Aquela foi a primeira de tantas outras vezes em que ele iria partir sem avisar e voltar com malas cheias de desculpas.
“Estava ocupado”. Claro que estava. Pessoas novas lhe roubavam a atenção, sorrisos marcados de vermelho, olhos coloridos e tanta ousadia o tiravam do chão.
Ele gostava mesmo disso, de pessoas que vivem além da conta. Que se arriscam e acertam todo o tempo... Ao menos, as que sabem fingir bem nunca o despontaram.
“Mas estou de volta”. Ele sempre voltava. Ela era a única ilha naquele mar agitado e ela o aceitou. Mesmo sendo um forasteiro, mesmo com todas as armas acusando sua corrupção, ela lhe estendeu os braços e o acolheu como ninguém jamais fez... Não voltar seria burrice.
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Bem Feito
Short StoryTer um pé atrás em tudo já foi sua melhor qualidade, no entanto, agora, com os pés fincados naquele solo estéril, ela pareceu esquecer como é florescer.