Livro dedicado aos pequenos contos comemorativos do livro Triton.
Livro Triton: http://my.w.tt/UiNb/FAJaLyOhtA
Capa é natalina, porém, vai ser vários contos em datas comemorativas.
Trago para vocês mais um desafio que fiz na oficina literária, jardim literário. Desafio de dia dos pais, um desafio triste, então preparem-se.
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Fitei em direção a Triton que corria pelo corredor, feliz, em direção aos braços de Hardar que o recebia com muito amor. Carinhos foram trocados, enquanto as mãos fortes de Hardar acariciavam as madeixas escuras de meu tritão albino.
Tio Hardar tinha ficado alguns dias no mundo dos deuses e isso fez meu Triton ficar muito cabisbaixo, sem seu pai ao lado ele parecia perdido e triste mesmo quando estava do meu lado. Admitia que sentia uma pontada de inveja dele, ter um pai tão protetor, carinhoso e que passou toda sua vida ao seu lado o amando e o ajudando, um pai que não hesitava em fazer tudo por ele, até mesmo enfrentar deuses poderosos para mudar o destino de seu próprio filhote.
Existia momentos que me pegava invejando essa relação deles, invejando Triton por não ter apenas um pai desses, mas sim dois.
— Aiken? — Pisquei saindo de meus pensamentos tristes. — Aconteceu algo? — Triton perguntava com preocupação.
Sorri gentil.
— Apenas me perdi em meus pensamentos. — Omiti algumas partes.
Pensamentos que fizeram meu peito doer...
Triton avaliou-me ainda com seu semblante preocupado. O que mais amava naquele tritão era sua bondade, mesmo que alguém tocasse pedra nele, Triton nunca revidava com outra pedra, mas com amor, gentileza e uma segunda chance, como ele fez com Mukay.
— Vá ficar com Hardar, você estava com saudades — disse tentando sorrir o que conseguia para convence-lo.
Porém, como imaginava de me amante ele conhecia-me mesmo com uma máscara.
— O que aconteceu? — perguntou. — Eu vi sua expressão tristonha, algo que é raro ver em você. Então, conte-me. — Sorriu ele.
Desviei o olhar, nunca me abri tanto assim, era dolorido me fazendo me fechar até mesmo para Hardar quando tentava fazer o papel de pai para mim, todavia, a verdade era que doía ainda mais ver que precisava de alguém que nem tinha meu sangue para tentar apagar a tristeza em meu coração. Se Erial tivesse sido um pai um pouco atencioso, já estava mais do que satisfeito.
Tudo que fazia era para conseguir um único sorriso gentil, um parabéns, ou até mesmo, fez bem, meu filho. Cresci tentando seguir seus passos, querendo ser exatamente sua copia para a cada dia, mês, ano, me ver ainda mais afundando naquele mar.
Erial cada vez mais virava as costas para mim, cada dia seu ódio por mim crescia e nem sabia o motivo.
— Apenas... me pergunto se sou um bom pai para o Akon... — Não consegui chegar onde deveria.
Triton piscou.
— Akon te ama demais! — Ele exclamou. — Você é um ótimo pai e duvido que ele iria querer outro que apronta junto com ele, lê para ele, canta, caça o peixe que ele mais adora! — Triton listava tudo que costumava fazer diariamente para meu filhote. — Você é o melhor pai!