I'M HAVING YOUR BABY || larry (mpreg)

Nascimento

Uma pequena nota sobre esse capítulo: Eu quis deixar essa gravidez do Harry o mais natural (com isso digo o mais parecido possível com a gravidez feminina), porém algumas coisas simplesmente não podem ocorrer. Por exemplo: Harry não tem vagina, então, apesar de sua bolsa ter estourado, ele ter sentido as contrações e toda a sua gravidez ter sido normal, ele terá que ter um parto cesário por só ter um pau e um cu.

Outra pequena nota: Por pura preguiça minha, eu admito, não pesquisei muito sobre o que acontecem em partos/hospitais, então tudo saiu da minha linda cabeça. 

A ficção é linda, não?

Boa leitura! Não esqueçam os votos e comentários!

***

Todos os acontecimentos até a nossa chegada ao hospital haviam sido grandes borrões. Meu desespero aumentou quando Anne e Gemma ajudaram Harry a levantar da cadeira e eu vi ali, no estofado, uma enorme mancha molhada, e foi como se Lydia estivesse indo embora, e não chegando. Porém, minha mãe, meu pequeno anjo protetor, segurou meus braços e me acalmou, dizendo que aquilo era completamente normal e só significava que a hora de pegar minha filha em meus braços estava chegando.

Meu pai se encarregou de levar Harry, com Anne e Gemma para o hospital onde já estava planejado ser o parto, enquanto eu ligava para doutora Daisy e ia com minha mãe e minha irmã para buscar a bolsa de Harry em nosso apartamento.

Fizzy estava empolgada com a chegada de um novo bebê, mamãe estava com um sorriso de orelha a orelha e eu estava apenas querendo chorar e correr para debaixo das cobertas. Não que eu não quisesse Lydia em nosso mundo, mas eu me sentia inseguro com tudo o que aconteceria a seguir. Eu não me sentia preparado o suficiente, mas eu enfrentaria tudo de cabeça erguida, tudo pela minha família. Tudo por Harry e Lydia.

Minha irmã estava saltitante dentro do carro. Ela fazia dancinhas e repetia constantemente o refrão "I'm having your baby, it's none of your business" de uma música, e eu já estava quase jogando-a pela janela, porque: a) Eu estava muito nervoso e só queria silêncio; b) Cantores britânicos realmente tem problemas com letras de músicas e; c) Quem é que canta sobre um bebê não ser da sua conta, pelo amor de Deus?

Quando chegamos ao hospital, eu pulei do carro sem nem esperar e corri para a recepção, perguntando pelo nome de Harry. A recepcionista gentilmente me disse a ala do hospital e o andar, e eu caminhei até o elevador, totalmente ansioso. Será que ele já havia tido a bebê e eu havia perdido o momento?

As portas do elevador se abriram no terceiro andar do prédio, e assim que eu saí avistei Anne conversando com um enfermeiro. Caminhei apressadamente até eles e Anne sorriu quando notou a minha presença.

— Você chegou bem a tempo, querido! Ele está perguntando quem irá assistir ao parto, temos direito a apenas uma pessoa — Anne disse, com sua típica voz calma e sem revelação de qualquer expressão, como se seu filho não estivesse naquele momento em uma sala de parto, prestes a ter sua neta.

— Eu vou — disse prontamente, pela primeira vez no dia sentindo um pingo de coragem. O enfermeiro deu um pequeno sorriso para mim.

— Ótimo, me acompanhe para o senhor pôr uma roupa especial. O rapaz está sendo anestesiado nesse momento.

Um frio percorreu minha espinha ao ouvir as palavras, e um arrepio tomou todo o meu corpo quando, após trocar minhas roupas e estar devidamente equipado para assistir ao parto de minha filha, eu adentrei a sala e avistei meu lindo Harry deitado em uma maca, com vários aparelhos ao seu redor. Um homem gentilmente me instruiu a sentar-se do lado de Harry, e o mesmo, ao notar minha presença, virou a cabeça e deu um sorriso.