lil' doll♣ {m.yg + j.hs}

一 the new beginning.

Contar as estrelas em uma céu azulado e límpido é um ato totalmente impossível, Hoseok sabia disso. As milhares estrelas que circundam o universo onde os seres humanos vivem são incontáveis aos próprios moradores do terceiro planeta do sistema solar em que Hoseok vive. Mas contar as estrelas no universo de Hoseok era mais fácil. Contáveis e especiais, era assim que ele as definiam.

Para Hoseok, seu próprio universo era composto por diversas estrelas as quais simbolizavam as pessoas que haviam passado e/ou continuavam em sua vida. Algumas estrelas brilhavam mais que as outras, outras já distantes e apagadas — mas ainda estavam lá —, haviam aquelas que eram estrelas gigantes, as quais se explodissem levaria Hoseok e tudo o que havia construído, durante seu pequeno tempo de vida, juntos.

Para si, Yoongi era uma estrela além da gigante, talvez até mesmo uma super gigante. Uma pessoa que, talvez, não fosse real, porém que esteve consigo desde sua infância. Hoseok não sabia como nomear Min Yoongi, mas ele, com certeza, não conseguia esquecer de seus sorriso adorável, corpo esbelto e cabelo macio. A mente de Hoseok criara o amor de sua vida e ele não podia fazer nada além de esperar para esse aparecer, se isso um dia acontecesse. E, no fundo, Hoseok pedia a cada estrela cadente que passava, durante sua contemplação ao céu, que Yoongi fosse real e que ele aparecesse.

Recentemente, o homem montara um grupo de autoajuda para pessoas com o mesmo transtorno que o seu. Ele sabia o que essas passavam, Hoseok havia sentido e sentia todos os dias em seu cerne enquanto engolia o remédio que aquilo tudo fora uma mentira boa criada por sua mente, por isso ele não aceitou tão facilmente a realidade. Ele compreendia que essas pessoas precisam de alguém real, de coisas reais e de sentimentos reais, os quais Hoseok estava disposto a oferecer com um sorriso grande e brilhante. Assim como sua mãe lhe dissera, Hoseok era a esperança daquelas almas.

Era um dia frio, quando Seokjin o convocou para uma conversa séria sobre o pequeno grupo formado a menos de dois meses, o doutor informara a Hoseok que tinha uma surpresa boa e que o ele queria contar pessoalmente, não pelo celular. Por fim, Hoseok se via andando a passos rápidos para o interior do hospital e, logo, para a sala do seu médico favorito — o qual era o da sua mãe também —. Ao chegar a porta do consultório, ele inspirou profundamente e expirou todos os pensamentos negativos que passavam por sua mente. Hoseok, por fim, entrou na sala com um de seus melhores sorrisos presentes encontrando com um Seokjin reluzente.

— Bom dia, meu querido filho. — Seokjin falou em tom de brincadeira, sabendo o quanto Hoseok amava ouvir que era querido pelas pessoas ao seu redor.

— Qual a boa notícia que não podia esperar outra sessão do grupo para ser contada? — questionou rapidamente sem ao menos perceber o quanto nervoso estava desde o momento que havia atendido o telefone.

— Uou. — Seokjin gargalhou encolhendo os braços e jogando seu corpo levemente para frente. — Não é nada para se preocupar, Hoseok-ah. Como eu disse, é uma boa notícia. Sente-se. Aceita café? — perguntou direcionando-se para a máquina que se encontrava no canto da sala, decentemente escondida para olhos desatentos.

— Sim, obrigado. - Hoseok disse ao se sentar e relaxar os ombros no encosto da confortável cadeira.

Hoseok estava ansioso pelas notícias sobre seu grupo, pois, há pouco tempo, ele havia descoberto que estava faltando dinheiro naquele ambiente. Ele precisava de cadeiras, talvez, uma mesa, ou mesmo objetos reais. Mas, com seu mínimo salário e sem ajuda direta do hospital, não era possível pagar por coisas tão caras. Hoseok descobriu que precisava de patrocínio e pediu a Seokjin para o ajudar nessa questão.

— Como eu disse... — Seokjin iniciou entregando a prometida xícara de café a Hoseok — a notícia é boa. Talvez, ótima ao seu ponto de vista. — Seokjin suspirou demorado, sabendo que aquele gesto deixara Hoseok tenso e curioso.