Quando a YoRHa Nº 2 modelo B observara ao redor, suas memórias datavam de mil anos atrás.
Levando as mãos à face, algo sintético fora tocado, não haviam olhos no rosto da androide, a visão nascia de câmeras instaladas ao redor da mesma.
2B conseguia ao mesmo tempo se ver, e ver outras cem mil idênticas a ela, acima e abaixo.
As outras YoRHa Nº 2 modelo B não se moviam, e também não resguardavam câmeras.
As câmeras, seis, eram negras, pequenas, circulares, e levitavam em órbita da 2B se movendo.As informações de tal memória eram conflitantes.
Não havia vida humana, e em seguida fora entendida a história da humanidade.
As guerras, europeias, asiáticas, africanas, americanas, mundiais.E aquela outra guerra, aquela travada pós-final da humanidade.
Não fazia sentido, eram informações conflitantes.
Como a humanidade poderia lutar uma guerra depois de ter sido extinta?
Caminhando, em metal, a plataforma circular, com vidro semitransparente, recebera os passos de 2B, que para cima e para baixo observava as outras YoRHa Nº 2 modelo B.
Era um complexo de torres circulares, sem som algum se não dos passos da androide.
O número de torres, onde jaziam as androides desligadas, era quatorze mil.
Um bilhão e quatorze mil androides YoRHa Nº 2 modelo B eram mantidas no metal, havendo no mesmo piso quarenta das entidades não humanas, com formas femininas humanas, com vestes de algo semelhante às vestes humanas.
E o conhecimento na memória da 2B andante a fez pisar na borda da torre circular onde estava para que acima descesse o elevador.
Era uma programação simples, e ao menos tempo, era o suficiente para surpreender o ser que despertara sabendo tanto, entendendo tanto.
Dentre as informações que poderiam ser acessadas estava a criação e a manutenção da linha de produção de todas as YoRHa, mesmo dos protótipos, ou de linhas que nunca chegaram à fabricação.
No conhecimento o fim da humanidade estava ligado aos androides, uma memória forte toma a mente da 2B, e dois nomes surgem:
– Devola e Papola. – as memórias se confundem, estão proibidas, o acesso é restrito.
– Na minha mente? – se questiona a 2B, adentrando o lento elevador, ao seu redor são como espelhos, o número absurdo de YoRHa Nº 2 modelo B a impressiona.
Entre subir ou descer, a escolha é o oposto de onde viera o elevador vazio.
As memórias da última guerra humana levam à sigla:
– DNA. – sim, estava no servidor, na lua, entende a androide, de certa forma a humanidade ainda existia em essência e obra.
A próxima memória viera junto dos nomes de toda a série YoRHa, o primeiro aperfeiçoamento de algo criado por humanos, os guardiões do planeta Terra, tão destruído pelos seres humanos.
Preservação da natureza era a lei primordial entre os androides, e a paz durara milênios onde o planeta fora restaurado, curado da doença humana.
E viera do céu algo diferente, máquina.
Essas máquinas carregavam em si uma programação simplista de invasão, aniquilação, e ao mesmo tempo dominação.
A guerra visitara novamente o planeta Terra, de um modo brutal diferenciado.
Linhas de produção foram alteradas, e novos androides por androides criados, e apenas os que conservavam utilidade eram mantidos, e entre os descartados se rebelaram androides com falhas.
O protótipo YoRHa modelo A Nº 2, que originaria o 2B, fora o caso de falha mais extremo na memória da 2B descendo, observando inúmeros outros elevadores paralisados.
A falha do protótipo citado seria a chave no final da guerra contra as máquinas criadas pelos seres não humanos, esses, identificados numa nova memória da 2B como seres ancestrais, instintos antes mesmo dos humanos, pelo cosmos tais máquinas viajaram até alcançar a Terra, e a guerra que lhes aniquilaria graças a falhas e acertos evoluídos em chips de aprimoramentos.
Os chips de aprimoramentos foram desenvolvidos quando os androides alcançaram tamanha perfeição em design e função, que remodelar uma linha inteira seria perda de tempo, logo, apenas em atualizações pontuais, seriam feitas alterações, sempre visando o término da guerra.
Com o tempo, e os conflitos se intensificando, os androides notaram que perderiam a guerra.
E assim, usando como base as informações contidas no DNA humano, os androides nas linhas de produção foram alterados uma última vez, adquirindo emoções, algo que mesmo as criações dos humanos entenderam como vital na preservação de qualquer espécie.
Essas emoções foram as principais causas das falhas antes mencionas, o que por sua vez fora a principal razão do encerramento da guerra.
Estratégias impensadas guiaram sucessos impensados, e as máquinas alienígenas foram de tal forma extintas que a última nave inimiga descera à Terra, e nela se revelara a maior das fraquezas dos inimigos.
Os seres extintos milênios antes, criadores das máquinas que perderam a guerra, haviam se fundido, em DNA, à tecnologia usada na criação das máquinas aniquiladas no conflito final, contudo, diferente dos androides, aquela tecnologia era biossintética, de modo que uma reação inimaginável estava próxima de acontecer.
E a 2B no elevador segurara subitamente no metal pintado âmbar, ali, bem presa, a androide sentira a gravidade deixar o lugar onde estava, de modo que a força do elevador era suficiente para lhe fazer levitar.
A 2B permanecia segura apenas pela mão direita segurando o metal, sendo arrastada ao que não podia mais ser entendido como para cima ou para baixo, além da linha de produção das iguais.
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Avisos:
Está sendo meio que um prólogo até aqui!
Vou continuar depois da primeira estrela, ou comentário =X
A história se passa depois do jogo Nier: Automata!
É um fanfic, logo, espere muitas referências, como as até aqui citadas, mas não esqueça que por ser uma fanfic tem muita coisa inventada por essa autora aqui!
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