Capítulo 12 - Perigo evidente - Parte 01

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Anahí escutou o recado de Denny com atenção, mas não conseguia entender o porquê da preocupação que notara em sua voz. Algo sério estava acontecendo e ela precisava saber o que era com urgência, mas não era a hora, precisava esperar até todos estarem dormindo.

Denny esperou, mas sabia que aquela noite não resolveria nada, precisava esperar Rodrigo ir para então conseguir se aproximar daquela casa e de quem vivesse nela. Após anotar algumas coisas ele se foi, no dia seguinte voltaria e aí sim começaria seu trabalho.

Rodrigo passou pela porta a fechando como havia sido instruído e então ao acender a luz o viu parado no canto, o rosto como sempre zangado.

─ O que foi que você aprontou dessa vez? – Questionou ao garotinho irritado a sua frente.

─ Eu não fiz nada, mas ela me bateu da mesma forma – acusou a beira do choro. Rodrigo respirou fundo, deixou seus pertences de lado e se abaixou o chamando, o menino que antes controlava o choro, agora desabou de vez ao correr até Rodrigo que o consolou em seu peito

─ Já passou, irei conversar com ela e não vai mais acontecer – o afastou secando as lágrimas. – Vá se trocar que o papai vai te colocar na cama hoje – O pequeno assentiu agora sorrindo, o pai lhe fazia falta. Correu animado para o quarto. Rodrigo apenas o olhou se afastar, a cada dia mais parecido com a mãe, isso era uma maldição. – Sarah – gritou ao tirar o paletó e logo uma moça baixinha de olhos e cabelos claros surgiu a sua frente.

─ Finalmente se lembrou que tem uma família aqui – Disparou e ele sorriu selando os lábios dela.

─ Por falar em família por que voltou a bater no Theo? – Questionou se acomodando no sofá, Sarah suspirou sentando a sua frente.

─ Você não deveria ter contado a ele que eu não sou a mãe dele, agora toda malcriação eu tento o controlar e ele me responde dizendo que não sou a mãe dele – Confessou e Rodrigo passou as mãos pelo rosto.

─ Ele precisa saber, ele precisa saber para escolher a mim na hora certa, já havíamos discutido isso, você mesma quem deu a ideia – acusou e ela abaixou a cabeça, não havia como revidar isso, ela havia mesmo dado a ideia, mas pensou que isso seria mais para frente.

─ Ok, mas precisamos resolver isso, ele me morde, joga as coisas pelo chão, está mais rebelde do que antes, não sei o que fazer, talvez seja a hora de colocá-lo em um colégio em tempo integral – sugeriu.

─ E você ficaria livre para sair com os caras que quiser? – Disparou enciumado e ela revirou os olhos.

─ Não! Talvez eu possa te ajudar a se livrar das irmãs e dos velhos, assim acaba logo isso e vamos embora desse fim de mundo. Rodrigo essa situação já está demorada demais, já tivemos muitos contratempos, dois filhos que você jurou a mim que nunca existiriam – Rodrigo esfregou as têmporas, ela tinha razão, já estava indo longe demais com tudo aquilo.

─ Temos um problema – considerou se deixando relaxar no sofá – Maria Fernanda que ir ver os pais e ver o sobrinho – deu ênfase ao sobrinho, Sarah arregalou os olhos – Eu não sei mais o que fazer, não tenho paciência com ela, não tenho como impedir sem levantar suspeitas. – Os dois se olharam tentando chegar a uma saída.

─ Talvez seja a hora de você sumir com a gente, vamos deixar isso tudo para trás, temos o Theo, temos o verdadeiro herdeiro aqui – Tentou Sarah, mas Rodrigo parecia avaliar a situação tentando uma outra saída.

─ Nos na verdade não temos nada – suspirou e Sarah se sentou passando as mãos pelo rosto – Anahí tem um processo rolando, eu não tenho como sair do pais, será questão de tempo até que ela consiga que eu me apresente com o Theo, ela terá direitos a visita e tudo mais, você sabe disso, já falamos sobre isso, sem o apoio do pai a coisa ficou mais difícil para ela, mas se ele resolver apoia-la, não teremos saída. Eu já paguei demais para esse processo se enrolar, fiz isso acreditando que conseguiria algum dinheiro do Alfonso, mas ele é esperto demais – argumentou.

Sacrificado RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora