cinco

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Aquela foi a primeira de tantas outras vezes em que ele iria partir sem avisar e voltar com malas cheias de desculpas.

“Estava ocupado”. Claro que estava. Pessoas novas lhe roubavam a atenção, sorrisos marcados de vermelho, olhos coloridos e tanta ousadia o tiravam do chão.

Ele gostava mesmo disso, de pessoas que vivem além da conta. Que se arriscam e acertam todo o tempo... Ao menos, as que sabem fingir bem nunca o despontaram.

“Mas estou de volta”. Ele sempre voltava. Ela era a única ilha naquele mar agitado e ela o aceitou. Mesmo sendo um forasteiro, mesmo com todas as armas acusando sua corrupção, ela lhe estendeu os braços e o acolheu como ninguém jamais fez... Não voltar seria burrice.

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