Rainbow || Harry Styles

Capitulo 7

- Porque você é assim? - sua voz quebra o silêncio no pequeno espaço de seu carro.

Estamos parados em uma rua escura.

- Assim como? - meu corpo está virado pra frente, mas o meu rosto está em sua direção.

- Tenta parecer forte, mas no fundo seu coração é como se estivesse dentro de uma prisão.

Minha respiração aumenta quando as palavras saem de sua boca. Meus olhos estão arregalados e as minhas mãos estão suando. Como ele pode me entender em tão pouco tempo? Eu o vi poucas vezes, sendo essa a terceira.

- Porque você é assim? - ele repete sua pergunta.

- Talvez eu tente parecer forte pra mim mesma, já que não tenho ninguém pra me fazer acreditar nisso. - meu corpo se vira para sua direção. O contato dos nossos olhos é como uma conexão.

- E você acredita?

Não sei, eu realmente não sei.

- Não. - sinto uma pequena lágrima insistindo em sair.

As duras conversas com o meu pai ao longo dos meus vinte e um anos me recai as memórias. Abraços que não foram dados, apresentações nos dias dos pais que os meus olhos procuravam um rosto masculino e a única coisa que encontravam era a minha mãe, sentada com um pequeno livro de poesia nas mãos.

O dia em que vi ela saindo e indo pra longe de mim algo se quebrou. Eu não era próxima o bastante para lhe dizer eu te amo e muito menos ela dizia às palavras mágicas e isso afundava meu coração e me levava pra baixo. As poucas lembranças que eu tenho do meu pai é sentado naquele escritório. E da minha mãe, eram nossas conversas de cinco minutos antes de dormir. Ela me dava um beijo na testa e falava tão pouco, mas meu coração se alegrava com aquelas poucas palavras.

Com Steve era muito diferente, por parte do meu pai. Ele sempre estava disponível, enquanto pra mim sempre existia compromissos que não poderiam ser adiados.

- Tudo bem. Está tudo bem em apenas não ser. - as mãos de Harry estão quentes quando ele se aproxima acariciando meu rosto. - Não carregue essa fardo com você.

Eu não consigo dizer algo enquanto as minha lágrimas não param de rolar pelo meu rosto até seus longos dedos o limparem.

- Você não tem que se culpar em ser frágil. Nem sempre estamos pronto para batalhas. - seus olhos estão fixados nos meus e ele está mais perto de mim. Minha respiração volta ao normal. - E nem sempre somos fortes o suficiente para aguentar.

Ele é tão... ele apenas me entende e isso é uma sensação incrível.

- Obrigada. - eu limpo o meu rosto com as costas da minha mão. - Como você... como você me entendeu tão bem em tão pouco tempo? - suas mãos estão sobre minha coxa. - Ninguém nunca consegui. Acho que nem eu me entendia direto.

- Que bom que fui eu.

- Porque?

- Porque é bom saber que só eu te entendo.

- Porque?

Minha curiosidade quase não cabe dentro mim.

- Você não entendeu ainda? - ele diz se aproximando mais ainda. Estamos tão perto que posso ouvir seu coração bater. - Só eu te entendo e ninguém mais. Eu, somente eu. - seus lábios se pressionam contra os meus.

Seus lábios são doce e tem gosto de menta e o seu cheiro também. Ele me pega e em pouco tempo eu ultrapasso o pequeno espaço no carro que nos separava e estou em seu colo.