Capítulo 7

559 37 26
                                    

"Aprendi que é possível seguir em frente, não importa quanto pareça impossível. Com o tempo a dor diminui." - Querido John

•••

Cidade do México...

Alfonso entrou em casa deixando as malas em um canto ao lado da porta, deixou a mochila em cima do sofá e foi em direção ao quarto de Dani, chegou na porta e parou observando a cena a sua frente. Dani estava deitado em um colchonete no chão que ficava em frente ao berço dele, usava uma camiseta preta de manga comprida, como estava deitado de bruços, Alfonso não conseguiu ver o desenho que tinha nela, a calça era em um tom de azul claro com vários peixinhos estampados e calçava um par de meias com listras pretas e brancas. Se sentou ao lado do filho tomando cuidado para não acordá-lo. Acariciou o cabelo dele e o beijou. Pegou o celular tirando uma foto e postou no InstaStories. Tirou os sapatos e afastou Dani para o lado devagar, pegou uma almofada jogada ali perto e deitou ao lado dele apoiando a cabeça nela. O trouxe para o seu peito, fechou os olhos inspirando o cheirinho dele. Quando tinha o filho nos braços, se sentia em casa. Era exatamente onde estava. Em casa. Ali não havia lembranças de um passado que ainda o machucava. Ali seus sentimentos não ficavam confusos por causa de certo alguém. Ali se sentia seguro. Seu coração estava seguro. Em meio a esses pensamentos, acabou dormindo.

Em Los Angeles...

Anahi respirou fundo se recusando a deixar as lágrimas caírem, não iria chorar por ele, não mais. Se levantou e foi até o quarto de Manu o chamando para almoçar. Já na mesa, cortou a salada para ele e depois se serviu, começando a comer também.

Manu: Mamãe, cadê o tio Poncho?

Anahi: O tio Poncho não vem hoje, ele voltou para a casa dele, meu amor.

Manu: Mas ele não mora aqui na frente?

Anahi: Não bebê, ele mora no México, só estava aqui a trabalho.

Manu: Por quê ele não veio se despedir?

Anahi: Ele foi bem cedinho Manu, nós dois estávamos dormindo ainda. - acariciou o rosto dele.

Manu: Ele não gosta mais de mim, não é? Foi por isso que ele foi embora. - abaixou a cabeça quase chorando.

Anahi se levantou de sua cadeira e foi até ele, o pegou e sentou-se o colocando de lado em seu colo.

Anahi: Olha para a mamãe. - levou seu dedo ao queixo dele fazendo com que ele a olhasse nos olhos. - O Poncho gostou muito de você. Eu tenho certeza disso. Ele brincou com você todos os dias lembra?

Manu: Sim.

Anahi: Então, não precisa ficar triste bebê. Agora você vai ficar aqui no meu colo porque eu vou alimentar meu nenenzinho, abre a boquinha. - pegou o garfo e fez barulho de avião com a boca, levando o tomate até a boca dele o fazendo rir.

Terminaram de comer e depois foram para a sala assistir algum filme. E o escolhido foi? Peter Pan. Claro que não poderia ser outro. No meio do filme, acabaram adormecendo no sofá e dormiram a tarde toda. Anahi sonhou com Alfonso, era mais uma lembrança do que um sonho.

Os dois estavam em Cancun, lá em 2005, ela tinha molhado um dos bonés dele, e como vingança, ele a ameaçou dizendo que ia jogá-la no mar. Os dois corriam pela praia como duas crianças. Anahi bem tentou, mas ele era mais rápido que ela, então acabou a alcançando e a envolveu pela cintura jogando-a em seus ombros e correu em direção ao mar. Ela distribuía tapas e socos em suas costas tentando fazê-lo soltar. Ele retribuiu dando dois tapinhas na bunda dela. Entrou no mar com ela ainda em seus ombros, só quando a água já batia em sua cintura, que a colocou no chão, mas sem soltá-la totalmente. Anahi deu vários tapas em seu peito com raiva, com uma mão ele prendeu as mãos dela, enquanto com a outra a envolvia pela cintura, vendo que ela ia protestar, a puxou para mais perto, beijando-a. Anahi conseguiu soltar as mãos e segurou o rosto dele entre elas, aprofundando o beijo. De repente, se soltou o empurrando, fazendo-o cair dentro da água e saiu correndo...

Verano Después Del InviernoOnde histórias criam vida. Descubra agora