nunca mais te vi, saudades.
Dizia ela com um sorriso expresso no rosto.
Mauro, eu já o conhecia, era um bom amigo mas para ser sincero a presença dele ali me incomodava, ele é o tipo de rapaz que a maioria das mulheres acha atraente, alto, muito bonito e com o corpo musculoso, um ótimo perfil.
Eu:
- Rui vamos lá fora fumar
Rui percebeu que eu queria falar por que ele sabia que eu não era amante de cigarros apesar de ocasionalmente fumar.
Rui:
-Vamos.
La fora
-Que frio broh, não precisas falar eu sei que essas miúdas vão se bater com o mauro e hoje estamos contados, precisamos lhe dar um chega para lá
- Como?
Foi o que eu perguntei
-Ele tem namorada e daqui a pouco vai ter que bazar, paciência.
O clima já havia se estragado para mim, e praticamente todas as miúdas "se batiam"(Uma expressão Angolana que pode significar por ex: Entusiasmo por algo ou alguém) com o Mauro excepto a Viviane.
Viviane é a mais velha e mais louca do grupo das meninas, ela é uma figura, expontânea,alegre, engraçada, eu apreciava muito a presença dela, e o Rui estava todo babado por ela.
Viviane:
- Vamos para a discoteca
Eu sabia que por ter sido ela a perguntar o Rui iria logo concordar, Homens excitados com o estimulo correto são capazes de fazer quase tudo até saciarem o desejo que a mesma excitação provoca.
Rui:
-Vamos.
No caminho para discoteca ela caminhava acompanhada do mauro, eu meio irritado passei na frente com as mãos no bolso para as proteger do frio das noites de Lisboa, quando ouço :
-Quantos anos tens?
Eu não estava surpreso com a pergunta mas com quem perguntava, era a menina que chegou acompanhada do mauro, eu simpático respondo: 23
Ela:
-Não acredito em ti, pareces um miúdo de 18 e tens uma cara meio feminina.
Nenhuma daquelas palavras me surpreendia, eu estava acostumado e não me daria o trabalho de tentar provar para ela que estava a dizer a verdade, ela é bonita,magra, sedutora, é um perfil que eu gosto muito, reparei um certo interesse em mim com aquelas perguntas todas, mais curioso ainda, reparei que a Sófia estava atenta a tudo, foi automático quando eu tirei logo o meu Bilhete de identidade e mostrei para ela, a magra sedutora com quem eu estava a conversar:
-Vê, Ainda tens duvidas?
Ela:
-Não,Mas tens mesmo cara de criança e o teu segundo nome é Pat...
A interrompo dizendo:
- Não digas a ninguém,
Ela:
- Porquê ?! Haha mas esta bom
Tudo aquilo que havia feito foi na tentativa de causar ciúmes a Sófia, eu não estava interessado naquela mulher apesar de ser magra e sedutora e usava um vestido,Mulheres de vestido me fazem perder a cabeça mas por outro lado ela estava meio embriagada, e não me atraía, apenas Sófia tinha a minha atenção naquela noite foi a primeira vez que eu agi sem pensar, aquela mulher estava indiscutivelmente a mexer comigo.
Era uma discoteca nova, estava praticamente vazia, eu gostei do cenário por que eu preso muito pela privacidade em saídas como essas.
Musica alta, álcool e pessoas animadas é a mais excelente representação daquele lugar naquele momento.
Viviane:
-Igor Vamos dançar
Com um ar tímido e acanhado respondo:
- Eu não sei dançar
Viviane:
- Quê?! Vamos te ensinar, Sófia dança com ele.
Com a atenção virada para mim e na tentativa de evitar Sófia diz:
-Mas ele não sabe danç...
Eu a corto:
- Me ensina
Eu não tinha medo de errar, abraçados começamos a dançar e nenhum dos 2 diz sequer uma palavra enquanto o resto das meninas apreciavam-nos.
-Belo casal.
Disse a Viviane.
Aquelas palavras fizeram com que eu e Sófia deixássemos os braços um do outro mas as atitudes delas haviam mudado desde então.
As mulheres mostram interesse de uma maneira diferente, nos detalhes,conheço alguns como quando ela ia para qualquer outro lugar deixava as coisas delas comigo, coisas pessoais como mala, telemóvel e etc. Sim isso significa confiança até certo ponto.
Passamos horas a olhar para as fotos dela no seu telemóvel a essa altura parecia que não estávamos numa discoteca,foram quase horas a falar outra vez, as atenções sobre os outros, aquelas musicas badaladas, pessoas animadas incluindo o Mauro, tinham sido ignoradas, éramos só os dois a falar como se não estivessem outras pessoas connosco.
-"Minha musicaaaa"
Foram as palavras de Sófia minutos antes dela começar a dançar afroHouse, é que eu reparei que ela não estava acostumada a beber e foram necessários 3 copos para que ela se libertasse.
Enquanto ela dançava eu só pensava "Meu deus como essa miúda dança mal" mas era muito engraçado, aquela alegria, espontaneidade fazia parte dela e eu gostava mas as mudanças de humor eram constantes, cada minuto com ela aumentava a minha curiosidade e desejo de a ter e decido me aproximar e dizer, eu não queria ser rejeitado por ela, eu sabia que iria doer, eu odeio me sentir rejeitado, mas com ela era diferente eu sabia que iria doer ainda mais só não entendia o porquê.
Percebo que ela se afastou ficou pensativa a olhar para a janela de vidro que havia na discoteca, com a vista para o Rio e o céu estrelado daquela noite, me aproximo e digo:
-Estas a pensar muito, é o mauro?!
Eu ja não tinha medo das respostas frias dela por que eu sabia que ela escondia um ser doce por trás daquelas atitude mas imprevisivelmente ela sem conseguir olhar para mim diz:
-Não, Estou a pensar no meu namorado, ele sente bué de ciúmes dos meus amigos e eu tenho muitos como o mauro
"Damn" senti a dor da rejeição com aquelas palavras, entendi que ela quis dizer "Tenho namorado se afasta"
Eu não sabia se insistia ou não, eu queria a contar algo, mas os minutos depois daquela conversa foram perturbadores, é diferente, a rejeição esta relacionada com os "problemas de comunicação" que eu tenho,falar sobre sentimentos para mim é mais difícil e quando rejeitam os meus quase que nem controlo as minhas emoções, a raiva quase sempre prevalece, e no final de tudo a tristeza,quando me viro decidido a me afastar dela encontro a Viviane:
-Toma
Era um cigarro, acho que ela reparou, eu estava triste, zangado com as emoções confusas.
Eu queria tanto lhe dizer algo mesmo convicto que "falar" é muito difícil para mim.
"Eu vou ficar aqui com raiva, eu não quero mais sentir isso, me faz mal, ela é muito especial e se não me acha suficiente para ela que se foda, eu a vou dizer o que quero"
Foram os meus pensamentos nos momentos que entranhava aquele fumo, produzido pela palha seca que contem o cigarro.
Horas antes de irmos embora, eu sento, ao lado da porta, esperando a melhor oportunidade para falar, para lhe contar, mas eu não acreditava que fosse conseguir até que ela cansada se senta na minha frente, de costas para mim eu me aproximo do ouvido dela e digo:
- Eu assisti as tuas peças de teatro
Surpreendida, ela vira a cabeça com a expressão de desinteressada pelo que eu disse, e digo:
-Tu tens muito talento eu gostei
A expressão facial muda outra vez mas dessa vez era diferente, afinal de contas aquilo era importante para ela, qualquer artista gosta de ser reconhecido e aquela cara de rabugenta, terrível e indiferente com tudo, muda, eu percebo quando uma mulher fica sem jeito e era este o caso, frágil, doce, a rapariga que ela esconde dentro havia florescido com o raiar do sol,terminamos a noite, eu e Rui as acompanhamos até o carro, enquanto Rui e as outras meninas não paravam de falar, eu e Sófia nos mantivemos completamente calados.
14Horas da manha seguinte, Ressecados,sou acordado pelo mesmo barulho irritante da companhia, me levanto e vou até aporta, sem olhar para o olho mágico por culpa do cansaço e a síndrome da abstinência causada pelo abuso do álcool, mãos a tremer, náuseas a ressaca é uma sensação desagradável eu abro a porta, Olhos escuros e pequenos, pele lisa como se fosse tratada todos os dias, lábios carnudos e rosados,cara trancada, a olhar para mim com um ar ameaçador,destemida como se eu a pertencesse, era ela, Sófia.