Capítulo 14 - Liberdade

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Apollo

Eu estava quebrando todas as minhas regras, ou as regras da minha mente

Σκάτα! Nossas regras!

Definitivamente, sentado na sala de espera de um consultório de psicologia.
Esperando para ser atendido, conversar com alguém sobre algo que eu não gosto de falar.

Você não precisa fazer isso!

- Eu preciso - sussurrei. Emilly pegou minha mão e apertou, então me olhou com um sorriso doce

- Você está bem?

- Estou - lhe mostrei um sorriso que provava exatamente o contrário

- Você não precisa ficar assim, Apollo. Tudo vai ficar bem, tudo isso é para o seu bem

- Estou um pouco nervoso, eu não... Não queria falar sobre... Você sabe

- Eu sei que não quer, mas precisa

- Eu sei, você tem razão, vou fazer isso

- Sim, você vai e eu vou estar aqui

- Apollo Baltsa - uma moça oriental chamou logo a nossa frente, olhei no relógio para ver que estava na hora exata marcada por mim

- É você - Emilly sorriu tentando me confortar. Me levantei e fui em direção a mulher de cabelos escuros

- Você é Apollo Baltsa? - ela perguntou

- Sim, sou eu mesmo

- A Drª Blossom irá atendê-lo, me acompanhe

Segui a mulher pelo corredor, ela abriu uma porta e me mandou entrar, então saiu, me deixando sozinho na sala com Linda Blossom

- Sente-se, fique a vontade - ela sorriu simpática

Ao invés de sentar, fiz como devia ser, me deitei no local que me era indicado e olhei para o teto

Você acha que se não olhar para ela, tornará isso mais fácil?

- Apollo Baltsa, acho que já nos vimos em algumas festas de Luci

- Sim - não ousei olhar para ela - Algumas vezes

- Meu filho fala bastante de você, ele diz que você tem olhos dourados, gostaria de me mostrar?

Essa foi uma boa tática, amigo!

Olhei para Linda e percebi que ela só estava tentando me deixar confortável

- O seu filho é um bom garoto

- Ele é - ela sorriu - Me diga, o que sente? Qual é o seu problema?

Nesse momento, voltei a olhar para o teto, eu não quero falar com ela sobre isso enquanto a olho, eu precisaria de umas boas doses de whisky para fazer algo do tipo

- É... Eu... Eu costumo falar comigo mesmo

- Isso é normal, Sr. Baltsa

- Mas eu definitivamente converso com minha mente, ela é como um segundo eu, só que me odeia

- Odeia? Por que?

- Ela me tortura por algo que aconteceu no passado, me diz todo dia que sou o culpado, se eu digo algo... Ela discorda... As vezes concorda também

- Você disse algo que aconteceu no passado?

- Exato

É agora, ela vai querer que conte

Minha Cura | Trilogia: Homens Complicados | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora