quando o amor se sentou ao meu lado na praça,
eu, com medo, o repeli.
quando o amor entrou comigo no ônibus,
eu o afugentei.
quando o amor perguntou o meu nome, eu disse um que não me pertencia
quando pediu meu número,
dei o de alguém que desconhecia
quando o amor resolveu pôr para fora palavras carinhosas
eu o mandei calar-se
quando ele já não era visível em mim,
senti uma angustiante paz brotar
quando avistei o amor se aconchegando em um novo coração
um que não temeu
um que o aceitou
senti-me inundada pela tolice
abraçada com o medo
pra quê temia o amor, se ele afasta a dor?
VOCÊ ESTÁ LENDO
infinita(mente)
Poetryo infinito possui um limite? a minha mente também não. desabo desabafando sobre a vida que não pedi. me despejo sob o papel, esperando ser colhida. #17 em poesia 15/02/18