heartbreaker • jelena [1]

thirty-six | it's about every bit of my heart that you left.

Selena Gomez's Point of View.

Amsterdã, Holanda, Europa
18h05m PM

             AQUELE choro dela parte meu coração. Ela sabe que tudo está acabado e não quer aceitar o fim disso. O louro apenas bate com seu punho contra a parede de nosso quarto enquanto movo-me para guardar todas as minhas coisas. Ele destroçou meu coração e os dois sabem disso e é exatamente por isso que Sienna está na frente da porta agora, impedindo que Ryan saia e acabe com ele, da mesma forma que ele acabou comigo.

— Se você não sair, Mitchell, eu mesmo irei tirar você daí. – Ryan parece outra pessoa neste momento. Eu sei que ele quer me defender, eu sei que ele me ama como a irmã que ele nunca teve, mas acontece que eu e Sienna sabemos sobre o seu amor para com o Bieber.

— Não ouse me ameaçar. Você não está vendo que ela está prestes a ir embora. – Sienna praticamente grita com ele. A essa altura eu já posso ouvir pelos chamados do Bieber do lado de fora do quarto. E tenho em mente que todos assistem a toda essa bagunça que se tornou o meu amor.

O choro não me abandonou. Eu ainda lamento enquanto guardo minhas roupas na única mala que trouxe.

— Eu apenas quero passar por essa porta e acabar com ele por fazê-la chorar, Sienna. Selena é tudo para nós dois, você deveria me apoiar. – ele grita com ela também.

— Sim, tem razão. Ela é absolutamente tudo para nós dois, mas você é importante para mim também e eu não quero que sofra depois por ter perdido seu melhor amigo, seu idiota. – ela está certa. Eu sei que por minha causa Ryan jamais vai ser capaz de perdoa-lo novamente.

Meu telefone acende. Mike já está no aeroporto de Amsterdã esperando-me para levar-me para casa.

— Eu estou indo. – os dois param de falar no mesmo momento e olham para mim assustados, os olhos dos dois miram-me como se eu tivesse dito algo diferente.

— Não. – minha melhor amiga chora como uma criança que está perdendo algo importante para si. – Você não pode me deixar aqui.

— Você pode vir comigo, se assim desejar. – eu digo e ela não pensa duas antes de ir arrumar suas coisas.

Ryan caminha até mim. Sinto seus braços me apertarem contra seu corpo. Ele é tudo para mim também, mas eu não posso mais ficar perto de Justin Bieber sabendo que ele jamais sentiu algo por mim, além da necessidade de cumprir com aquela aposta.

— Eu amo você. – ele diz ao segura meu rosto entre suas mãos e beijar minha testa. – E eu prometo voltar antes só para ver como você está.

— Vem com a gente hoje. – eu choramingo ao abraça-lo.

— Eu tenho que resolver algumas coisas por aqui antes de ir, ursinha. – ele sorri levemente. – Mas, quando terminar, eu volto por vocês. Eu prometo.

Eu apenas balanço a cabeça, concordando com ele. Sienna termina de arrumar suas e se põe a meu lado.

— Cuida dela. – Ryan pede para Sisi e a mesma concorda no mesmo momento. – Agora, vão.

[...]

Los Angeles, Califórnia, EUA
22h05m PM

O apartamento está silencioso e frio. Eu tento, tento, e tento, mas é quase impossível tirá-lo do meu coração e eu gostaria muito que fosse tão fácil assim. Eu penso que quando você tem uma conexão com alguém, isso nunca realmente acaba, entende? Mesmo que você implore de joelhos para que esse inferno tenha fim, mas ele não chega, o fim não chega. Meu grande erro foi ter olhado nos olhos dele e visto coisas que não estavam lá. Vi o grande amor, mas nem amizade havia. Vi a felicidade, mas só a tristeza ficou. Tentar adivinhar os sentimentos dos outros é bobagem, às vezes nem as palavras dão garantia que o amor vai durar.

Ele era como ingerir álcool. Me fazia esquecer os problemas, me fazia sentir como se eu fosse capaz de voar, me fazia rir a toa, me fazia sentir como se o mundo fosse mágico. Ter ele no meu organismo era uma sensação inexplicável. Só que enquanto eu o ingeria sem controle algum ele ia me matando por dentro e eu nem sequer notava. Porque meu Deus, como era bom não ter que arcar com as consequências das minhas escolhas por alguns instantes, mas era algo passageiro. E eu sempre soube, mas e daí? Se fazia bem que mal tinha? Acontece que a manhã seguinte sempre vem, e com ela vem a ressaca. A dor de cabeça. A culpa. A ânsia. A dor de estômago. E então eu me pergunto: valeu a pena o ingerir?

Se passaram algumas horas e eu vi meu telefone tocar e seu nome aparecer minuto após minuto, hora após hora, dia após dia até que eu atendesse.

— Eu amo você mais do que amo a mim mesmo e, por Deus, me deixe ter a oportunidade de te explicar. Me deixe ter a oportunidade de te dizer que nada aconteceu da forma em que ela disse. – sua voz é ansiosa e desesperada.

— Os seus amigos vão falar de mim em conversas razoáveis porque a única coisa que eles sabem sobre mim é a superfície. E eles não vão entender por que a mágoa dentro do meu peito tomou proporções asiáticas e por que você foi uma parte obsoleta que morreu junto com tudo que eu acreditava ser honesto. Eles vão cochichar, após as aulas maçantes da faculdade, que a gente não deu certo porque eu não cooperei. E, de fato, como eu poderia cooperar com alguém que fazia joguinhos psicológicos e emocionais? Mas a ligação desta vez não vai falar de como eu pareço enfraquecida por estar falando com você. Por que é assim que você me vê, né? Enfraquecida, carregada pela ideia de vitimização, mas aqui vai uma outra verdade, menos rancorosa: toda vez que falo sobre você, eu converso comigo. Toda vez que me debruço sobre a fatalidade bruta que você foi, eu coloco a mão no meu peito e me perdoo por ter amado você. Toda vez que eu penso sobre você, eu redefino quem eu sou e aquilo que serei: nunca mais homem algum ferindo aquilo que construí. Você é só uma metáfora ruim que a gente solta de vezes enquanto no meio de um rolê que não funcionou. Só que como eu não guardo nem o pior dos movimentos, eu vomito e te deixo escorrer numa rua bem distante de onde moro. No meu peito você não habita mais, não por que eu decidi assim, mas por que você me traiu.

— Se passaram dois dias, Selena. Dois miseráveis dias sem você. Eu não aguento mais ficar sem você. Eu não aguento mais ficar sem Ryan. Ele me odeia e agora, olhando para meu olho roxo, tenho pela noção disto. Me perdoe, Selena.

— Não é sobre você. Não mais. É sobre como eu estou tentando me reerguer do tombo que foi te gostar. É sobre como eu estou recuperando o tempo que perdi insistindo. É sobre quais remédios eu estou tomando pra curar as feridas internas. É sobre os curativos que eu estou colocando nos machucados. É sobre os sentimentos que não cabem mais em mim. É sobre as lágrimas que já não caem mais. É sobre como e porque eu deixei você me machucar. Não é sobre você, é sobre depois de você. Não é sobre você, é sobre superar. É sobre o fim. É sobre o depois. É sobre o durante. Não é sobre você, é sobre mim. É sobre o que queima. É sobre o que arde. É sobre cada pedacinho do meu coração que você partiu. É sobre cada pedacinho de insegurança que existe aqui dentro, principalmente depois que você passou por ele.

Notas da Autora:

ALO ALO

caralho, meu jelena acabou realmente não sei como explicar como é escrever isso tudo de novo. eu não sei se expliquei no capítulo anterior, mas vamos lá:
COMO ASSIM A TAYLOR TINHA UMA QUEDA PELA SELENA? muitos de vocês possivelmente não irão acreditar, mas sim, ela realmente gostava da selena, mas a explicação "plausível" está no segundo livro e então vocês irão entender as razões pelas quais ela agiu dessa maneira esse tempo todo.

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all the love.