1. Promessas

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A última mesa do bar foi a minha primeira escolha daquela noite. Depois passou pela bebida e mais bebida e mais, até que eu não estivesse quase nenhum consciência do que estava fazendo.
Podia ouvir algumas pessoas a minha volta rindo e se divertindo enquanto meu estado se tornava cada vez mais deplorável diante da única luminária pendurada encima da minha mesa, que era a única iluminação que eu tinha no momento.

Estava tão feliz a meses atras, mas hoje, tudo o que eu poderia queria seria a morte. Não o suicidio, eu era covarde demais para conseguir me machucar de qualquer forma ou tomar algum, mas poderia esperar sentado no trilho de um trem enquanto ouvia seu barulho se aproximar cada vez mais.

Infelizmente na minha cidade não tem nenhum trem, então essa possibilidade já não me era válida.

A nicotina e o álcool era as únicas coisas que meu corpo ingeria a dias. Ja conseguia sentir o efeito disse tudo sobre meu corpo, mas eu já não me importava mais.

O motivo de minha de todo esse desespero pela morte e meu estado emocional completamente destruído tinha nome, endereço e sorriso e corpo lindos. Park JiMin fora a razão da minha destruição desde minha infância e, as consequências? Estavam todas transbordado em mim e enchendo meu copo de qualquer substância tóxica que existisse naquele estabelecimento.

Park era meus irmão mais velho desde meus 3 anos de idade, quando fui adotado por seus pais de sangue.
Nossos pais nunca fizeram nenhuma distinção entre a gente, o único problema era que, depois dos 12 anos, a única pessoa que eu quis tocar e que me tocasse.
Mesmo sendo um ano mais novo que ele, sempre senti nossos amor tão inocente quanto quando éramos mais novos.

Nosso amor. Isso era tudo que me fazia sofrer desse jeito.

Park estava prestes a se casar por pura ganância e interesse de nossos pais. Puro egoísmo.

E o pior de tudo, ele concordava com isso.

Toda a bebida que eu consumia era pra esquecer que um dia isso tudo aconteceu, mas tinha certeza que isso não iria acontecer.
Eu amava meu irmão como de ele pudesse ser um dia meu, mas isso nunca aconteceria.

Mas uma vez sai aos tropeços do barzinho. Era a quarta ou a quinta vez que me encontrava daquele jeito.
Sabia para onde deveria ir, mas o última lugar onde queria voltar era minha casa.
Andei pela rua enquanto meus pés me guiava para qualquer lugar. As únicas coisas que estavam comigo era uma garrafa de bebida em uma mão e na outra minha última cartela de cigarro daquele dia. No meu bolso de trás ainda estava meu cartão de crédito.

Pouco tempo depois cheguei a minha casa a pé mesmo. Fiz questão de bater à porta de entrada ao passar por ela.
Park estava no sofá, adormecido depois de, provavelmente, levar sua linda noiva em casa.
Tudo o que eu já estava acostumado a ver aos finais de semana.

Instantaneamente assim que ele ouvi o barulho, se levantou do aconchego do sofá e caminhou até mim. Ou menor, até o final da escada que eu avia acabado de terminar de subir.

Senti seu olhar queimar em minhas costas como fogo, então descido me virar.
Normalmente ele não pronunciava nenhum palavra ao me ver.
Em todo aquele tempo apenas ouvi JiMin chorar ao meu lado até adormecer depois de mim.

Não era o caso daquele dia.

Pela primeira vez ouvir meu nome ser pronunciado por sua voz com tanta mágoa, ou raiva, que por um segundo e apenas um segundo senti meu estômago se revirar e meu coração doer.

- O que? Vai me dar ser sermão? Agora conseguiu me notar? - perguntei irônico, logo depois virando o último gole do álcool em minha garrafa. Minha voz estava claramente alterada pela minha embriaguez, e meu corpo não permanecia parado no eixo enquanto eu tentava me manter em pé no topo da escada.

- Jeon, chega! Eu simplesmente cansei - ouvi, também pela primeira vez, ele gritar comigo. As lágrimas que escorreram pelo meu rosto foram automática e eu mal podia as controlar.

Depois disso tudo o que eu pude fazer foi o olhar. Mesmo com a visão embaçado conseguia o ver também me fitando pelo que me pareceu tempo demais.

- Você é sensato demais para notar o que eles estão tentado fazer. Quer a família perfeita? O casamento perfeito? Acha mesmo que isso existe, Min? Eu faço questão que saiba que na sua vidinha perfeito, o seu irmão será um grande problema, até eu conseguir que me mate - pronuncie as palavras de forma clara, apesar de toda a situação. JiMin era quem estava me mandando aos poucos e eu precisava mostrar isso, mesmo que as consequências caíssem apenas sobre mim.

- Está feliz assim, Jeon? O que acha que eu deveria fazer então? Se ponha no meu lugar e me diga. - sua voz voltou a ficar baixa, mas consegui notar um leve embargar ao final de cada pergunta.

Ele sabia que eu não tinha resposta para aquilo. Que mesmo que eu pensasse por dias não teria, porquê eu simplesmente nunca tinha passado por nada parecido.

- Tudo o que eu queria que fizesse, era que nunca me deixasse assim como me prometeu quando cheguei aqui.

Lie - JiKookOnde histórias criam vida. Descubra agora