eigth | you loved me when no one else loved.

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Selena Gomez's Point of View.

Califórnia, Los Angeles, EUA
07h40min AM

cinco meses depois.

             se passou tanto tempo. Tanto tempo que minha mãe está naquele hospital com uma doença que não vai ter como curar. De fato, a doença de minha mãe é maligna e com isso eu quero dizer que eu vou perder minha mãe, a única pessoa na qual me resta.

Abraço meus joelhos, colando-os ao meu busto coberto pela blusa banca com alguns botões superficiais. E no fim, eu sei o que me dói. Não me dói o fato de eu estar sozinha, não me dói o fato de ir dormir sem antes receber os beijos dela. O que me dói é saber que eu nunca mais os receberei. E então, quando eu chego lá para vê-lá tudo que ela consegue questionar-me é se eu sinto-me bem, se eu tenho alimentado-me direito. Ela ao menos menciona sua doença. Todos os dias depois das aulas eu vou vê-lá. Deito-me ao seu lado na cama hospitalar e cantamos juntas baixinho. Por segundos, eu volto no tempo, em um bom tempo quando éramos uma família, apenas nós duas. E tudo que eu sei é que eu a amo mais do que minha vida.

Ouço o sino ecoar por cada milímetro da instituição escolar, fazendo com que alguns alunos fossem concluir o restante de suas aulas e alguns, assim como eu, foram em direção a seus armários pegar algumas de suas coisas e ir embora da escola e logo ir para suas vidas perfeitas, o que visivelmente não incluía a mim.

Considerando o dia ensolarado, presumo que a maioria dos alunos que neste momento atravessam o enorme portão dá escola, seguiram para a praia, o que não ficava tão remotamente longe daqui. Eu apenas ponho a mochila de colocação preta em minhas costas e ando até o ponto de ônibus mais próximo. Lendo algumas linhas das páginas do livro o qual encontra-se em minhas mãos, não sou capaz de ver quem parava com um carro diante de mim, a menos é claro, quando ouço a buzina perto demais de mim.

Os olhos castanhos claros brilhavam em excesso de diversão, o sorriso dançava em seu perfeito rosto. Por um segundo, me permiti sorrir também.

— Está me perseguindo? – perguntou alto o suficiente para eu ouvir. Gargalhando, pus minha cabeça para trás.

— Na verdade não, eu estudo bem ali. – aponto em direção a escola.

— Entendo. – riu. – Então, quer uma carona?

— O quê? – rio nervosamente. – Não. Não precisa. Eu posso esperar o próximo ônibus.

— Qual é, Selena! Eu estou bem aqui e estou de carro te oferecendo de bom grado uma carona e minha companhia indispensável, por quê recusar?

Olho-o por demasiados segundos, ergo uma sobrancelha para ele e apenas concordo com seu ponto de vista, ridículo, mas posso considerar. Ele salta para fora do carro e abre a porta do carro para mim.

— Obrigada. – sorrio.

Ele volta para seu lugar e olha para mim.

— Para onde, madame? – brinca.

— Para o hospital Valley Health. – ele olhou-me por alguns segundos, estranhando o destino pela qual lhe falei, mas não questionou nada.

Instalou-se um silêncio agradável no ambiente, não dizíamos nada mas também não havia o que dizer.

— E seus irmãos? Como estão? – ele olha para e sorri.

— Eles estão bem, obrigado. Eles gostaram bastante de você, acredite.

— Isso é muito bom. – é minha vez de sorrir. – São umas ótimas criança, além de tão bonitas. Deve ser bom ter irmãos.

— Em alguns momentos, é sim. Mas o bom é que você não se sente sozinho. – internamente, eu concordo. Eu sei bem como é passar sua infância sozinha.

Minutos depois, ele estacionou a alguns metros de distância dá entrada do hospital e virou-se para mim sorrindo minimamente.

— Está entregue.

— Muito obrigada pela carona, Justin. Obrigada mesmo.

— Não precisava agradecer, latina. – piscou-me um de seus olhos bonitos.

— Como sabe minha nacionalidade, Bieber? – rio um pouco.

— Basta olhar para você, latina.

Saio de seu carro e aceno para o mesmo, que em questão de segundos desapareceu de minhas vistas. E então, silenciosamente, eu peço para que eu não me apaixone por ele. Entrando lentamente no elevador, eu ponho minha cabeça encostada na parede e solto um longo e alto suspiro, só então sou capaz de perceber que em todo momento que eu estava dentro do carro mantive minha respiração presa. Eu estava visivelmente nervosa.

Ao chegar na recepção, pego meu crachá de visitante e ando em direção ao quarto que minha mãe encontra-se. Bato na porta e abro-a minimamente, o suficiente para vê-lá de olhos fechados. Fecho a porta atrás de mim ao entrar no quarto, deixo minha bolsa sobre a poltrona e me aproximo dá cama, tiro meus tênis, ficando apenas de meias e deito-me ao lado dela, mesmo com toda aquela aparelhagem, mesmo com todo aquele cheiro hospitalar, bem no fundo eu posso sentir o meu cheiro preferido nela.

— Olá, querida. – sua voz soava baixa.

— Olá, mamãe. – fecho meus olhos, apreciando o contrato de suas mãos com os meus fios escuros.

— Como foi na escola? – seus toques contínuos me fazem querer dormir.

— Foi tudo bem, mamãe. Como a senhora sente-se hoje?

— Estou bem, querida. Ver você deixa-me muito melhor. Obrigada por vir aqui.

— Eu nunca vou deixar de vir até aqui e ver como você está. Você me amou quando ninguém mais amou, e eu serei eternamente grata por isso, mamãe. Você me viu quando ninguém mais viu, você viu o melhor de mim mesmo que eu não o via e, mais uma vez, eu serei eternamente grata por isso.

Notas da Autora:

ALO ALO

eu amo a relação de mandy e selena. é muito triste para mim fazer com que ela morra, principalmente quando é bem visível que elas se amam tanto. quem leu a primeira versão sabe que não era assim mas eu gostei muito mais desta versão. ela mostra muito mais a relação de uma filha com sua mãe que a está perdendo.

all the love.

heartbreaker • jelena [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora