lil' doll♣ {m.yg + j.hs}

else.

Ao abrir seus olhos, Hoseok sente uma luz forte bater contra seu rosto, cegando-o por alguns segundos e fazendo-o tapar os, recentes, olhos abertos com as mãos rapidamente. Suspira por ter que fazer tal coisa e entreabre-os aos poucos, tendo a visão das paredes e teto brancos. Coça seus globos oculares uma última vez e bufa ao identificar o lugar que estava, Jung estava em um quarto de hospital, um dos lugares que ele mais odiava ir. Entretanto, lembrou-se de seu pequeno e varreu o quarto com o olhar na intenção de encontrar o seu menino esperando-o. Yoongi não estava no quarto. Hoseok estranhou e procurou pelo menor uma outra vez, ele deveria ter ido ao banheiro, certo? Errado. A única pessoa presente no quarto era sua mãe, aquela que nunca estava em casa para ele, aquela que ele quase não via. A mulher levantou-se as pressas ao vê-lo acordado e caminhou em passos largos até parar ao lado de sua maca.

- Filho! - acariciou o rosto puro do seu descendente e sorriu mínimo. Jung afastou sua mão e sentou-se na cama.

- Onde está o Yoongi? - pergunta preocupado com o seu menino. Jung sequer sabia ou lembrava o motivo de estar naquele hospital e nem queria saber, apenas queria o seu pequeno ao seu lado.

- O Yoongi? - a mulher suspirou e pensou por alguns segundos. - Eu tive que deixá-lo em casa, não havia como trazê-lo junto na ambulância e....

- Eu sequer deveria estar aqui e não faço questão que você esteja, da próxima fique em casa você! Se bem que você não para em casa em nenhum momento, até me espanto de estar aqui comigo quando ao menos se lembra que tem um filho. - diz tudo que estava entalado. Hoseok não poderia negar que sentia falta de sua mãe, obviamente ele sentia falta de uma alma mais velha o aconselhando e sentindo orgulho de suas conquistas, mas acostumou-se com sua ausência todos os dias.

- Não diga isso, Hobi... - a mulher tenta dizer abalada pelas palavras ditas pelo seu filho. Leva sua mão até os cabelos castanhos e tenta acariciá-los, porém Hoseok segura seu braço afastando-o e interrompendo-a.

- Não me chame de Hobi. Você NÃO é o Yoongi. - eleva sua voz enfatizando o "não".

- Mas... - a progenitora tenta o responder devidamente antes de ser interrompida.

- Por favor, não me enche com suas baboseiras. Eu já estou cansado. Por que você não some como sempre faz? - questiona sem medir suas palavras.

Logo, a mulher arregala os olhos surpresa e sente seus olhos encherem de lágrimas. Jung nunca tinha sido tão rude ao falar com ela. A senhora Jung não esperava aquelas palavras. Por fim, suspirou fundo e passou a mão no rosto evitando as malditas lágrimas de caírem.

- E-Eu preciso conversar com o seu médico. Q-Qualquer coisa, chame! - inclina-se na cama e deixa um selar no rosto do acastanhado ignorando seus resmungos.

- Até quando vai continuar com isso? Eu já disse que estou bem e não preciso daquelas merdas de remédios, eu tenho o Yoongi. - a senhora Jung suspira com birra do filho e sorri mínimo. Em seguida, deixa-o sozinho no quarto saindo em busca do médico de sua confiança pelos corredores extensos daquele hospital. Conhecia todos os lugares de tanto que já havia visitado aquele lugar, não era uma lembrança muito boa e nem algo bom de se saber.

🤐🤐🤐🤐🤐

- Doutor, eu não entendo. Já fazem meses que ele está assim e não aparenta melhora com a utilização de nenhum dos remédios. Ele está tendo tantas... - a mulher começa a chorar ao lembrar de seu filho em seus momentos de surtos e tudo o que estava ocorrendo naquela grande bolha de mentira. - Está tudo piorando. Ele-Ele acha que o boneco... - ela não conseguiria terminar a fala, pois os soluços prendiam a voz em sua garganta impedindo que nada além de ruídos estranhos saíssem de sua boca. 

- Senhora Jung... - o médico começa, mas recebe um olhar de reprovação da outra - ...quero dizer, Yeeun. A forma que está tratando de seu menino não trará melhoras algumas. O consumo dos remédios é inevitável para estabilizá-lo, porém, pelo o quê eu estou visualizando agora, a senho... Você não está o medicando corretamente, na verdade, eu não ficaria perplexo se dissesse que o menino não tomou ao menos um. Ao analisar o quadro dele e as poucas histórias que me contara nesse curto período de tempo, eu posso afirmar que o quadro do Hoseok piorou e eu dessa vez eu terei que interferir. - nesse momento a mulher deixou um suspiro junto com um soluço sair pelos seus lábios ecoando pelo cômodo grande e branco, assim como o que seu filho estava. - Eu sei que você não queria isso, mas não teremos outra opção. O garoto está até mesmo se tornando um solilóquio, a situação dele está tão diferente da primeira consulta.

- M-mas o que podemos fazer? Ele vai melhorar? O que vai acontecer com o Hoseok? - interrompeu abruptamente querendo explicações ágeis e soluções rápidas.

- Ele está na situação das fases paranoide e residual, eu preciso de contato mais profundo com o menino para passar outro tipo de tratamento com meu total acompanhamento. Obviamente, tudo ocorrerá somente sobre a sua permissão e todo o seu conhecimento. - ao dizer isso, o medico retirou algumas folhas da impressora e colocou-as na mesa em frente a mulher. - Precisa apenas assinar, Yeeun.

- Apenas, me ajude a salvar meu Hobi. - Jung Yeeun disse entre lagrimas enquanto pegava a caneta que lhe era estendida e rabiscava seu nome naquele pedaço de papel que ajudaria seu  bebê.