Cristina estava determinada a ir até o fim com o seu plano. Queria fugir logo, por isso precisava agir agora mesmo.
- Socorro! Socorro! - Ela gritava, fingindo desespero. - Ajude-me!
Haviam apenas dois policiais tomando conta da delegacia de Roseiral naquela noite, já que o delegado estava doente.
- Tem alguém pedindo por ajuda lá dentro, irei ver! - O policial, desesperado, saiu correndo e deixou o companheiro falando sozinho.
***
- Posso entrar? - Serena batia na porta do quarto de Felipe.- Claro, Serena! Venha! - Ele, feliz, deu um belo sorriso quando a viu. - É um prazer tê-la ao meu lado, não sabe como isso me faz bem.
- Ô meu menino, você é muito especial! - Ela, com um lindo sorriso, abraçou Felipe. Era um abraço repleto de amor... Materno. - Prometi que vou cuidar sempre de você, aliás já trouxe até o seu remédio de dor. O Eurico estava fazendo questão de trazer, mas eu queria ficar ao seu lado.
- Ah, o Eurico sempre prestativo, gosto muito dele! Mas, mudando de assunto, espero poder te recompensar, futuramente, o que tem feito por mim, Serena. Ninguém nunca se importou tanto comigo dessa maneira, nem mesmo papai. Ele sempre esteve ao meu lado, sabe, mas depois da morte da mamãe a distância entre nós era perceptível. No entanto, depois de você, tudo mudou, até mesmo ele.
Eu te amo, Serena, sinto que preciso lhe falar isso, você sabe o meu sentimento em relação a ti. - Felipe, com lágrimas escorrendo pelos seus olhos, sentiu imenso desejo de abraçar ela novamente. - Posso te abraçar novamente? - perguntou.Serena sentia a felicidade borbulhar dentro dela. Chorando de emoção, não se conteve, e logo abraçou o menino.
- Eu também te amo, Felipe, muito, muito. Mas você não precisa recompensar ninguém, todo esse meu amor é para você e o Rafael, foi por isso que vim de longe. Agora, quero que descanse, quero ver você totalmente recuperado. - Serena, ainda abraçada, disse para ele.
- Serena, posso te chamar de mãe? - Felipe não sabia explicar de onde estava vindo tanta emoção.
Serena, por um momento, olhou nos olhos verdes delr e viu, lá dentro, ela, em sua vida como Luna, cuidando de Felipe.
- Claro... meu filho. - Serena, ainda fortemente emocionada, não sabia conter a felicidade que lhe invadia e abraçou ele novamente. Depois do longo abraço, beijou a testa dele, deu o remédio para tomar e saiu do quarto.
***
- O que está acontecendo, senhorita? - O policial, com o semblante preocupado, perguntou ela.- Olhe o que fizeram comigo! Preciso de ajuda! - Cristina teatralizava um choro forçado.
- Quem fez isso contigo? Está arranhada, com as roupas rasgadas... - O policial, bastante confuso, olhou para a grade da janela a fim de checar se sofrera algum dano, e passou os olhos, rapidamente, para outras celas com o intuito de ver se tudo estava em perfeito estado.
Cristina percebendo o quão confuso o policial se encontrava tentando entender o que estava acontecendo, chamou ele para a cela para mostrar o motivo dela está daquela forma.
De repente, Cristina agarrou o policial e começou a beijá-lo loucamente. Ela, ainda, acariciava certas partes do agente, levando-o à loucura. O policial até que tentou lutar contra a deliciosa sensação que estava sentindo, todavia, era mais forte que ele.
- Sempre tive admiração por você, seu policial. Porém, tinha que ser bem discreta em relação ao meu sentimento, já que tinha Rafael em minha cola o tempo todo. - Mentiu Cristina, mordendo a orelha do policial.
- Precisamos parar com isso... - Ele dizia, mas era inútil.
Com toda cautela possível, ainda se beijando, Cristina pegou a arma do agente e chutou, na barriga, ele para longe.
- Saia daqui ou te mato! - Berrava a vilã.
- Passe a arma agora! - O policial estava nervoso, tinha se deixado levar por uma mulher.
O outro companheiro chegou para ver o que estava acontecendo, uma vez que era perceptível o movimento causado dentro da delegacia.
- Mas o que é isso aqui? - O companheiro logo sacou sua arma, porém Cristina foi mais rápida e lhe acertou no peito. Quando virou para o outro policial, ele estava indo para cima dela, contudo, a vilã não perdeu tempo e atirou.
Aos gritos dos outros encarcerados, Cristina saiu correndo da delegacia. Sabia quem procurar.
***
Serena estava observando o luar, do seu quarto. Estava feliz pela melhora de Felipe, mas ela estava pressentindo algo estranho, não sabia explicar o que era.
- Meu amor... - Rafael veio atrás dela abraçando-a e beijando seu pescoço. - A noite está linda! Olhe a lua, olhe você, Serena!
- Eu te amo tanto, Rafael... O que mais desejei foi levar uma vida de paz ao seu lado, sem ninguém para atrapalhar nossas vidas, mas tenho pressentimentos ruins. - Serena abraçou Rafael, procurando segurança em seus braços.
- Nada nos atormentará mais, meu amor, nada, eu te prometo! - Rafael segurou o rosto dela com as duas mãos e a beijou. - Vamos deitar agora. Venha. - Eles se deitaram, Rafael colocou a mão por debaixo do pescoço de Serena e a puxou para perto do seu peito.
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Alma Gêmea (NOVELA)
RomanceBom, acho que não é necessário explicar algo sobre a história, uma vez que uma estrondosa parte das pessoas já conhece. Decidi escrever essa "continuação" pois terminei de rever a novela e estou em estado de depressão (espero que me entendam kkk) e...