Dia dos pais.

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Esse micro-conto, fiz para desafio da oficina literaria, jardim literário, e por achar fofo, decidi postar aqui. Vou postar outros que fiz aqui. Espero que gostem.

 Espero que gostem

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DESAFIO: DIAS DOS PAIS 

Nadava entre os pequenos Sereianos como eu, que entregavam seus presentes para suas mães, com muitas sereias em volta de mim não sabia para onde olhar ou encontrar alguém que queria, baixei a cabeça, não sabia quem era minha mãe ou por que ela foi embora apenas sabia que o desenho que tinha iria dar para alguém especial para mim, e assim nadei entre aqueles Sereianos procurando meu pai, mesmo que no fundo minha "mãe" não fosse uma sereia e sim um belo tritão poderoso e assustador, tinha orgulho de quem me criou e sorriria sempre para ele. Com aquele pedaço quadrado de pedra com um desenho feito com tinta de polvo, fugi da multidão olhando para todo os lados e assim encontrando quem eu queria.

Sorri animado e assim nadei o mais rápido possível rumo aos seus braços. Pai Hardar era importante para mim e não o trocaria por nenhuma mãe nesse oceano, o amava e um dia seria como ele, forte e tão belo quanto.

Senti seus braços em volta de mim em um abraço, bagunçando meus cabelos negros como os dele, papai fitou-me notando o presente que trazia para ele, não podia dar muito para ele, todavia, esperava que fosse o suficiente para fazê-lo sorrir e gostar, era importante para mim fazê-lo sorrir, apenas isso. Animado me aconcheguei em seus braços dando minha pedra para ele ver o desenho que tinha feito, deitei minha cabeça em seu peito forte ao vê-lo pegar a pedra e sorrir. O desenho que escolhera era algo simples, apenas as marcas de minhas mãos com tinta grudenta dos polvos, estava um tanto borrado, porém, papai beijou o topo de minha cabeça e agradeceu. Sua presença, seus ensinamentos valiam muito mais que mil sereias mães para mim, minha mãe era Hardar, meu pai era Hardar.

Sorrindo puxei seu outro braço me encolhendo em seus braços para uma pequena cochilada para volta de casa como fazíamos sempre, desde que todos ao verem meu pai, se afastavam para abrir caminho, lembrava do dia que tocaram pedras em mim por ter a pele albina, foi a primeira vez que vi uma parte do poder de meu pai, foi o dia que decidi que queria me tornar um guerreiro forte como ele.

— Te amo, papai — sussurrei baixinho fechando meus olhos, sabendo que não precisava me preocupar com mais humilhação. — Feliz dia das mães.

O ouvi rir baixo, e assim me apertar mais em seus braços.

Triton - contosOnde histórias criam vida. Descubra agora