Love me Harder

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 O clima antes divertido foi automaticamente trocado por uma tensão, que era quase palpável. Otabek seguiu com os olhos o caminho que o fino indicador do russo fez desde o seu pescoço até seu peitoral, onde ele parou. Os olhos verdes antes atentos a cena, ergueram-se encarando os castanhos, ambos não sabiam bem como agir, haviam voltado a se falar a pouco, e de fato deveriam ir com calma, mas quando os esmeraldinos desceram dos olhos de Otabek para a sua boca, o cazaque mandou a calma para o inferno.

Um segundo depois, Yuri estava sentado sobre o balcão da cozinha, o moreno em pé entre suas pernas, beijando-o com volúpia. As mãos grandes arrancaram com pressa a camisa que usava, bem como a calça, Otabek soltou um palavrão quando teve que dar atenção a cada perna, porque a peça era justa demais, Yuri riu de sua impaciência. O loiro puxou a toalha que estava presa a cintura do fotógrafo soltando um gemido em deleite com a visão, céus, como sentira falta daquele corpo. Enlaçou as pernas ao redor da cintura alheia e voltou a beijá-lo, Otabek o pegou no colo com certa facilidade e o guiou até a cama. Assim que o depositou sobre o colchão, parou alguns segundos para observar o quão erótica era aquela cena. Yuri tinha as pernas levemente dobradas, quase cruzadas, os cabelos agora mais curtos, esparramados por sua face corada, a boca levemente aberta, os braços acima da cabeça, os olhos semicerrados, desejosos. Otabek virou-se por um instante indo até um móvel e retornando com uma câmera.

— Não se preocupe, essa vai ser só sua. – disse assim que a foto instantânea saiu da câmera, Yuri apenas riu.

Não se deu ao trabalho de esperar a imagem aparecer, apenas largou-a junto da câmera e voltou a saborear os lábios do cantor.

O beijava com carinho, embora estivesse ansioso para ter Yuri uma vez mais, queria aproveitar cada sensação, cada toque. As mãos massageavam por entre os fios loiros, enquanto os lábios distribuíam selinhos por toda a face. Beijou desde a ponta do nariz até o dedinho do pé, acariciando a pele com a face. Voltou beijando o interior das pernas, dando leves mordidas. Até parar em frente ao membro já ereto. Yuri arqueou o quadril, quando sem aviso, Otabek o abocanhou por inteiro, saboreando toda a extensão com a língua. Os dedos finos do russo foram até os cabelos do moreno, guiando os movimentos. Com uma mão Otabek masturbava o membro, sem parar de chupá-lo com volúpia, a mão livre esticou-se até a gaveta do pequeno criado mudo, de onde tirou um tubo de lubrificante. Rapidamente tinha dois dedos melados no líquido e os esfregava na entrada do loiro, que rebola sobre eles, buscando mais contato.

— Be-Beka... – gemia e resmungava palavras em russo, ainda tendo o pau estimulado – Por favor!

Otabek levou o falo fundo na garganta, ao mesmo tempo que inseriu os dois dedos em Yuri, este soltou um grito ávido, o cazaque não mexeu os dígitos, deixou-os parados e continuou as chupadas, subindo e descendo de forma habilidoso os dedos pelo membro de Yuri, antes de colocá-lo todo na boca, deixando-o cada vez mais excitado. Logo o cantor rebolava contra sua mão, num pedido silencioso para que Otabek mexesse os dedos, e assim o fez. Yuri grunhia e xingava toda vez que tinha seu ponto atingido pelos, agora três dedos do fotógrafo, que os estocava de forma lenta, preguiçosa, quase torturante.

Yuri fez menção de levantar-se, e antes que Otabek pudesse protestar, o loiro estava deitado sobre si, o traseiro contra seu rosto, bem como seu próprio membro estava perto o suficiente para que pudesse sentir a respiração do outro. Sem cerimônias, Yuri o chupou, levando o quanto podia fundo na garganta, a posição ajudava bastante. Otabek, atordoado demais com as investidas esqueceu de dar atenção ao loiro, que sem nem um pudor, rebolou contra seu rosto. O cazaque passou a beijar onde antes estocava os dedos, as mãos apertavam a carne branca das bandas, abrindo-as para dar mais acesso a língua, que girava em torno daquele botão.

Yuri, embora transtornado com a atenção que recebia, não deixava de fazer o trabalho em Otabek, diferente do cazaque, fazia com rapidez, até com certa brutalidade, como se sua vida dependesse daquele toque. Parou apenas quando os dedos voltaram a lhe tocar a próstata, e Otabek começou a masturba-lo, sentia que logo se desmancharia, então saiu de cima do moreno.

Sem falar nada, selou os lábios aos do outro, enquanto se posicionava sobre seu colo, a entrada já bastante alargada, abrigou o membro grosso sem muito esforço, levantou o troco, posicionando os joelhos de cada lado do corpo moreno para que pudesse se mover, as mãos foram apoiadas no peitoral, e iniciou-se uma cavalgada lenta, as mãos de Otabek apertavam sua cintura, forçando-o a ir devagar. Yuri subia e descia de forma lenta, rebolando antes de o membro de Otabek alcançar seu interior, as unhas cravaram a pele amorenada quando o cazaque gemeu rouco seu nome. Puxo-o para cima, para que se sentasse, ficando assim com o rosto em frente ao seu, o contato dos olhos só era cessado quando os lábios se encontravam. O russo dava mordidas no lábio inferior do moreno, antes de beijá-lo com volúpia. Otabek estando sentado, ia cada vez mais fundo, ajudando Yuri nas estocadas, esse quicava, agora com intensidade sobre si, indo cada vez mais rápido e mais forte.

Otabek o tirou do seu colo, jogando de barriga na cama, deu uma mordida na sua bunda antes de desferir um tapa, Yuri não teve tempo de gritar pela dor, quando Otabek esfregou o pau em sua entrada, provocando-lhe. O loiro empinou o traseiro, instigando-o a entrar, o que foi atendido sem protestos, o forçou a dobrar os joelhos, mas ainda com a parte superior do corpo baixada. Mordia os lábios para evitar os gritos que ameaçavam escapar cada vez que Otabek lhe estocava com força, surrando-lhe a próstata.

As mãos morenas que seguravam sua cintura subiram por suas costas de forma carinhosa, até chegar em a nuca, onde segurou os cabelos curtos com força, puxando-o para ficasse de joelhos, uma das mãos permaneceu o segurando pelos cabelos, a outra foi até o pescoço, onde apertou com certa rigidez, virando o rosto alheio para que pudesse beijá-lo.

— Beka eu...Eu vou...

— Ainda não gatinho. – Otabek quem lhe mordeu os lábios agora.

Saindo mais uma vez de dentro de si, e virando-o de frente, uma das pernas do russo foi apoiada em seus ombros, as mãos foram entrelaças, Otabek tirou-lhe uma mecha de cabelo que cobria a face.

— Eu quero que olhe nos meus olhos quando gozar!

Yuri concordou com a cabeça e apertou com força as mãos contra as do cazaque, quando este voltou a entrar em si, de forma lenta, explorando cada parte de seu interior, antes de sair e entrar novamente, agora mais rápido, lágrimas de prazer escorriam dos olhos verdes, e Otabek as beijava, indo em direção aos lábios do outro, afastou o rosto apenas quando sentiu o interior de Yuri se contrair, e soube que o loiro gozara, pois como pedirá, os esmeraldinos o encaravam, parou de se segurar e uma estocada depois chegava a seu próprio orgasmo clamando o russo pelo nome.

(***)

Otabek estava na cozinha, guardava a torta de cereja que Yuri trouxera, bem como algumas frutas em uma cesta, uma toalha grande e uma jarra de suco. Pegou um pequeno envelope na gaveta da sala, colocando-o no bolso, e se sentou no sofá, aguardando Yuri que ainda estava no banho.

— Vamos comer – o russo chegou de fininho, se jogando no sofá com a cabeça no colo do cazaque.

— Eu estava pensando num piquenique – Otabek disse acarinhado os cabelos molhados, e apontado para a cesta em cima do balcão.

— Primeiro você me fode até eu assar, e agora quer ser romântico?

— Podemos ficar aqui se você estiver muito cansado – o fotógrafo tinhas as bochechas rubras, - Eu... Eu machuquei você?

— Claro que não idiota! – o cantor sentava-se sobre o colo do cazaque, beijando-lhe os lábios de forma carinhosa – Eu só não posso dizer que estou pronto pra outra. Seria uma honra ir a um piquenique com você Romeu. – O beijo tornou-se mais urgente, as mãos de Otabek foram mais uma vez para sua cintura, e Yuri sentiu o membro de Otabek roçar seu traseiro. – Acho melhor irmos, parece que alguém, já está pronto pra outra.

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