"Please guide me...
Please stop me...
Please let me breathe "
— Lie - PJM.Apesar da noite estar extremamente fria eu estava, pela primeira vez em tempo, feliz. Nem mesmo o vento gélido que tentava tocar nossas peles podia me fazer conter o sorriso pq r baixo dos tecidos.
Dessa vez eu não estava sozinho, tinha JiMin ao meu lado e, apesar de ser o mesmo bar que vinha frequentando todos os últimos fins de semana, dessa vez não sai cambaleando pela rua até em casa.Assim que passamos pela porta de saída, senti um dos braços dele envolver a parte de trás do meu pescoço, enquanto sua outra mão permanecia dentro de seu bolso.
Uma risada boba saia de ambos e apostava que nem mesmo JiMin sabia do que estávamos rindo exatamente.Ambos usávamos jaquetas super grossas, luvas e máscaras para esquentar - ou tentar amenizar o frio -, mas vez ou outra se via uma fumacinha saindo dos nossos lábios, ultrapassando o tecido. Mesmo com todo aquele "equipamento" de inverno.
Independentemente do frio, logo fomos obrigados a nos separamos. Park teve a genial ideia de trazer o carro, já que não era muito fã de bebida e, aquela altura, só poderia o agradecer - além de ter o deixado próximo ao local de onde avíamos acabado de sair.
Apesar de toda a diversão que estava tendo, Min não estava tão mergulhado de cabeça - ou melhor, de corpo inteiro - quanto eu me sentia.
No exato momento que percebi, talvez eu estivesse ainda meio paranóico pela pouca bebida que consumi, mas a diferença entre nós fora óbvia assim que entrei no veículo - logo depois dele - o vendo fitar o celular, como se esperasse alguma ligação.Não demorou muito para que o aparelho tocasse logo depois disso, porém o alarme fora apenas uma mensagem de texto simples.
Uma simples mensagem de texto.
O caminho todo se tomou silencioso a partir dali.
Park nem mesmo conseguia corresponder ou sustentar os olhares que eu o lançava. Só então conseguir perceber que algo a mais tinha acontecido e que aquela não tinha sido apenas uma mensagem de texto.O tempo que levou para chegamos em casa parecia duas vezes mais duplicado do que o tempo real e cada minuto de silêncio parecia infinitamente eterno.
Sabia de algum modo que depois de passar pela porta de entrada não o veria mais sorrindo para mim como a poucos minutos dali.
Logo para mim.
Ele foi novamente o primeiro a sair do carro depois de estacionarmos na garagem e da porta fechar, no entanto nem chegou a olhar para trás. Parou na porta poucos metros depois, como se me esperasse, porém eu não sai. Permaneci no mesmo lugar, como a estátua que estava desde o meio do caminho.
Além de tudo, sabia quem estava lá dentro e a última coisa que queria era ver aquela linda carinha de anjo da noiva do meu irmão.
Até mesmo em pensamento essa expressão me soava mal e a única coisa que queria naquela momento era voltar no tempo minutos antes dali.Foram mais alguns eternos minutos até eu finalmente ficar sozinho na garagem de casa. Mal tinha coragem de entrar onde vivi por toda a minha vida. Essa vontade tinham me arrancado a tempos.
Algo gritante me dizia que havia algo de errado.
Depois de decidir soltar o cinto de segurança e abrir a porta, o clima todo parecia cada vez mais lento.
A cada passo que dava em direção à porta, minha vontade de voltar para trás só aumentava ainda mais.Cada vez mais quebrado por dentro.
Passei por essa, dessa vez a única coisa que me separava dos lindos pombinhos ali era apenas mais uma porta.
JiMin parecia nervoso ao sussurrar em resposta a YongSun, parando ao me ver girar a maçaneta e passar pelos dois.
Não estava em condições físicas de correr para o meu quarto, então apenas lancei um sorriso simples a ela e continuei normalmente andando pela escada.Não demorou muito para que eu a ouvisse falar novamente.
— Sim, eu tenho certeza, Min... Apesar de ser muito cedo ainda, nossa família está bem completa agora! - ao término da frase senti meu estômago se revirar e minha cabeça latejar, me fazendo travar. Podia sentir o animo da garota sendo lançados pelos ares até mim.
— Kookie, está bem? - dessa vez a voz de Park veio em direção à mim, me fazendo negar com a cabeça e forçar meu corpo a continuar. Ele estava claramente muito mais preocupado comigo e com ela falar baixo do que de costume.
Yong tinha feito questão de não falar tão baixo quando JiMim sobre o assunto - disso eu tinha plena consciência, fazendo minha imaginação trabalhar em milhares de hipóteses e teorias, apesar de tudo estar incrivelmente óbvio em sua fala.
— Não esquece de contar depois que ela será titio daqui a alguns meses...
Milhares de hipóteses até ali.