IX - Ecco

7 0 0
                                    

- Olá querida
me contorci em seu colo, me esforçando ao maximo pra sair do mesmo
- eu já não sou sua querida faz tempo! Me solta agora! Olha a vingança será sería!
- calma majestade, eu só quero ter você antes que seja propriade daquele engomadinho de coroa
- eu não serei propriedade de ninguém! Muito menos sua!
Gritei, como ia conseguir que alguém me escutasse? Nem sabia se eles estavam em casa, e se não estivessem? Gritar seria perda de tempo
Mãe? Rezei mãe, se estiver me escutando, por favor me ajude! Eu... eu estou te implorando! Por favor, não deixe esse psicopata me levar e...
Antes que eu terminasse ouvi uma voz
Vou te ajudar querida!
Um homem entrou no meu quarto e deu um soco na cara de Rick que já estava pulando da janela comigo no colo, estavamos caindo do terceiro andar de uma casa com o teto alto, caí de costas no chão, gemi de dor, ele caiu em cima de mim
- daqui a pouco estaremos um nos braços do outro
Ele disse, depois levantou e me pegou no colo, eu estava cansada, mentalmente e físicamente, depois de cair daquela altura e de um brutamontes cair em cima de mim, eu estava meio zonza, um pouco atordoada e muito, mais muito fraca, se acontecer mais uma coisinha que ataque o meu físico ou a minha mente eu iria desmaiar com toda certeza, eu já estava cansada, sonhar com muitos deuses, suga toda a energia, com ele correndo pela madrugada, quase dava pra ver o sol nascer, devia ser umas 04:55, horário em que minha familia estaria fora de casa, para pegar os ônibus pra chegar na escola e no trabalho, raramente estavam em casa nesse horário, com certeza voltariam lá pelas uma, duas horas da tarde e hoje minha irmã ia pra casa das amigas e ia ficar uns dias, bom eu não tenho amigas, mas não dou por falta. Estávamos numa rua onde tinha um guarda forte e muito bonito parado logo a frente, reuni todas as minhas últimas forças e quando chegamos mais perto eu gritei
- Socorro! Alguem me ajuda!
O guarda me olhou e correu pra me ajudar
- algum problema aqui?
- esse homem ele quer...
- não senhor policial, minha namorada só está de mal humor
- eu não sou sua! Seu guarda ele tá...
- vamos querida, você tem que tomar um calmante, desculpe seu guarda por incomoda-lo com as louquicies da minha garota
Ele foi saindo mas o guarda o impediu
- calma aí
Ele olhou bem o Rick, percebi que ele suava frio, estava nervoso, depois o guarda olhou bem pra mim, me ajude eu disse, sem pronunciar nenhum som, não consegui saber se ele tinha entendido, depois ele se voltou ao Rick
- oh meus deuses! Você é o Rick! Eu era da sua turma! Sou Stephan!
Rick pareceu conhece-lo
- oh! Eh... Stephan! Bom te ver amigo!
- bom te ver também! Por que não entra pra gente comer umas rosquinhas! Leva a sua namorada!
Ele pensou um pouco
- não cara! Eu tenho coisas pra fazer
- eu insisto! Vai que a gente não se encontra mais? Vou sair da cidade amanhã!
- não cara! Eu realmente tenho coisas pra fazer!
Stephan me olhou com cara de eu realmente tentei, sinto muito fiquei triste, mas tinha que agir rápido, eu tinha que jogar o jogo dele
- meu amor - eu disse com a voz fraca - por que a gente não vai na loja de conveniência e compra um remédio pra dor de cabeça, aí enquanto eu pego os remédios, você fica conversando com o seu amigo da escola
Eu terminei falando com a voz mais doce possível, passei os braços em volta de seu pescoço e dei um beijo nele, o beijo mais nojento da minha vida, mais foi um sacrifício que tinha que ocorrer, ele como esperado se derreteu todo
- só se disser que me ama!
Droga!
- eu... eu te amo Rick! - disse tentando disfarçar o desgosto na minha voz
- ótimo! Então vamos amigo?
- claro!
Entramos na loja, eu saí de seu colo enquanto o Stephan o levava para a lanchonete que ficava no fundo da lojinha, não perdi tempo, saí da loja correndo, percebo Rick correndo atrás de mim, mas logo é interceptado pelo Stephan, oh deuses! Agradeço tanto a ele! Continuei correndo com o sol batendo fraquinho, 07:37, pela temperatura, cheguei em casa e me tranquei no quarto da minha mãe, tranquei a janela, ele não ia voltar, tranquei toda a casa, peguei o lençol e corri para o quartinho do pânico, que ficava escondido entre as roupas, no closet, tranquei e me escondi, arrumei os lençóis como uma cabana e mandei uma mensagem pra minha mãe pelo pombo correio treinado, escrevi em codigo Morse por que se alguém encontrasse e visse um monte de pontinhos não ia saber o que estava escrito

--   •-   • / • ••• --- ••- / -• --- / --•- ••- •- •-- - --- / -•• --- / •--• •- -• •• -•-• ---

Mãe / estou / no / quarto/ do / pânico 

Mandei pelo pombo e observei ele ir embora, depois de algumas horas ele voltou com um papel peguei e li

Oi filha! Fica escondida até eu voltar, eu te solto por fora

Pronto! Eu já sabia que ia ficar viva e isso era maravilhoso, agora era só esperar, ela voltar pra eu arrumar a minha mala e ir embora de manhã

Seleção GregaOnde histórias criam vida. Descubra agora