O Mundo de Ozairy - A Guerra Santa

Capítulo 1 - A Fundação do Reino do Dragão

     Cinco anos após a destruição de um reino próximo a Rosnam pela poderosa hostes de dragões liderados por Maurung, o tirano, um dos generais do próprio reino de Rosnam chamado Kung Yaomo decidiu por anos, investigar aquele local que outrora fora destruído, e percebeu que havia lágrimas de dragão espalhado pela terra. Para os crentes na fé dos draconianos, as lágrimas de dragões eram uma bênção derramada sobre a terra, mostrando que ela seria frutífera e abençoada pelos habitantes que ali residisse. Não havia mais bens materiais como prata, ouro ou pedras preciosas e nem havia tesouros escondidos nos calabouços porque a tropa dos militares responsáveis por aquela área havia tomado tudo para si, meses após descobrirem a queda do reino. Tomando conhecimento do fato das lágrimas de dragões, Yaomo pede para o seu antigo rei, a anulação de seu contrato como general, para habitar nas terras destruídas. O rei se entristeceu muito, mas respeitou a decisão de seu fiel general, concedendo-lhe  o aval, concordando de modo pacífico e paterno, que ele poderia fazer o que o seu coração desejasse, já que não havia mais guerra ou ameaças contra Rosnam. Antes de partir, o rei lhe dá alguns bens materiais para ajuda-lo a recomeçar. Além disso, ele permitiu que Kung Yaomo pudesse levar consigo alguns de seus fiéis soldados de guerra, dando-lhes a carta de anulação em serviço ao reino.

     Ora, Kung Yaomo e alguns de seus homens, partiram e habitaram naquelas terras de modo como haviam planejado, e com a ajuda todos os soldados e suas famílias,  pouco a pouco, eles reconstruíram o reino ao modo deles, com estruturas draconianas mescladas com obras antigas de cidades medievais. Com a autorização escrita em manuscrito do ministro geral da região, eles conseguiram estabilidade na terra prometida, segundo as palavras do próprio Yaomo. A construção durou dois anos de muito trabalho árduo e esforço físico, e em pouco tempo, concluíram a primeira parte, no qual deram o nome de Cidade de Maurung, em homenagem ao Tirano que havia destruído o reino. Com o tempo, a cidade passou a crescer e sendo reerguida, tornou-se um reino do qual puseram o nome de "O Reino do dragão", e Kung Yaomo se regozijou de felicidade por ver que o seu desejo havia sido realizado. Com a ajuda de seus seguidores que expandiam o território, o reino do Dragão rapidamente cresceu. Dentre os que foram importantes para o reino estavam os renomados soldados de Rosnam: Kung Villoth, O estrategista que era o irmão mais novo de Yaomo, Bazan, O panda, era um soldado que considerava Yaomo como o seu irmão mais velho, pois o salvará na situação em que sua tribo fora exterminada por caçadores de criaturas extintas. Um guerreiro chamado Bartolos, e um feiticeiro chamado Delvilon. Todos eles foram poderosos guerreiros que ajudaram Yaomo a edificar aquela nova terra que eles chamavam a de "eicosetho" que na língua do Norte significava "acolhedora ou prometida".

      Delvilon criava cartazes e os divulgavam em torno do reino, dizendo que eles precisavam de pessoas para habitarem e trabalharem no reino, com perspectiva de crescimento financeiro e social. Bazan era expert na arte de desenhar, e foi ele quem desenvolveu o brasão para representar aquele novo reino, sendo o brasão banhado pelas cores laranja e preto, com duas tochas em chamas, ao lado de um dragão pintado totalmente de preto. Tudo aquilo simbolizava o respeito que todos eles tinham para com os repteis alados. Em um mês, o reino abrigou mais de quatro mil pessoas e tornou-se muito grande e popular. Até muitos moradores do reino de Rosnam, desejaram habitar naquele novo reino pacífico e prosperador. Kung Villoth ficou responsável de planejar moradas para abrigar todas as pessoas que entravam no reino e registrar os seus nomes como cidadãos do reino, recebendo como lei, a contribuição de dez por cento de seus ganhos e dos impostos. Bartolos e sua família ficaram responsáveis em fazer as divisões de terras para que houvesse organização em cada cidade, sendo elas representadas por líderes locais, escolhidos pelo rei. Após todos se estabilizarem, Kung Yaomo fez um festival chamado de Festa do Dragão, onde eles festejavam com danças, competições de beberrões de vinhos, música e preces. Naquele dia, todo o povo reconheceram Kung Yaomo como seu legítimo rei e senhor do reino do dragão. Kung Yaomo decretou aquele dia como um dia de descanso, onde muitos, foram salvos do frio das noites escuras de Ozairy, e da opressão dos grandes, para entrar habitar para sempre em um calor ascendente do reino do dragão.

      Em pouco mais de seis meses, o reino estava formado com duas províncias e a capital. Uma delas era ministrada por seu irmão e a outra por seu amigo Bazan. Cada tempo que se passava, mas pessoas migravam para o reino a fim de ter uma vida pacífica. Certa vez houve discórdia entre os moradores do reino por desonestidade e o caso foi levado até a presença do rei Yaomo, que julgou com muita sabedoria. O infrator não aceitou e tentou assassinar o rei, mas o que ele não sabia era que o rei havia sido um grande general no reino de Rosnam e que dois anos de sua juventude esteve com dragões, treinando com eles, aprendendo tudo sobre como ser um draconiano. Kung Yaomo derrotou o infrator e o expulsou de seu reino, removendo seu nome dos registros. Ao perceber o reino que havia cometido, o infrator voltou atrás do erro e foi até o rei clamar por perdão, mas o rei Yaomo era rígido na lei e por causa dela,o reino era organizado, e por isto, o infrator não pode retornar. Ciente de seus crimes, ele suicidou-se na frente do rei, sendo ele registrado como primeira morte do reino. Graças ao ato, Yaomo ordenou que um templo fosse erguido para que as pessoas pudessem oferecer holocaustos aos seus ente-queridos.