Capitulo 1

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Não era muito tarde quando acordei, mas a minha cabeça sentia as dores da noite passada. Meu estômago estava revirado e o meu corpo não estava bem. A noite fria e longa não foi a mais agradável e o que eu realmente desejava era excluir todo esse sentimento de nojo e culpa. Talvez se eu não tivesse ingerido álcool, eu não estaria tão frágil.

Fiquei encarregada de tirar algumas fotos e mais tarde, eu estava na piscina com roupas íntimas e um homem me apalpando.

Loiro, alto, olhos negros e com um sorriso perverso no rosto. A única coisa que tenho certeza são as várias doses de vodka que tomei e as fotos da decoração.

- Claro, as fotos. - pensei alto indo em direção à sala pegar a minha câmera cruzando os dedos para achar alguma coisa que não tinha certeza se queria mesmo descobrir. A sensação da mão grande e pesada no meu corpo me fazia revirar o estômago enquanto, de todo jeito, tentava sair daquela piscina segurando o feixe do meu sutian com a mão direita e segurando com força a minha calça com a mão esquerda.

- Ei, tira a mão dela. - um outro homem diz tirando a jaqueta como se estivesse prestes a pular na piscina.

- Que isso cara? Eu estou apenas me divertindo. - olho pro cara loiro e por uma leve distração dele eu consigo nadar pra longe o suficiente.

Sinto uma mão suave nas minhas costas e me assusto. Quando me viro vejo aquele mesmo homem que estava prestes a pular e me socorrer.

- Tudo bem, tudo bem. Não vou te machucar. - ele diz me puxando com a sua mão pra me tirar da piscina.

O cara loiro ainda continuava na piscina fingindo que nada disso tinha acontecido.

- Pega. - ele diz tirando a sua jaqueta pra me dar e os seus olhos viajam pelo meu corpo quando ele percebe que estou olhando desconfiada, ele para e se fixa nos meus olhos.

- Obrigada, mas não. - digo tampando o meu corpo com as mãos.

- Sério? Vai querer andar por aí só com esse sutiã apelativo? - ele diz apontando pra todas as pessoas em volta.

- A minha blusa está... no fundo da piscina. - decepção é nítida no meu rosto. Meu olhar decepcionado olha pro meu corpo nú. - Ok, mas só porque eu estou com muito frio.

- Bom, demorou demais.

- Como assim demorei demais?

- Não vou mais te dar.

- Quer que eu implore? - grito ainda tampando o meu peito com as mãos.

- Ok, ok. - ele solta um pequeno sorriso. Meus braços estão cobertos com a sua jaqueta que ficou um pouco maior em meus braços. O cheiro dela era maravilhoso. - Quer que eu te leve pra casa? - ele diz colocando as mãos no bolso da calça preta que por sinal está bem apertada mostrando um grande volume na suas partes e...

- Ei? - ele diz me cortando dos meus pensamentos impróprios. - Não tenho todo o tempo do mundo. - ele diz olhando nos meus olhos.

- É... desculpa, mas eu nem te conheço.

- Eu salvei você da porra daquele cara e te emprestei a minha jaqueta.

- E daí? Isso não me convence.

- Não estou tentando te convencer.

Olho ao redor e apesar do calor dentro de mim por causa da bebida e de sua jaqueta, o meu corpo começa a se arrepiar de frio.

- Ok, mas eu preciso realmente da minha blusa.

Ele está olhando por cima do meu ombro e o seu rosto não mostra mais o seu sorriso.

- Olha, se você quiser ficar aí e tentar pegar a sua blusa, que aliás está no fundo dessa piscina e que com certeza você ira falhar em pegar, pode ficar, mas eu estou indo.

Em uma fração de segundos o seu humor muda.

- Porque está sendo tão grosso? Não te fiz nada.

- Mais que porra! Você vem ou não? - ele diz e passa por mim indo em direção a um estacionamento improvisado no gramado.

- Espera. - ando atrás dele e lembro da minha câmera. Preciso dela é o meu instrumento de trabalho, por mais que essa casa seja da Bella, eu não posso confiar nas pessoas daqui. - Ei! Calma. - digo tentando alcançar o seu ombro para te cutucar. Ele está andando rápido demais.

- O que foi agora? - ele diz se virando. Consigo enxergar os seus olhos vermelhos de sono ou talvez muita bebida.

- Não quero te estressar, mas preciso da minha câmera de fotos, deixei ela lá em cima na cama da Bella.

- Está bem, eu vou lá pegar.

- Sério? Não quer que eu vá?

- Não. Entra no carro e não sai de lá. - ele diz me dando as chaves.

- Espera, eu não sei qual é o seu
carro.

- É um preto com a figura de um violão no para-choque.

- Ok. - digo e me viro tentando
encontrar um carro preto no meio de... tantos outros carros pretos.

- Violão... violão... violão... ah, graças a Deus. - digo colocando as chaves no buraco da fechadura da porta. O coro gelado do banco me deixa com mais frio. Essa jaqueta não está adiantando muita coisa. O cheiro dela me faz querer muito beijar aquele cara... que? Nem o conheço. Parece que a vodka está fazendo efeito sobre os meus pensamentos. Quem será ele? Nunca o vi aqui na casa da Bella. E como será que ela tá? E como eu fui parar na piscina com aquele cara?

- Toma. - ele entra no carro me dando a minha câmera e corta mais uma vez os meus pensamentos.

- A Bella está lá? - pergunto enquanto coloco a minha câmera sobre as minhas pernas.

- De nada. - ele diz ligando o carro. - Sua mãe não te deu educação? - ele acrescenta.

- Obrigada. - digo recostando minha cabeça no banco e percebo um pequeno sorriso em seu rosto.

- Não, ela não estava lá.

Um silêncio reina e percebo os meu olhos pesados.

- Onde é a sua casa?

- Conhece o prédio Darcy? - respondo me despertando um pouco.

- Filhinha de papais ricos? - ele diz rindo e o seu sorriso parece bem maior do que antes.

- Não. - digo entre dentes.

- É um apartamento de rico. Ou você faz sexo por dinheiro ou roubou um banco. - ele diz olhando pra mim.

- Você é idiota ou o que? - pergunto olhando pra ele.

- Sou Harry. - ele diz e para em frente ao meu prédio.

- Obrigada pela carona. - abro a porta do carro.

- Ei? - ele me chama.

- Que? Vai fazer outra piadinha sem graça?

- Minha jaqueta. - olho pra ele e por um segundo me sinto uma idiota. Ele continua rindo.

- Desculpa. - tiro a jaqueta.

- Como se chama?

- Íris. - ele me observa mais uma vez.

- Como a íris dos olhos? - ele ri.

- Sim, devo esperar outra piada sobre o meu nome? - ele não me responde, apenas me olha atentamente e posso dizer que seus olhos tentam me entender. - Não vai pegar a jaqueta? - pergunto com a mão estendida através do vidro com ela em minhas mãos.

- Depois eu venho buscar.

- O que? como assim? - pergunto enquanto ele liga o carro e pisca o seu olho.

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Rainbow || Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora