Complicações do parto.

6 0 0
                                    

Era um dia de sol forte, mas com previsão de chuva, eu estava observando a estação de trem e aquele trem havia parado no lugar errado, abriu uma única porta o que deu para notar q o mesmo estava completamente vazio, assim como a estação que escolheu pra parar, a luz do sol com certeza não deixa o cenário assustador como visualizei, mas acredite , o mal não se esconde só na sombras, se tivesse alguém naquela estação teria visto que a minha alegação do trem esta vazio era equivocada, um homem de altura mediana, bem vestido, e cabelo grisalhos andava por aqueles vagões e assim fez umas 2 vezes, como se quisesse verificar se estava mesmo sozinho, então quando teve essa certeza ele puxou uma arma e sem nenhum sinal de medo puxou o gatilho, apontado para própria cabeça, como uma pessoa normal imaginei que seu corpo morto caísse, mais isso não aconteceu, o velho continuou em pé como se nunca tivesse puxado o gatilho, sua feição agora não era de surpreso, e sim de indignado, como ele não havia morrido? Foi uma bala a queima roupa bem na cabeça. Uma segunda pessoa apareceu neste vagão, uma mulher, alta que ficava maior ainda com seus saltos, bem arrumado cabelos castanhos longos, se você a encontrasse na rua acharia que ela é alguma atriz ou uma empresária poderosa, mas naquele lugar, naquela situação ela parecia a própria morte, o ar que ela carregava, sem nenhuma expressão, agora completamente diferente da face do velho, q estava uma mistura de surpresa com admiração e medo, sem dúvida ele estava com medo! Então o velho começou a falar, não pude escutar o que ele disse, mas sem dúvida a mulher não gostou, seu rosto saiu de inexpressivo e demonstrou furiosa, então ela berrou, sua voz era alta e clara qualquer um escutava.

- Acreditou que seria fácil assim? Você me deve isso! O jogo para você ainda não acabou!
Depois do ataque de raiva ela se mostrou mais calma, e se aproximou do velho que estava mais assustado que antes e sussurrou em seu ouvido, o velho sacudiu a cabeça em afirmação, então asas apareceram na mulher, eram sem dúvidas belas asas, mas não daquelas que lhe confortam, elas faziam você temer, elas eram enormes mais cabiam no vagão, eram cinzas e com cicatrizes, com dois bater dessas asas a cabeça do velho caiu, ele não sentiu medo pois estava sorrindo, a mulher saiu do vagão, não sei o que o velho ofereceu em troca naquele dia, mas sem sombra de dúvida valia muito mais que ele. Os policiais chegaram horas depois de um trabalhador da estação ter feito a denúncia, estranhamente o caso foi dado como suicido, é o fato de senhor ter arrumado um trem, bem... ninguém perguntou.
Alguns quilômetros da estação, no hospital de santa Lúcia, a nossa mulher misteriosa estava pousando, acho que entenderam o que o velho ofereceu em troca de sua liberdade, alguém bem mais jovem, a sua neta que tinha acabado de nascer,a tal mulheres estava escondendo suas asas e assumindo a forma do velho, a! Me esqueci de lhes informar ele era um metamorfo, desceu as escadas e logo foi abordada por um médico.

- Sr. Fernandes! Estávamos procurando pelo senhor, o parto não foi nada bem, e sua filha está em risco de vida e insisti em falar com o senhor.

O médico falou de maneira formal e prosseguiu.

- Estamos fazendo o possível, mas não acredito que ela vá sobreviver!

Ele disse em um tom consolador, e a mulher disfarçada de sr. Francisco forçou uma cara de preocupação.

- Claro! Eu entendo doutor! Mas minha neta, como está?

Ela perguntou com a voz mais solene que se viu capaz de fazer.

- sua neta está incrivelmente bem, nela não houve nenhuma sequela do complicado parto.

O doutor acompanhou a mulher até o quarto da filha de sr. Francisco.

- Minha filha! Como se sente?

A mulher foi logo demonstrando um carinho inexistente, tanto por ela quanto pelo falecido Francisco.

O jogo dos anjosOnde histórias criam vida. Descubra agora