sete

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Ele voltou outra vez, abrindo suas malas e deixando todas as mentiras ali mesmo, no chão. Seu coração doeu, tamanha fora sua surpresa ao perceber que ela não estava mais lá.

Ela estava vivendo, respeitando seus limites e sentindo seus medos, tudo ao mesmo tempo. Estava sendo ela outra vez, florescendo por toda parte, entregando seus frutos apenas a quem merecia, a quem se importava, a quem não partia e nem voltava, a quem permanecia ali, ao seu lado, mesmo tendo limites duvidosos.

Juro que não a influenciei, não movi um dedo para mudá-la, não disse nenhuma palavra bonita — bem, só as que são verdades. Ela apenas veio... Enxergou um porto seguro onde eu via escassez de peixes, estabeleceu-se aqui e... Que sorte a minha.

A ilha na verdade era um navio, precisava apenas de velas novas e de um pouco de vento para ter a coragem de levantar sua âncora e navegar para longe daquele lar de naufrágios.

E ele? Bem... Ele aprendeu que tem seus próprios sentimentos e que o coração dolorido que carrega no peito é fruto de sua própria sujeira.

Quer saber? Bem feito. Ela merece verdades, ele, apenas idas.


-  fim  -

Bem FeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora