Cap 4- Aquele com a noite de natal

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"Oh, Christmas lights
Light up the street
Light up the fireworks in me
May all your troubles soon be gone
Those Christmas lights, keep shining on"
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Dezembro é um mês que parece que começa no final. Quando chega dia vinte e quatro é que a ficha começa a cair que é o último mês do ano. Junto com isso vem reunião de família, troca de presentes, promessas que provavelmente não serão cumpridas.

Hoje é véspera de natal, Inácio e sua família vão passar o Natal aqui em casa. É sempre assim. Nós só revezamos o local da festa: Um ano aqui, no outro na casa deles.

Quem não gosta muito disso é Nicolas. Ele parece não ir muito com a cara do Inácio, só nunca consegui entender o motivo. Meu irmão sempre tenta ser educado com meu amigo, mas muita das vezes o sarcasmo acaba falando mais alto.

A noite não demorou a chegar, e com ela, nossos convidados também. Nick estava sentado no sofá da sala mexendo no celular, minha madrasta e meu pai estavam na cozinha resolvendo os últimos detalhes da ceia, ou seja, eu fui abrir a porta.

- Minha querida, que saudades! Recebeu o presente que te mandei? – disse minha madrinha Joana. Após eu dizer a ela que amei dou um abraço nela e cumprimento a todos.

Dei passagem para meus padrinhos e Inácio entrarem. Meu amigo veio falar comigo em um canto da sala com seu típico sorriso estonteante.

- Feliz Natal Julieta! – ele disse já me entregando um pequeno embrulho com um laço no topo perfeitamente colocado. - Espero que goste.

- Inácio, os presentes são só à meia-noite. Acho que você está um pouquinho adiantado.

- Eu sei. Mas é que eu estava muito ansioso para te dar esse presente. Abre! – ele disse ainda sorrindo e visivelmente animado.

Resolvi abrir logo, e quando o fiz me deparei com uma caixinha preta retangular de joalheria. Confesso que estava um pouco surpresa, não imaginava que seria isso.

Abri a caixinha. Nela se encontrava
um colar com um pingente meio oval e dentro dele havia uma foto nossa. Era muito lindo, e as pedrinhas que tinham nele se não estava enganada pareciam... diamantes?!

- Nossa Inácio... Que lindo! Mas, isso parece ter sido muito caro! Você é doido? Não precisava tudo isso.

-Você merece até mais que isso Ju... – disse agora sério. Ele me olhava intensamente. – Quer que eu coloque o cordão em você?

Concordo com a cabeça e me viro para ele colocar o colar em meu pescoço. Quando voltei a encara-lo ele ainda manteve seu olhar intenso sobre mim.

Olhei para cima e vi um pequeno visco. Todos sabem que quem fica embaixo de um tem que se beijar, é uma espécie de tradição.

Sei que Inácio me prometeu nunca mais tentar nada comigo, e que preferia ter minha amizade a nada. Porém eu não queria arriscar ele tentar algo que se arrependeria depois. Dei um sorriso amarelo, o beijei na bochecha e fomos ao encontro de nossas famílias.

...

Já havia passado da meia-noite, ou seja, chegou vinte e cinco de dezembro. Eu estava mandando mensagens aos meus amigos desejando a todos “Feliz Natal”, quando meu irmão veio até mim.

-Julieta! – ele chamou, ergui os olhos para lhe dar atenção- Eu preciso de um favor. Queria que me acobertasse enquanto ligo para o Pedro ali na varanda. – Ele disse sussurrando.

O Tempo Não CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora