I'M HAVING YOUR BABY || larry (mpreg)

Terceiro mês

{os comentários caíram tanto, no ultimo cap :( de qualquer forma, boa leitura}

***

Era um sábado de junho e eu estava em meu notebook, pesquisando faculdades à distância. Havia enviado todas as cartas para universidades uma semana antes de descobrir a gravidez de Harry, mas agora não havia mais nenhuma chance de eu ir para qualquer uma delas. Todas eram a pelo menos três horas de distância da minha casa em Doncaster e eu não poderia simplesmente abrir mão do meu filho para seguir um sonho.

Ele era minha total prioridade agora.

Eu estive também passeando por toda a cidade, de modo a conseguir um emprego. Havia ido de padarias à oficinas, deixado meu telefone em mais lugares do que poderia imaginar durante toda a semana. Mas... Nada.

Por isso, eu resolvi apelar para a forma não tão justa: inventar uma história e pedir à mamãe um emprego na revista.

Como se estivesse conectada aos meus pensamentos, ela surgiu na porta do meu quarto, um sorriso caloroso tomando conta de seu rosto.

Eu rapidamente fechei as abas sobre faculdades e abri a da Netflix.

— Oi, querido. O que está fazendo? — ela perguntou, fechando a porta delicadamente atrás de si e caminhando até a cama.

— Caçando algo na Netflix — respondi, tentando soar despreocupado. Mamãe sentou-se na beirada da cama, bem ao lado do meu corpo, e pegou minha mão.

— Então você não está ocupado? Eu preciso conversar com você.

Meu coração deu um pulo assustado.

Eu joguei meu notebook para o lado, minha mente num turbilhão de pensamentos. O que ela havia descoberto? As minhas tentativas fracassadas de arrumar um emprego? O fato de eu estar visitando sites sobre faculdade à distância? O Harry?

Oh, Deus. O Harry estar grávido de mim.

Todos os pensamentos me aterrorizavam numa intensidade que nenhum monstro da minha infância conseguiu. Bicho-papão? Você não está com nada.

— Pode dizer — respondi, rezando para minha voz não ter saído tão trêmula e baixa quanto eu pensava que saíra.

— Escute, querido, você vai para a faculdade daqui a alguns meses. Eu confesso que quando você chegou ao seu último ano no colégio sem qualquer tipo de relacionamento eu suspirei aliviada, porque sabia que você não ficaria por tanto tempo aqui como eu ou seu pai. Quando se criam raízes tudo se torna mais difícil, e já não basta o laço que você tem conosco, um relacionamento poderia te afetar mais e te convencer a fazer loucuras. Acredite em mim, eu sei que estou falando — ela sorriu um pouco tensa, ao passo que eu começava a relaxar mais ao perceber que o foco do assunto não era nenhuma das alternativas em que eu estava pensando. — Mas você encontrou esse cara, e vocês têm saído por um tempo... Eu sei que você tem uma cabeça centrada em seus objetivos e que não deixaria um relacionamento interferir em seus sonhos, mas eu tenho medo de que você sofra, Lou. Você é meu primogênito, meu eterno bebezinho, e por mais que essa sua relação valha à pena, eu não quero ver você sofrendo num término ou você viajando todos os fins de semana para cá para visitar essa paixão.

— Mãe — comecei. — Relacionamentos são inevitáveis, me apaixonar por Harry foi inevitável.

— Oh, então esse é o nome do rapaz misterioso? — ela me interrompeu, seus olhos franzindo em curiosidade.

— Sim. Eu sinceramente não me importaria nenhum pouco em fazer viagens para Doncaster sempre que possível para visitar vocês e o Harry. Da mesma forma que não me importaria em ter um relacionamento à distância. O Harry é precioso, mãe — ela sorriu carinhosa para mim quando eu dei ênfase em visitá-los. Já eu, dei um suspiro ao lembrar de Harry, meu precioso Harry, que carregava nele um lindo brilho e meu filho. — Você mesmo disse, vale à pena. Ele vale mais à pena do que qualquer coisa valeu para mim um dia — ele e meu filho, eu completei em minha mente. — Como eu disse, relacionamentos são inevitáveis, mas o importante sempre é como você lida com eles. E eu e Harry estamos lidando bem com o nosso.