About feelings | Supercorp

01. O universo mais azul

National City, 07:52 a.m.

Lena POV

Mais um dia que acordo assustada com o alarde do despertador, mas ao invés de desligá-lo, deixo-o tocar, como todas as manhãs.
Procrastinação é a palavra que me define nos últimos tempos, pois assim que sair da minha posição confortável, terei que levantar e começar o dia.
Eu sempre me considerei uma pessoa animada, apesar de todas as coisas ruins que me aconteceram. Perder minha mãe aos 4 anos. Ir morar com meu pai nessa mesma idade. Ganhar uma MÁdrasta, Lilian Evil (ganhar apesar de ser associado a presentes, nesse contexto, estaria mais para um presente de grego - sem ofensa aos gregos!). Perder meu pai no período da pré-adolescência. Crescer cercada de dinheiro, porém privada de todo carinho e amor de uma família.
Para não dizer que minha vida é só tragédia, igual às princesas Disney que sofrem com as vilãs. A única coisa boa é meu irmão Lex. Ou pelo menos era. Ele sempre me protegeu quando criança e ainda na adolescência. Porém agora... ele está mudado, quando olho para ele, não o reconheço.

Após me perder em pensamentos sobre meu irmão, finalmente me levanto e realizo minhas higiene matinais, acendo incensos pelo apartamento e vou tomar meu banho, me arrumando logo em seguida.
Olho para o relógio e já são 8:45. Apesar do apartamento ficar próximo a L-Corp (da qual assumi a diretoria a exatos um mês), eu não gosto de atrasar. Não é por estou no cargo mais alto da companhia que eu tenha benefícios.
Hoje, ao contrário dos 31 dias, resolvi ir de carro, ao invés de acompanhada do meu motorista. Afinal, era seu aniversário e deixe-o tirar o dia de folga.

Essa é a diferença entre mim e minha família do mal. Enquanto Lilian, junto com a Cadmus, não media esforços para exterminar todos os alienígenas da terra, inclusive a Supergirl. Lex, a cada novo semestre tinha um plano mais diabólico que o anterior para destruir Superman. Era uma guerra infinita entre Super e Luthor. Enquanto eu, só queria me manter longe disso e focar no Hospital Infantil Luthor, minha verdadeira alegria.

Chegando na L-Corp, Jess, minha secretária, me informou de todos compromissos do dia, inclusive uma entrevista à revista CatCo. Diferentemente das outras entrevistas que ocorriam todas em meu escrito, acabei decidindo ir até a revista, uma vez que há um restaurante maravilhoso na redondeza.

Durante a manhã mantive minha atenção voltada a uns contratos de suma importância para a corporação e por esse motivo não percebi a hora passar, estava ficando quase atrasada para tal entrevista. Levantei-me apressada, pegando apenas minha bolsa e fui até o estacionamento, dirigindo ao meu destino.
Percorri o caminho, abismada em como esse dia estava sendo repleto de atrasos de minha parte, algo muito incomum. Comecei a achar que poderia ser um sinal do universo.

"Será que o universo está te reservando algo para hoje, Lena Luthor?" - caiu na gargalhada com essa interrogação cósmica. "Eu realmente estou ficando louca mesmo. Se recomponha!"

Após ficar perdida entre pensamentos e constatações chego na CatCo. Entrego minha chave ao motorista, entrando em seguida no prédio e me dirigindo até ao elevador que dará no andar da sala de Cat Grant.

- Meus olhos não acreditam no que estão vendo. Lena Luthor, seis minutos atrasada! - diz Cat, quando sou anunciada por sua secretária.

- Oh, querida Cat, milagres acontecem, não é mesmo? Inclusive, estou aqui lhe dando a honra de minha presença. - digo isso em um tom brincalhão e caímos na gargalhada.

Conversamos durante uns trinta minutos, colocando-nos a par da vida uma da outra. Desde quando voltei para National City, não havia tido tempo para nada que não fosse a empresa. Andei muito ocupada ficando a par de todos os acontecidos e necessidades da mesma. Por esse motivo minha vida pessoal estava estagnada, fazendo exatos trinta e um dias. Não que eu fosse de muitos amigos e envolvimentos românticos, mas a Cat fazia parte do meu reduzido ciclo de amizade. E a respeito dos meus romances... Bom, esse eu já evitava a qualquer custo por tudo o que passei em meu último relacionamento. Então, digamos que nesse aspecto a empresa não estava me atrapalhando.

Durante minha conversa com Cat, meu celular começa a tocar. Peço desculpa e licença a mesma e quando me levanto para sair da sala para atende-lo, Cat grita algo que não pude compreender direito. Talvez tenha sido "KIERA?" Estou tão aérea pensando em como alguém poderia ter um nome assim, que não vejo quando uma outra pessoa está entrando na sala ao mesmo tempo que estou saindo e acabamos nos colidindo.

- Oh, d-desculpa Senhora! - uma voz tranquila me fala e logo estende a mão para me ajudar a levantar.

- Me descul...- mal consigo terminar a frase, quando subo meu olhar para frente. "Oh shit! Universo será você?"

O tempo simplesmente para ao meu redor. "Ok, Lena, vc já está sendo muito clichê". Mas quando olhei para aqueles olhos azuis, acompanhados de um sorriso tímido, tive a certeza que passaria a dar entrevistas semanais. Talvez diárias?
Só quando Cat pigarreia com a garganta que saiu dos meus devaneios e percebo que posso ter ficado muito tempo encarando a moça a minha frente, que ainda estava com a mão estendida e me olhando fixamente.

- Me desculpa mais uma vez Senhora Luthor, não foi minha intenção - diz a mulher a minha frente e me ajuda a levantar.

- Imagine, eu que esteva afobada e nem reparei que a senhorita estava entrando. - nós sorrimos.

- E por favor, me chame de Lena, me sinto com a idade de Cat, com a senhorita se referindo a mim como senhora. - digo rindo e ela me acompanha.

- Como você é engraçada Luthor, não sabia que nesse tempo fora de National City, você tinha se especializado em ser comediante. - diz Cat em um tom de ironia, mas logo acaba caindo na gargalhada quando me vê revirando os olhos.

- E você deve ser Kiera, certo? - falo me referindo a moça dos olhos azuis.

- Er... Errado, na verdade me chamo Kara Danvers, mas pode me chamar de Kara! - ela diz com um sorriso tímido, o qual eu também acompanho. "Cat Grant, deve ter problema. Kiera? De onde ela tirou isso?" Penso.

Se fez um breve silêncio até que a loira em minha frente fica corada e abaixa seu olhar, acabo acompanhando-a e percebo que desde o momento em que me ajudou a levantar, mantivemos segurando a mão uma da outra. Por esse motivo meu rosto passa de minha cor natural pálida para vermelho fogo. "Meu Deus, parece que ficou quente de repente."

~•~

Oi gente! 😬
Bom, essa é minha primeira Fanfic e espero que vocês tenham paciência comigo. Por favor! 🙏🏼
Também gostaria de opiniões, pq estou escrevendo para nós, amantes de Supercorp, então o ponto de vista de vocês, também será muito importante.
Confesso que já li varias fanfics maravilhosas e por esse motivo queria mudar um pouco o enredo, para não ficar cansativo. Sendo assim, conto com vocêssss 🙏🏼
Então vamos lá:
1. Kara terá poderes?
2. Sanvers ou Agentreign?

Por enquanto é isso.

Obrigada 🤓