O emprego

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Na mansão Maldonado Celina estava lendo um livro quando sem querer  se viu lembrando do seu passado, ela era outra vez à jovem ingênua e cheia de sonhos que chegou em casa depois de uma longa viagem ao exterior , em seu primeiro dia em casa,  ela o conheceu, se lembrava como se fosse hoje, o que ela sentiu ao ver aquele rapaz que trabalhava na mansão cuidando do Jardim
Não conseguia tirar os olhos dele, porque ele era lindo,  negro  belo como um príncipe .
—Então a senhorita é a filha do patrão? —Ele quis  enquanto cuidava das rosas.
—Perdoe--me estava distraída, sou sim, prazer Celina— Ela falou  sem graça.

—Senhora, está me ouvindo— Chamava a empregada, vendo que a patroa estava estranha.

—Desculpe-me Amélia, estava longe daqui ,lembrando coisas do meu passado— Ela comenta  triste.

—A senhora fica muito triste quando se lembra dessas coisas dona Celina , vim lembra-la que tem uma reunião está tarde na corretora, seu sobrinho Bernardo ja a esta esperando— Ela informou .
—Sim, claro diga para ele que  já vou descer— Ela falou indo se arrumar.
Na casa simples Maíra estava feliz por ter conseguido a entrevista com a senhora Michallane Assunção, esperava conseguir este emprego, não queria mais continuar dependendo dos pais, eles ja haviam feito tanto por ela,  pagaram seus estudos e cursos,  mesmo tendo poucos recursos, nunca mediram esforços para cuidar dela e os amava por isto —Ela pensava colocando sua saia preta e camisa branca e o blazer, queria causar uma boa impressão a senhora, Megan fora muito amiga ao ajuda-la a conseguir essa entrevista, o negócio agora era torcer para dar tudo certo— Ela pensava pegando a chave do carro e se despedindo da mãe dizendo.
—Mamãe torce para dar tudo certo, tchau— Ela falou indo para a garagem e abrindo o portão da casa e saindo.

—Boa tarde, a senhora Assunção esta me esperando— Ela  falou  olhando para aquela sala que era enorme e linda.

Percebi o olhar daquele empregada para mim, como se disse que por ser negra não deveria se quer vir para a entrevista para ser a governanta da mansão

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Percebi o olhar daquele empregada para mim, como se disse que por ser negra não deveria se quer vir para a entrevista para ser a governanta da mansão.
—Com licença ,vou avisar a senhora Clara de sua chegada, pode aguardar aqui —Ela falou saindo e me deixando sozinha.
Eu vi os porta retratos sobre a mesa com fotos das crianças, elas ainda eram bem pequenas— Ela  pensava sabendo o quando de responsabilidade implicaria em conseguir o emprego naquela casa, o mundo dessa gente rica é bem diferente do meu, mas sei que tenho qualificações adequadas para o que a função vai exigir —Ela  pensava tensa esperando aquela mulher descer.
—Dona Clara,  a tal candidata ja chegou—informou   Lalinha entrando no quarto da patroa depois de bater na porta.
—Pode ir, eu ja vou descer— Ela garantiu .
Na sala de estar ela desceu a escadaria e logo viu a jovem que era uma negra muito bonita e a primeira vista parecia educada .
—Senhorita Maíra?— Perguntou Clara estendendo mão para ela.
—Prazer, a senhora deve ser a Dona Clara— Ela  falou  meio intimidada,a mulher era muito elegante e indicou a cadeira para que eu pudesse me sentar, estamos agora no escritório da mansão que era uma espécie de biblioteca com um coleção maravilhosa de livros.

—Tenho todas as suas qualificações e estou disposta a lhe contratar senhorita Maíra , gostei que tem formação em pedagogia,  como sabe tenho dois netos pequenos e eles dão um trabalho, sabe como é,  meu filho é um homem muito ocupado, digamos que ele não tem muito tempo para estar com os filhos e a mãe das crianças também não é muito presente,  minha ex-nora é modelo, devo dizer que ela é mais preocupada com a carreira do que com essas crianças —Clara falou queria deixar a mulher ciente de tudo naquela casa.
—Entendo senhora— Ela  falou ,  mas não entendendo como duas pessoas podem não ligarem para os próprios filhos— Ela  pensava enquanto via a empregada entrar com uma bandeja com duas xícaras de café.
—Adocante ou açúcar senhorita Maíra? —Ela  quis saber,gostando do que estava vendo, a jovem era educada, simpática e conhecia as regras de etiqueta, ela era perfeita para o cargo.
—Adocante senhora, mas como eu ia lhe dizendo  estou gostando muito da proposta de trabalho— Ela falou .

—Que bom querida,  porque o emprego ja é seu,  venha quero lhe mostrar a casa e também quero que conheça os meus netos Nick e Nicole —Ela falou enquanto se levantava daquela mesa.

Na cozinha Lalinha tirava a bandeja da mesa e colocava na pia e disse furiosa.
—Não acredito que a senhora Clara vai contratar essa mulher, tia ela é uma negra, agora estaremos sobre as ordens dela— Ela falou toda preconceituosa.
—Lalinha que preconceito absurdo é este, ela pode ser negra, mas se está qualificada para o cargo não vejo porque  não pode ser contratada— Falou Fabíola,  não gostando do jeito da sobrinha.
—Achei a senhorita Maíra muito linda e simpática, se ela vir trabalhar aqui tenho certeza que nós tratará muito bem— Raul comentou.

Depois de conhecer a casa toda, elas estavam no Jardim, perto da piscina quando a babá chegou os as crianças.
Eu escutei a voz da menina dizendo.
—Não falei para você que ela era preta, papai diz que a gente não pode gostar de gente negra.
—Que bobagem é essa Nicole, peça desculpas a senhorita Maíra—ordenou  a avó Irritada com o comportamento da menina.

—Deixe,   senhora— Ela pediu  se abaixando para ficar perto da criança e acabou  dizendo.
— Sou negra sim, tenho orgulho da minha raça, seu pai deveria ensina-los que independentemente da cor todas as pessoas são iguais —Ela falou  com cuidado.
—Mas a namorada do meu pai vive dizendo que os pobres nasceram para nós servirem e para serem os nossos empregados— A menina falou.
—Nicole vá para o seu quarto —A avô mandou  brava.
—Leve eles para o quarto Tatiana— Pediu  a senhora constrangida com as palavras da menina, o que a senhorita Maíra estaria pensando agora —Era  pensava olhando para ela.

—Não se preocupe senhora, as crianças constumam ser assim mesmo,  eles são autênticas —Ela falou .

—Então Maíra quando pode começar? —A velha senhora indagou  .

—A senhora está falando sério, o emprego é meu?— Ela quis saber   feliz.

—É sim, venha vou lhe mostrar o seu quarto, espero que não se importe, mas fica perto do quarto das crianças —Ela falou abrindo a porta e eu vi o quarto achando maravilhoso e luxuoso para uma empregada como eu iria ser naquela casa.

Alguns dias depois

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Alguns dias depois...
Hoje já faz um mês que estou trabalhando na mansão dos Assunção, o trabalho tem se mostrado desafiador, comandar tantos empregados, resolver problemas na administração da casa e principalmente conseguir se aproximar das crianças, elas são tão arredias apesar de serem tão pequenas, mas para mim o que mais pega é o fato de ter que me sentar a mesa com a senhora Clara e logo será com o tal filho que ainda não conheci, ele chega hoje de viagem, sei apenas que seu nome é Valente— Ela  pensava ouvindo um barulho de um carro chegando.
E voltou  para a sala para recepcionar o visitante, afinal a senhora Clara tinha ido a casa de uma amiga.
Abriu a porta e ficou  paralisada, porque o visitante era ele,  o homem daquele dia do carro e agora, o que faço.................. ..

Queridos leitores capítulo novo saindo espero que gostem comentem e deixem votos beijos

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