Capítulo 2

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O tiro, felizmente, atingiu um lustre, com rosas vermelhas, que se encontrava próximo à Serena. Antes do disparo, ela fechou os olhos temendo atingi-la. 

Felipe segurou Cristina pelas mãos enquanto levantava juntamente com ela.

- Cristina, pare com isso! Agora você vai apodrecer na cadeia para poder pagar todos os seus pecados, mentiras e maldades cometidas contra todos de Roseiral! - gritava Felipe, furioso, perto do ouvido da vilã. 

- Largue-me, fedelho! - Ela debatia para se livrar dos braços do sobrinho. - Se eu pudesse, também lhe mataria, seu ingrato. Cuidei de você mais do que sua mãe, e tudo que recebo é isso? - Cristina sorria e chorava ao mesmo tempo. Estava enlouquecendo.

- Você não tem ideia do que diz, desequilibrada! - Felipe desgarrou de seus braços e, no instante em que ela virou, ele deu um tapa em seu rosto. Cristina, zonza, caiu no chão, agora sua expressão facial era de ódio.

- Papai, Serena, como estão vocês? - Felipe virou de costas para a tia para falar com os dois. - É melhor irem lá para fora, aqui o ambiente está muito pesado. 

- Felipe, você é muito corajoso, eu e seu pai estamos muito agradecidos. - falava Serena. Rafael, apaixonado, olhou para ela. Felipe, com um sorriso radiante, correu para abraça-la. 

Enquanto o abraço grupal irradiava felicidade, Cristina pegou a arma, que parara no chão no momento da colisão com Felipe, para tentar acertá-lo. Meio desorientada, engatilhou, e deu vários tiros na perna do sobrinho.

- Felipe!! - Rafael gritou enquanto viu o filho caindo. Serena, que não viu o lugar onde os disparos acertou, achou que havia atingindo um local que traria graves consequências, e logo desmaiou. O botânico, que não sabia como reagir àquela situação, segurou, preocupado, a índia em seus braços, e agachou para ver o que tinha acontecido com Felipe. Ele estava sangrando bastante e, por isso, estava desacordado.

- Ainda dá tempo de voltar para mim, meu amor. Caso não aceitar, irei ter que matá-los. - Falou Cristina, docilmente, olhando, com compaixão, para Rafael.

Rafael estava com raiva excessiva, queria agarrar Cristina pelo pescoço e só soltá-la quando estivesse morta. Porém, com o estado em que se encontrava Serena e seu filho, soube se controlar.

- Cristina, será que não pensa mais? Você está louca! Olha o que se tornou, olha o que você fez! - Chorava, Rafael.

- Não me arrependo de nada, meu amor... - Sorria, maliciosamente, Cristina, enquanto apontava a arma para Serena. - Vou matá-la primeiro para você ter um tempo para pensar se volta comigo.

Rafael estava de mãos atadas, não tinha mais nada o que fazer, restava esperar a morte de todos ali na sala. Morreria feliz junto à sua alma gêmea.

Alma Gêmea (NOVELA)Onde histórias criam vida. Descubra agora